Quando o livro de George Orwell foi publicado em 1949 o ano de 1984 era um futuro distante que permitia o uso da imaginação sem limites. O 1984 do livro é um futuro sombrio onde as pessoas não tem liberdade para nada e nem mesmo vida privada, a menos que você seja rico. Teletelas e microfones estão espalhados por todo canto, pela cidade, pela sua casa. O Grande Irmão está de olho em você a cada segundo. Ninguém sabe se o tal Grande Irmão realmente existe, mas seu partido e a policia das ideias investigam tudo e a todos, você vai comer e beber o que eles quiserem, vai acreditar em tudo o que disserem a você na teletela. Para que as previsões do Grande Irmão não sejam furadas (como o anuncio de que um certo alimento não vai ficar mais caro ou os resultados da guerra contra um país estrangeiro) todo o passado é alterado a cada dia, jornais, livros e revistas são alterados. O povo vive num constante tempo presente onde só podem amar ao Grande Irmão sem questionar nada, ou serão vaporizados. O livro já deu origem a inúmeros filmes e telefilmes.
É do livro de Orwell que surgiu o termo Grande Irmão (big brother), hoje usado para nomear um reality show. Mas as semelhanças com o Grande Irmão do livro estão apenas nas "teletelas" e microfones. No big brother as pessoas podem fazer o que quiserem, elas são livres em comparação aos cidadãos do fictício país de George Orwell. Mas isso faz do programa um campeão de reclamações quando humanos começam a se comportarem como humanos, a coisa funciona como um experimento cientifico e nem todo mundo se dá bem com os outros amigos confinados na casa, até tentativa de estupro já aconteceu.
De todos os big brothers ao redor do mundo a versão brasileira é aquela que mais se aproxima do livro de Orwell. Regras, regras e mais regras pra lá de obrigatórias, ninguém tem liberdade lá dentro. Começamos pelo tal povo que "ganha" um certo concurso para participar da coisa. Só tem gente bonita, para disfarçar isso um ou dois feiosos são colocados no meio e , é claro, no mínimo 1 negro para evitar que o programa seja chamado de racista, é tudo previamente montado. As pessoas tem que andar pela "casa cenário" bem à vontade, exibindo seus corpos, mas na hora de tomar banho fique de roupa, você tem que fingir que está tomando sol às vezes (há um efeito especial que coloca um fundo de montanhas para te convencer de que a casa está ao ar livre, será?). A pior coisa é andar para todo lado carregando um microfone, quando o certo seria espalhar microfones pela casa (já me contaram que é proibido fumar lá dentro, então eles não escolhem fumantes).
Após ler o livro eu não pude deixar de notar essa estranha semelhança. O reality show original não tem nada a ver com o big brother do livro, existe liberdade até demais, saca só as cenas de nudez. Mas justamente o BB brasileiro se aproxima do BB do livro como nenhum outro. Essa tal lista do "não pode fazer isso" compromete a coisa toda. Fake, fake, fake.
Isso não é um "reality REALITY show" de verdade.
Após ler o livro eu não pude deixar de notar essa estranha semelhança. O reality show original não tem nada a ver com o big brother do livro, existe liberdade até demais, saca só as cenas de nudez. Mas justamente o BB brasileiro se aproxima do BB do livro como nenhum outro. Essa tal lista do "não pode fazer isso" compromete a coisa toda. Fake, fake, fake.
Isso não é um "reality REALITY show" de verdade.
3 comentários:
VERSÃO TEEN
Lembra da versão brasileira do reality show da MTV "the real world"?
Acho que se chamava "20 e poucos anos".
Era um saco, todo mundo era amiguinho de todo mundo, o maior tédio, nunca acontecia nada.
Será que os brasileros são normais demais para a tv?
Cara, tinham 2 desses, o The Real World, q chamava Na Real era americano, e tinham brigas homericas [pelo menos no de seattle tinha]... eu lembro até hoje.
e o 20 e poucos anos eu nunca vi um inteiro pra opinar!
mas Na Real é milhoes de vezes melhor e mais original q a porra do BBB
feliz texto sobre esse infeliz programa
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