Que legal, uma mulher escrevendo uma série (premiada) de ficção nos anos 1960. Mas se, assim como eu, você estiver esperando ver um Asimov barra Clarke barra Wells, você vai quebrar a cara. UMA DOBRA NO TEMPO é para crianças pequenas. E como hoje a gente não aceita nada menos que um Harry Potter, o livro perde pontos. Pode ter conquistado gerações desde 1962, porém, envelheceu mal.
Pouca coisa (realmente) acontece no livro, ele se arrasta bastante. A autora tem problemas com os detalhes, coisas estranhas acontecem e ela não as explica direito. Descrever, ou criar cenários alienígenas, também não é o seu forte.
O começo é legal. Uma menina e seu irmãozinho gênio encontram três mulheres misteriosas. A sra Quequeé, a sra Quem e a sra Qual. Elas vão ajudar os garotos a encontrarem o pai que desapareceu. Ele trabalhava para um projeto secreto do governo. As mulheres dobram o espaço-tempo e levam as crianças para outros planetas. É meio Alice meio Pequeno Príncipe. Existem humanos (estranhos) nos outros planetas e quando pintam alienígenas de verdade, eles são todos cristãos ...
Pense nas partes mais chatas, e sem imaginação, das crônicas de Nárnia. O filme da Disney vai ter que alterar muita coisa para que essa história fique realmente interessante. ''Uma dobra no tempo'' é a parte 1 de uma ''trilogia'' de cinco livros.
FICHA TÉCNICA
TÍTULO ORIGINAL: a wrinkle in time
ANO: 1962
AUTORA: Madeleine L'engle
PÁGINAS: 237
EDITORA: Harper Collins
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