COMER, REZAR, AMAR

Você vai viajar nesse filme, literalmente, diferente de muitos outros ele mostra tanto o lado feio quanto o bonito de outros países, às vezes é como estar lá, na Itália, na Índia, em Bali. Longe de ser a Itália da princesa Hepburn vemos mendigos morando em prédios da antiga Roma e crianças tomando banho nas ruas da Índia. Esse lance do filme não ficar mostrando apenas o melhor de cada país, como se fosse uma propaganda turística, o torna mais realista e atraente. A câmera não abandona Júlia Roberts para dar um passeio pela região, a gente vê aquilo que ela vê, visita os mesmos lugares. Adicione um pouco de comédia romântica com uma pitada de drama e uma Júlia retirada de um filme de Garry Marshall, aí teremos personagens coadjuvantes simpáticos e divertidos e uma trama que nos faz querer imitar a personagem principal qualquer dia. Mas será mesmo necessário atravessar o mundo para encontrar a si mesmo?

JÚLIA, EM BUSCA DE UMA PALAVRA.

Liz descobre que é infeliz no casamento após 8 anos. Ela resolve dar um basta nisso de uma só vez e pede o divórcio do nada. Do nada ela também compra um dicionário italiano e começa a aprender o idioma, resolve ir para a Itália em seguida. De lá, vai até a Índia e depois até Bali, para reencontrar seu guru depois de um ano. Em todos os lugares ela faz grandes amizades. Na Itália aprende muito sobre a união familiar, na Índia ela vê sua amiga dar adeus ao sonho de ir à uma universidade por conta de um casamento arranjado pelos pais, em Bali ela pode encontrar um novo amor. O filme é dividido em 4 atos, é como ver 4 filmes consecutivos, quando Liz deixa um país outra história começa. Isso faz o filme parecer um pouco mais longo do que já é (133 minutos), pode ser mais confortável ver o filme em casa. Javier Bardem aparece apenas na última parte do filme, no papel de um brasileiro com um português duvidoso (sem falar dos costumes). O cinema estava lotado, fãs de Júlia Roberts ou leitores do livro no qual o filme foi baseado? Com Brad Pitt como produtor executivo e com uma trilha musical que vale o CD, o filme é bem agradável de se ver, pode-se dizer até "terapêutico".