OS MISERÁVEIS

Você pode agradecer a Moulin Rouge por ter trazido os grandes musicais de volta, mas foi a Madonna quem fez a primeira tentativa nos anos 1990 (sério, qual é, exatamente, o problema daquele filme?). Parece que agora os musicais atingiram seu auge. Tudo que envolve OS MISERÁVEIS é grande. Efeitos especiais, locações, cenários, milhares de figurantes e figurinos caprichados. É um espanto, quanto custou essa produção? Eu adorei o filme, está ficando cada vez mais complicado escolher um favorito na noite do Oscar. O filme é todo do Hugh Jackman, mas Anne Hathaway rouba a cena quando aparece (ela TEM que levar aquele prêmio de atriz coadjuvante para casa). Já vi a moça soltando a voz no desenho dos Simpsons, em OS MISERÁVEIS ela apavora. Também já vi os demais atores cantando por aí, a novidade fica por conta de Russell Crowe. Ponto fraco, Amanda Seyfried, ela sabe cantar, mas está deslocada nesse filme.

CALMA, É UM MUSICAL MAS NÃO É SWEENEY TODD

O filme se passa na França do século XIX. Hugh Jackman foi preso por roubar um pão (a pena dele foi estendida por conta de algumas tentativas de fuga), depois de 19 anos, ele ganha a liberdade. Sem ter para onde ir, ele caminha pelas ruas imundas e é salvo da pobreza por um Bispo, que o acolhe em sua igreja. O filme avança 8 anos e nós encontramos Jackman com outro nome, agora ele é um rico empresário. Mas o chefe de polícia, Russell Crowe, que trabalhou como guarda na prisão onde Jackman esteve preso, acredita que o respeitável monsieur Madeleine é na verdade o presidiário Jean Valjean. Enquanto isso, a personagem de Anne Hathaway, Fantine, perde seu emprego e é obrigada a vender seu cabelo, seus dentes e seu corpo, nas ruas para sobreviver. Ela é salva por Jean barra Madeleine que a leva para um hospital. Fantine está preocupada com sua filha Cosett, que está nas mãos de Helena Bonham Carter e de Sacha Baron Cohen (a dupla cômica do filme). E vamos parar por aqui, já devo ter avançado uns 40 minutos filme adentro. Acontece que há poucos diálogos no filme, as canções são ininterruptas. Algumas ajudam na apresentação dos personagens, outras fazem a trama avançar, mas outras não. Muitas, apesar de bonitas, são bem longas. Mas tudo bem, acontece muita coisa nesse filme, tem chão, são 158 minutos. A participação de Anne Hathaway é pequena, mas marcante. Tem um final tocante, ou quase isso (obrigado Amanda), e a sequência final é soberba. Como eu disse, é tudo GRANDE nesse filme.

VEJA TAMBÉM: O corcunda de Notre Dame (1996), Amor sublime amor, Moulin rouge, Sweeney Todd.