O GOLPISTA DO ANO

Ninguém pode saber que se trata de um filme sobre um homocara, caso contrário ninguém irá ver o filme. Todos devem pensar que se trata de mais uma comédia de Jim Carrey e é só. E o estúpido titulo em português fez seu trabalho, muita gente chegou a sair da sala durante o filme. "O golpista do ano"? o filme atravessa décadas, de qual ano estamos falando???? Bem, quase todo o livro está presente no filme, para mim o filme durou poucos minutos pois terminei de ler o livro no sábado. É claro que certos detalhes ficaram de fora, como por exemplo o modo de pensar de Steven Russell (Carrey), pelo filme a gente fica meio sem saber como certas fugas da prisão e certos golpes foram executados pelo cara uma vez que não vemos ele fazer muita coisa, parece que tudo já está pronto para ele no filme. As novidades ficam por conta de uma brincadeira com nuvens e Carrey tenta colocar algum humor em suas cenas, mas seu maior problema é o modo como a história real de Steven Russell é apresentada na tela, a direção está bem amadora. Opa, acabei de checar, ambos os diretores são estreantes.

MUITOS BEIJOS, SEXO ORAL E POUCA QUÍMICA.

E mais uma vez Hollywood dá um chega pra lá em Rodrigo Santoro. No livro, ou seja, na vida real de Russell, seu primeiro namorado , Jimmy (Santoro) faz parte de sua vida por anos a fio. Depois entra Phillip Morris (Ewan McGregor) que Russell conhece na prisão. Mas no filme Jimmy não dura muito tempo em cena e logo Phillip dá às caras. Nem sei por que Rodrigo aparece em um dos posters do filme afinal. São inúmeras as cenas chupadas do livro com seus diálogos e tudo o mais, logo, ele tem cara de vida real e não de filme. Caso não tenha lido o livro ou pesquisado a respeito de Steven Russell na wikipédia você poderá não gostar do filme que não tem uma meta ou clímax, digo, é apenas a vida real. Jim Carrey faz sexo com um cara, beija Ewan o tempo todo, tem sexo oral simulado e Ewan está um pouco afetado. O final com anexos é típico de filmes baseados em histórias reais mas toma uma certa liberdade adicional na última cena. Adaptar a vida de Steven Russell para o cinema não é uma má ideia, mas o filme foi simplesmente feito do jeito errado, péssima direção e edição, também faltou química no casal central, são só dois heteros se beijando.