Com tantas contas para pagar eu sai de casa com pouca grana no bolso. Cheguei na loja de dvds e comprei um dvd que meu amigo havia me pedido para comprar para ele, me deu o dinheiro e tal. "Educação" saiu em blu-ray mas eu quero comprar o filme em dvd, "gamer" saiu em dvd mas eu quero comprar o filme em blu, então não havia nada de novo para me deixar com vontades. "Zumbilândia", "Preciosa" e "o fantástico sr. Raposo" foram lançados apenas para locação. Até aí tudo bem. Andei do centro da cidade até a avenida Paulista, o caminho de sempre, parei para almoçar e me preparei para o meu encontro.Será que seria mais uma daquelas reprises de "sex and the city"?
Ah foi sim.
Quando ele apareceu, mais bonito pessoalmente, com um baita sorriso no rosto e uma camisa branca onde se lia "sou católico", meu dia acabou aí.
Não sei o que se passa pela cabeça de certos homocaras e de certas mulheres que são adeptos de uma religião qualquer quando 100% delas condena os gays à um tipo de inferno e trata as mulheres como lixo.
Já imaginando que seria dispensado pela terceira vez na vida por ser ateu tomei a iniciativa desta vez e pulei fora em 20 segundos.
Resolvi ir ao cinema.
"Prince of Pérsia", "toy story 3" ou "esquadrão classe A", vou pegar aquilo que estiver começando. Cheguei no cinema mais próximo e havia um aviso de que ele só abriria as portas após as 18 horas. Que papo é esse?
Sem entender nada cruzei o centro da cidade novamente e fui até o bairro japonês. Com o pouco dinheiro que tinha no bolso comprei uma camisa do seriado LOST e um novo Sonic de pelúcia (ao mostrar o meu para minha sobrinha ela se apaixonou por ele e babou no boneco todo, depois disso eu não o quis de volta).
Sem nenhum centavo para gastar comecei a voltar para casa, achei estranho ver tanta gente no metrô.
Desci do ônibus e descobri minha cidade deserta. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi (obrigado Hollywood) guerra, epidemia, vírus mortal. Depois pensei que poderia ser algum tipo de feriado municipal. Aí me lembrei da copa do mundo. Devia haver um jogo importante na tv.
Sem entender nada cruzei o centro da cidade novamente e fui até o bairro japonês. Com o pouco dinheiro que tinha no bolso comprei uma camisa do seriado LOST e um novo Sonic de pelúcia (ao mostrar o meu para minha sobrinha ela se apaixonou por ele e babou no boneco todo, depois disso eu não o quis de volta).
Sem nenhum centavo para gastar comecei a voltar para casa, achei estranho ver tanta gente no metrô.
Desci do ônibus e descobri minha cidade deserta. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi (obrigado Hollywood) guerra, epidemia, vírus mortal. Depois pensei que poderia ser algum tipo de feriado municipal. Aí me lembrei da copa do mundo. Devia haver um jogo importante na tv.
Esperei pelo ônibus que me levaria de volta ao meu bairro. Esperei em pé, depois sentado e depois encostado num muro. Fala sério, ninguém queria trabalhar naquele dia. Voltei pra casa andando.
Bem, já tive segundas piores e mais chatas que essa.
Bem, já tive segundas piores e mais chatas que essa.
12 comentários:
"amanhã é outro dia"
Oi, se me permite, vou dizer que você pode ter feito uma grande besteira. Dispensar o cara assim por conta de uma camiseta e de suposições não foi justo para nem um dos dois. Você não sabe o que se passa na cabeça das outras pessoas, não teria como adivinhar qual a reação dele ou quais seriam suas atitudes. O fato de ter acontecido antes não quer necessariamente dizer que acontecerá novamente, pois são pessoas diferentes com cabeças diferentes. Ninguém é obrigado a pensar da mesma forma.
Confesso que fiquei surpreso quando você escreveu há algumas semanas que é ateu, pois foi quando fiquei sabendo, e olha que tenho dez meses como leitor do CHeP. Isso é algo que não se espera ouvir de ninguém. O ateísmo não é apenas não ser adepto dessa ou daquela religião, é deixar de crer naquilo que é a base de toda e qualquer religião, Deus. Em um país como o nosso, onde independente da religião as pessoas são tementes a Deus, é difícil conceber que existam pessoas que não creiam naquilo que norteia sua vida e a de outros milhões.
Só gostaria de deixar claro que não estou julgando você nem a ninguém, isso não cabe a mim e nem é esse o meu intuito. Não sou mais criança, tenho meu senso crítico e sei que antes de crenças e religiões deve haver o respeito. As pessoas são livres para crer ou não no que quiserem, fazer ou não o que lhes convir, desde que não prejudiquem o próximo. Enfim, o que me importa é o caráter de cada um, e nesse quase um ano aqui pude perceber que você é uma pessoa boa.
O fato é que você pode ter negado esse tempo ao Sr. Sorriso, ao se precipitar com base em uma informação de uma camiseta, que poderia nem ser dele. Deu importância a uma coisa que talvez não fosse tão importante para ele, e o mais grave, tentou adivinhar o que se passa na cabeça do cidadão. As coisas já são tão difíceis, pra que dificultar ainda mais?
Desculpe se fui invasivo, mas como disse em outros comentários, me considero amigo e o que disse aqui é somente aquilo que falaria para um amigo.
Não vou falar que realmente não esperava que você fosse ateu.
Mas fiquei um pouco surpreso. Acho que eu sou o único gay ateu que eu conheço...
Se bem que eu conheço poucos gays. E os com quem fico, não chego a perguntar sobre a religião (fiquei um pouco com o pé atrás depois de descobrir que beijei três umbandistas, cinco evangélicos fervoroso e um Krishna).
E não creio que você perdeu o jogo. =P
Cara, sinto muito por você ter encontrado esse babaca...
O pior é que essa população de gays está aumentando como ratos.
o país para em dia de jogo do brasil em copa do mundo.
é a falsa idéia de patriotismo! a pátria de chuteira esquece da própria vida pra ficar diante da TV torcendo por alguns que sequer sabem da existência alheia!
enfim, esse é nosso país. que tem a pretensão de evoluir e se tornar grande!
oremos!!
abraços
voy
oi anselmo
o lance aqui é a incompatibilidade, quero namorar mas não me vejo ao lado de um homem adulto que acredita em contos de fadas, e o cara era do pior tipo, que prefere tapar os ouvidos e fechar os olhos para certas coisas ao inves de aceitá-las como são, para ele ser ateu é ser satanista, me despedi educadamente e ele disse "jesus te ama" e eu respondi "vá se foder"
Anselmo,
O foda é que ateu sofre tanto preconceito quanto gay, principalmente no Brasil e principalmente com pessoas que expressão sua religião indo a um encontro.
Você mesmo disse, que acompanha o Blog faz dez meses e ainda ficou surpreso.
Não tô falando que você ia deixar de vir ao blog, se soubesse disso na primeira semana, mas sem dúvidas iria demorar um pouco mais pra ser cativado.
Fez bem então. Não adianta mesmo dar murro em ponta de faca. Algumas pessoas tem seus horizontes curtos e isso até dá para entender e aceitar, mas ninguém é obrigado a conviver com a intolerância.
Creio que o problema não seja homossexuais participarem de religiões que os condenam. Muitos até já contornaram essa situação criando derivações de cultos tradicionais. O problema vem quando o cara acredita que todos os outros deveriam pensar e fazer o mesmo.
Particularmente, creio que ateísmo é tão comum para mim quanto laranjas ou maçãs. E eu duvido que você, Alessandro, ande por aí com uma camisa "Eu não acredito em Deus" e se despeça de uma pessoa obviamente religiosa com frases como "Deus não te ama".
E desde já peço desculpas pelo meu comentário anterior. Foi grosseiro.
Um ateu não iria dizer: "Deus não te ama.", ele diria "tchau!"
eu não consigo entender como as pessoas remetem tudo q é bom pra um deus q não se tem provas de q existe e tudo q é ruim é culpa delas próprias.
Não sou atéia, tampouco tenho convicção nesse deus de araque q abençoa uns e mata de fome outros.
Eu, nao tenho q achar nada, porém eu acho q eu faria o mesmo q o Alessandro, eu iria embora, dificilmente vc encontra alguem crente [leia-se alguem religioso e temente a deus] que possa ter ao menos um papo goxtosinho!
falei demais, me meti demais, desculpa se me excedi!
bj bj
bom, também sou ateu e posso falar um pouco já que praticamente já passei por todas as religiões, até o satanismo. No meu trabalho tenho que lidar com todo tipo de pessoa e por ter a tal "experiência" converso na mesma língua, como se fosse extremamente religioso, tanto que ninguém acredita que sou ateu. Mas acredito que devemos ter boa vontade com os outros e falar sobre religião para mim é como falar um inglês, uma outra língua. Agora, deixar um cara por causa de uma crença é complicado. Sabe, uma das coisas que os gays sempre falam é para que antes da crítica venha conhcer primeiro a pessoa, aliás, sou contra qualquer crítica direta para qualquer pessoa, não sabemos o que se passa na cabeça ou vida dela. Se não permitir uma chance para o destino te ajudar a sair da lama, vai ficar procurando o príncipe encantado até morrer. Lembre-se que tudo na vida pode ser exageradamente aumentada
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