SEGUNDA PELE

É uma pena que os "atores" brasileiros sejam tão diferentes dos espanhóis. Você pergunta: quer fazer um personagem gay? e atores como Antonio Banderas ou Javier Bardem dizem "sim" logo de cara, faz parte da profissão certo? ninguém vai sair por aí dizendo depois que tal ator é gay por conta do tal filme. Aí eu me lembro de uma certa atriz em "another gay sequel" (a continuação de "another gay movie") que nos explicou que a mudança de elenco de um filme para o outro foi necessária por causa dos atores heteros do primeiro filme que "não querem ser conhecidos por seus papéis de homossexuais e por isso se recusam a fazer uma sequência". Quantos homopapéis Banderas e Bardem já fizeram? tem alguém contando? e olha que desta vez, em SEGUNDA PELE, Bardem tem até uma cena de sexo gay bem picante.

NÃO SE DEVE DIZER "EU TE AMO" DEPOIS DE UM ORGASMO

Elena suspeita que seu marido Alberto tem uma amante. Diego (Bardem) acha muito estranho o comportamento de seu namorado Alberto mas gosta tanto dele que não tem coragem de discutir a relação. É claro que estou falando do mesmo Alberto, ele realmente ama Diego mas não quer abandonar sua esposa e seu filho. Para continuar casado e se encontrando com Diego em outra cidade (na maioria das vezes para sexo e sair correndo) ele mente para ambos e nunca pára de mentir. É verdade que esse tipo de coisa vive acontecendo na vida real, mas está presente em tantos filmes que acaba tornando os gays vilões de carteirinha quando a esposa traída descobre tudo e sofre. Mas nesse filme apenas Alberto é o vilão, uma vez que Diego nem sequer sabe que ele é casado. A trilha musical está completamente deslocada, tentando gerar um certo drama. Tem cara de novela, um final previsível e problemas com as legendas em português num determinado momento. Investe pesado no romance sem muito sucesso, é para se ver em casa numa tarde de chuva.