PECADO DA CARNE

Ainda tento entender a mentalidade do cara que deu ao filme esse estúpido titulo em português fazendo a obra lembrar alguma pornochanchada brasileira. Acha que é fácil chegar para a velhinha na bilheteria do cinema e dizer "1 ingresso para 'pecado da carne"?, sim , ela manda olhares acusadores para você, "apodreça no inferno" ela pensa em dizer. No fim das contas o titulo em inglês tem tudo a ver com esse filme israelense que lotou o cinema de idosos hoje (eles adoram um temático não?). Na história Ezri chega a Jerusalém atrás de um companheiro gay que lhe deu o fora, e até que encontre um "iseshivá" (o filme não me explicou o que é isso exatamente) ele se hospeda no quarto acima do açougue que Aaron acabou de herdar do falecido pai. Aos poucos Aaron vai passando mais tempo com Ezri do que com sua esposa e filhos. Sem usar a famosa palavra com G e com poucos diálogos que são curtos e espaçados fica difícil saber, ao ver o filme, o quanto os caras sabem a respeito da homossexualidade um do outro e Aaron sobre si mesmo.

OS DOIS ATORES, BARBEADOS, NA PREMIAÇÃO DO FILME

Até que Ezri tenta beijar Aaron. Ele se afasta e fica feliz com isso, agora tem um teste de deus para superar e provar que é um bom homem. Mas dias depois ele não aguenta mais e avança em Ezri numa cena de, o que foi aquilo? sexo vaginal? eu não sei bem mais foi legal. Não demora muito para que os outros judeus ortodoxos do bairro notem a estranha amizade dos dois, a coisa vai ficando cada vez mais feia para o lado de Aaron que passa a ser ameaçado. É estranho ver que Aaron nem sequer se defende ou mente dizendo que não há nada demais entre ele e Ezri, mas no final ele finalmente abre a boca e solta uma bomba daquelas. Beijos, nudez e uns carinhos tornam o filme um dos mais polêmicos já feitos em Israel , ainda por cima estrelado por um ator famoso no país. Mas cuidado com o final, ele pode te decepcionar.