O GATO DO RABINO

Animações digitais na Europa, a moda ainda não pegou, adoro isso. O bom e velho desenho animado feito a mão ainda é produzido por lá e, na maioria das vezes, é direcionado para um público mais velho. As crianças bobinhas que fiquem com seus bichinhos digitais. O GATO DO RABINO não é para crianças, tem sexo (entre gatos) e violência explícita que surge sem aviso. O personagem principal tem testículos (você não vê esse tipo de detalhe num desenho da Disney) e a trama é sobre religião, várias delas, e você sabe, elas não se bicam. A trilha musical é um show à parte, te coloca no clima rapidinho. Estamos na Argélia dos anos 1920 e temos um gato apaixonado por uma moça.

DATAÇÃO POR CARBONO

O rabino Sfar vive com sua filha Zlabya, com seu gato e seu papagaio, e leva uma vida normal. Mas um dia, o gato devora o papagaio e começa a falar no mesmo minuto. Agora que o gato sabe falar, ele vai botar muita coisa pra fora. Está apaixonado pela filha adolescente de seu amo e quer se converter ao judaísmo para ficar junto dela. Isso rende algumas boas piadas no início do filme, afinal, o gato é um Darwinista. Nenhum rabino quer educá-lo, o felino quer um bar mitzvah e, se possível, está disposto a passar por uma circuncisão. Sfar decide treinar o gato ele mesmo, para agradar a filha. Quando o rabino recebe uma caixa de livros pelo correio, ele encontra um pintor russo dentro dela. Ao lado de outros dois personagens, a turma toda parte para uma viagem até a Etiópia, em busca de uma lendária civilização. No meio do caminho, Tintim e Milu aparecem numa participação especial. O traço dos personagens está sempre mudando, cada desenhista que trabalhou no filme tem seu estilo, mas isso não chega a incomodar muito. O final está em aberto, será que vão fazer uma continuação qualquer dia?

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