10.10.10

chp apresenta

EDIÇÃO ESPECIAL


Uma das divisões da Lucasfilm, que colaborava com a industrial light & magic na criação de efeitos especiais gerados por computador, a Graphics Group foi comprada por Steve Jobs em 1986 por apenas 10 milhões (hoje pode-se dizer que foi uma das coisas mais idiotas de se fazer) e mudou seu nome para PIXAR (um "verbo" para "fazer pixels"). Na Pixar John Lasseter começou a produzir curtas animados para mostrar do que a tecnologia da empresa era capaz, alguns venceram o Oscar de melhor curta de animação, mas depois de uma crise em 1991 a Pixar assinou um contrato de 3 filmes com a Disney e TOY STORY, lançado em 1995, foi o primeiro longa metragem de animação feito em CGI e também a maior bilheteria daquele ano. Depois de alguns desentendimentos com a Disney a Pixar tentou encontrar outro estúdio para fazer a distribuição de seus filmes, mas em 2006 eles chegaram à um novo acordo e a Pixar foi comprada pela Disney por 7 bilhões.


Em 1988 TIN TOY se tornou o primeiro curta animado em CGI a ganhar um Oscar. O curta serviu de inspiração para uma história escrita por 4 pessoas, entre elas John Lasseter, que deu origem ao roteiro escrito por outras 3 pessoas, entre elas Joss Whedon, com Tom Hanks e Tim Allen no elenco de vozes. Com Lasseter na direção o filme recebeu 3 indicações para o Oscar (roteiro, canção e trilha musical) e levou um Oscar especial pelo desenvolvimento da tecnologia que permitiu a criação do primeiro longa animado em CGI, "toy story".



PERSONAGENS

Xerife Woody
Baseado em um dos brinquedos favoritos do diretor John Lasseter Woody é um boneco do tipo puxa corda que se tornou um cowboy numa das versões finais do roteiro. Astro de um seriado de tv dos anos 1950 com marionetes chamado "o rodeio do Woody" ao lado de seus amigos a vaqueira Jessie, o cavalo Bala no alvo e o mineiro Pete Fedido, Woody é hoje um brinquedo raro. É o brinquedo favorito de Andy Davis de 8 anos desde o jardim de infância e está em sua família há um bom tempo. É apaixonado pela boneca de porcelana Betty que, embora não seja um dos brinquedos de Andy, ele a usa como "dama em perigo" em suas brincadeiras. Betty foi dada embora em algum momento entre o segundo e o terceiro filme. O melhor amigo de Woody no quarto de Andy é o cachorro Slinky, baseado num brinquedo real criado nos anos 1950.


BUZZ LIGHTYEAR
Patrulheiro espacial da aliança intergalática quadrante gama setor 4 e filho do maléfico imperador Zurg (spoiler é o escambáu) Buzz é o capitão da aliança Lightyear e astro da serie Buzz Lightyear do Comando Estelar (e de seu video game). O boneco articulado, com vozes e com luzes que acendem e uma caixa no formato de uma nave espacial, pode ser reconfigurado para falar no idioma espanhol. Curiosamente é do feitio dos bonecos da serie acreditarem que são realmente patrulheiros espaciais ao saírem da caixa.


Sr CABEÇA DE BATATA
Mais um personagem baseado num brinquedo real, desta vez da Hasbro, ele é meio rabugento e nem sempre tem paciência com crianças. Se casou no segundo filme onde adotou, acidentalmente, três "filhos". Faz parte do elenco de apoio juntamente com o porquinho cofre, a boneca Barbie, que ganhou maior destaque no terceiro filme, os soldadinhos de plástico e o carrinho CR, cujos sons apenas o Cabeça de batata entende.


REX
Criado por Joss Whedon especialmente para o filme e transformado em brinquedo pela Hasbro em seguida (no primeiro filme ele diz que foi feito por uma filial da Mattel, coincidência?). É um dos meus favoritos, impagável a cena em que ele tenta jogar um game com aqueles bracinhos pequenos no joystick.


OS FILMES

TOY STORY - UM MUNDO DE AVENTURAS (1995)
Quando a primeira cena surgiu eu pensei "ok eles estão usando cenários reais", aí surgiram os bonecos, "ok os bonecos são reais mas o braço do garoto é digital", aí os bonecos criaram vida. Era impossível imaginar na época que tudo aquilo na tela era artificial, levando em conta o fato de eu nunca ter visto um curta da Pixar nos anos 1980 e não ter acompanhado a evolução da tecnologia, até então eu apenas ficava de boca aberta com manadas de Gnus e tapetes mágicos digitais, mas um filme inteiro em CGI? não podia ser real, os tecidos tinham texturas, o plástico dos brinquedos brilhava, havia pó no chão e gotas de água escorrendo pela janela, e sombras, sombras e reflexos, luz do sol em momentos diferentes do dia e muito mais. Humanos e animais entregavam o truque mas o restante era real demais. Somando ao visual uma trama que agrada a qualquer um que já foi criança (e deixando outros paranóicos com esse lance de brinquedos te vigiando) o filme já nasceu clássico quando o trailer nos deu a resposta para aquela famosa pergunta: "por que seus brinquedos nunca estão onde você os deixou?".



TOY STORY 2 (1999)
Na Pixar o pessoal teve a ideia de contar a origem do Woody, uma vez que fizeram isso por Buzz no filme anterior, mas na Disney alguém resolveu que o filme deveria ser lançado diretamente em VHS. Houve uma discussão e a Pixar venceu, TOY STORY 2 estreou na tela grande e foi um dos maiores sucessos do ano. Esse novo filme tem um visual muito mais realista mostrando que a tecnologia avança a passos enormes, os humanos desistiram de tentar se parecer com humanos de verdade e surgiu um aspecto mais caricato que ficou ótimo, sem se descuidar de detalhes realistas como poros na pele e cabelos. E acima de tudo a trama vai muito mais longe que a do primeiro filme, traz novos personagens e levanta a questão do abandono pela primeira vez. A história de Jessie é tocante e divide o filme em dois, enquanto Woody vive um drama Buzz e os outros vivem uma senhora aventura quando partem para o resgate do Cowboy, provocando um baita acidente de trânsito ao atravessarem inocentemente uma avenida. O clímax no aeroporto é incrível, o filme escapou da maldição do número 2 como nenhum outro já havia feito, com estilo.


TOY STORY 3 (2010)
O filme é meio obscuro, sombrio, bem menos colorido e você pode dizer: "quem é que colocou os meus brinquedos favoritos num filme de terror?", bem se você tinha 10 anos em 1995 pode nem mesmo ligar para isso agora mas os roteiristas da Pixar (os mesmos em qualquer TS) acharam que não dava mais para adiar o inevitável: Andy cresceu, quer as crianças de hoje gostem ou não de ver os personagens abandonados à própria sorte. A maior parte das cenas é noturna e há um pouco de violência moderada que não deixa muito espaço para o humor. Como nos dois primeiros filmes existe um limite de tempo a ser respeitado (voltar para casa antes da mudança, ou antes da volta de Andy do acampamento ou antes da ida de Andy para a faculdade) o que cria a sensação de urgência, mas o fator "aventura" só surge no final após a fuga da creche, o clímax do tipo "vamos todos morrer, aceite isso" foi meio desnecessário, mas esse toque de "fuja do inferno Steve McQueen" não chega a atrapalhar muito. Poderia ter fechado a trilogia de um modo mais alegre mas também poderia ter sido muito pior (a maldição do número 3 é a pior de todas). A última cena de Andy faz você se acabar em lágrimas.


CURIOSIDADES

Buzz pegou seu nome emprestado do astronauta da Apollo 11 Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na lua. Na Inglaterra um mecânico mudou seu nome legalmente para Buzz Lightyear porque sua namorada o achava aparecido com o astronauta de Toy Story.

Durante a perseguição ao caminhão de mudanças em TS1 o carrinho CR perde seu controle remoto, mas ele reaparece no segundo filme, vendido separadamente? será?

No segundo filme, quando o porquinho está mudando os canais na tv, pode-se ver o curta Tin Toy sendo exibido em um dos canais.

Em TS1 veja na tv, na casa de Sid, que o boneco do Buzz pode ser encontrado na loja de brinquedos "Celeiro do Al", no segundo filme o proprietário da loja, Al McWhiggin, se torna o vilão da história ao sequestrar Woody.

Em "Monstros S.A." podemos ver a boneca Jessie no quarto da menina Boo.

O velho que conserta Woody em TS2 se chama Geri, ele era o astro do curta "Geri's game" onde joga xadrez contra si mesmo, vencedor do Oscar de melhor curta animado dois anos antes de TS2.

Alguns guias ilustrados dos filmes dizem que a mãe de Andy é viúva.

Embora a sra Cabeça de batata tenha sido um presente de natal para Molly, (como se vê no final de TS1), ela vive no quarto de Andy e não no quarto de sua irmã. O único brinquedo vindo de fora do quarto de Andy é a boneca Barbie.

No filme de 1988, "brinquedo assassino", o boneco possuído, Chuck, é adotado por um menino chamado Andy.

Toy Story (1995) foi o primeiro filme da Pixar a trazer nos créditos finais os nomes de todas as crianças que nasceram durante a produção do filme, filhos das pessoas que trabalharam na criação do longa metragem. Durante os 3 anos que TS2 levou para ficar pronto 29 crianças nasceram entre os membros da equipe responsável pelo filme.

3 comentários:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

MAKING OF

Informações retiradas diretamente dos filmes e de seus making ofs,
dados adicionais IMDB, Wikipédia e disney.com

Elielson disse...

Só vi até agora o 3° filme, e curti bastante!Emocionante e engraçado!Quase morro na parte do lixo, onde eles estão prestes a morrer, eu cheguei a pensar se eles iriam morrer mesmo!Quando eles dão as mãos aos outros é muito emocionante!

Quero comprar o Blu-ray dos três filmes, mas vou esperar lançar aquele box com a trilogia. Se lá fora não tiver dublagem em pt-br (animação pra mim só dublado) comprarei o box nacional mesmo.

Becks disse...

morri de chorar na parte que o moço mencionou aqui em cima no TS3.

todas as crianças sairam da sessao com o rosto normal e eu [22 anos!! pasme] sai toda inchadaaa de chorar!!