DÊ UMA CHANCE PARA...

Os atores são de doer, a trama é absurda, a conclusão é um plágio.

Mas, A 20 MILHÕES DE MILHAS DA TERRA não é um filme ruim. Não está naquele tipo de postagem "diga 'sim' às drogas" porque esse filme é um clássico. Digo, só o monstro se salva, e hoje ele é um personagem amado por muitos. E não é para menos, o mago do stop motion, Ray Harryhausen é o pai da criatura.
Quando encontrei esse dvd duplo numa loja eu disse "yey", mas depois notei o aviso "pela primeira vez colorido". Cara, eu realmente odeio esse lance de botar cor em filmes clássicos. Eu estava quase indo embora quando algo me fez voltar atrás, peguei o dvd e dei uma olhada no verso (a sinopse está contando o filme todo, até o final!) e vi que a versão em P&B estava presente, Beleza.

Ficção, sim. Científica, não. Homens do planeta Terra pisaram em Vênus e descobriram uma raça estranha de seres reptilianos. Alguns astronautas começaram a passar mal, e aí perceberam que a atmosfera de Vênus era venenosa. Antes de voltar às pressas para a Terra, eles pegaram um venusiano ainda no ovo (ou na geleca verde) e o puseram dentro da nave.
A nave caiu na costa da Sicília e apenas um astronauta sobreviveu, o mocinho do filme. A criatura saiu de seu ovo e começou a crescer sem parar, um efeito provocado pela atmosfera da Terra.
Aí entra o fator King Kong, o monstro vai arrasar a cidade de Roma e subir no Coliseu.
O bichinho de Harryhausen não se deu bem na versão em cores. Ganhou uma pele verde limão gritante. A única coisa legal na versão colorida são as paisagens da Itália, estão lindas e bem realistas (em contra partida, as cores comprometeram o realismo do monstro).
Destaque para a cena do monstro enfrentando um elefante do zoológico de Roma. O paquiderme ganhou um rugido famoso, aquele mesmo som que ouvimos nos desenhos da Hanna Barbera, sempre que um dragão, águia, ou pterossauro, grita.
Nos extras do disco 2 tem Tim Burton!