20 ANOS DE JURASSIC PARK

Em 1991, o diretor Steven Spielberg ligou para o autor Michael Crichton, seu amigão, e perguntou se ele estava escrevendo algo novo. Crichton disse: é sobre dinossauros e DNA. Spielberg adorou a ideia, ele queria fazer um filme, e Michael se tornou o responsável pelo roteiro. Jurassic park chegou às livrarias, virou best seller, e um filme foi prometido na mesma hora.

O filme estreou no Brasil no dia 26 de junho de 1993. O que quer dizer que, há exatamente 20 anos atrás, eu estava lá, no cinema, vendo o filme pela primeira vez, e pela segunda e pela terceira, no mesmo dia. No dia seguinte, amanhã, eu veria o filme mais 3 vezes.

O filme é bem parecido com o livro. Algumas coisas ficaram de fora, mas foram reaproveitadas nos dois filmes seguintes. Como o aviário dos pterossauros que só aparece no terceiro filme. Há muitas mortes no livro, no filme muita gente se salvou. E é claro que há tempo de sobra para o pessoal curtir os dinos, analisar seus comportamentos, descobrir seus outros sentidos (tem até mimetismo) e suas cores gritantes, coisas que os ossos não contam.

No livro seguinte, de 1996, Ian Malcolm volta dos mortos e reencontra os dinos seis anos após o desastre na ilha Nublar. Você vai ver que o segundo filme foi muito além do segundo livro. Já que o título é "mundo perdido", por que não copiar a trama do filme, de mesmo nome, de 1927? (aquele que deu origem ao filme King Kong (em 1933), eles apenas colocaram um gorila gigante no lugar do dinossauro). Mas no livro, a aventura nunca deixa a ilha (embora muitos animais estejam pensando em migração). 

Às vezes Crichton força a barra, fazendo um tiranossauro levantar um veículo com suas patinhas minúsculas, tudo pela aventura. Ele também tem a mania de colocar na boca de um personagem a solução de um mistério, mas aí o personagem é interrompido por alguém, ou por alguma coisa, e só volta a tocar no assunto lá no final do livro. Se isso acontecesse apenas uma vez, tudo bem, mas acontece várias vezes, é um saco...