Então tá, como transformar um jogo de tabuleiro em filme? Eu me contentaria em ver batalhas navais e tal, um filme de guerra no meio do mar, mas esse filme resolveu turbinar as coisas e acrescentou alienígenas ao pacote. Nada contra, o problema é que o filme acabou se tornando um filme pipoca pra lá de descarado, digo, efeitos especiais = 2 mil páginas, história = 2 páginas. Raramente vemos um filme catástrofe que realmente se importa com seus personagens, em BATTLESHIP é assim. Se um deles morrer, a gente nem liga, não são simpáticos, não possuem profundidade alguma, e o filme ainda mergulha de cabeça em vários clichês. De repente, é "Pearl Harbor", de repente, é "Armageddon", eu juro, quase pude ouvir o Aerosmith cantando. E não há como não se lembrar da trilogia dos "Bayformers", outro brinquedo da Hasbro, não existem carros que se transformam em robôs nesse filme, mas as espaçonaves dos aliens nos fazem lembrar bastante da trilogia, ainda mais porque podemos ouvir vários efeitos sonoros super parecidos.
HUM, TENTE F-12
Taylor Kitsch (que não deu certo como Gambit e nem como John Carter) é um tenente da marinha apaixonado pela filha de um Almirante (Liam Neeson) no estilo Affleck barra Liv, mas Neeson não é Bruce Willis. O filme começa com alguns jogos de guerra, meio paradão em sua primeira meia hora, aí pinta a espaçonave alienígena, e o caos. A invasão começa, a destruição tem inicio e a coisa dura todo o restante do filme, ou seja, outros 100 minutos. Vez ou outra, acompanhamos o rapaz, ou o irmão dele (Alexander Skarsgård), ou o sogrão, a mocinha meio que desaparece de cena. E também a Rihanna, soube que se trata de uma cantora, nunca a ouvi cantar, faz o tipo mulher macho barra filme de James Cameron, mas fala pouco, aparece pouco. O filme é todo dos efeitos especiais, e eles são incríveis, dignos da tela grande, mas depois de um tempo você fica meio cansado. O filme poderia ter investido mais nos personagens, para deixar a trama mais atraente (tentou fazer isso no inicio, mas depois perdeu o rumo), ao invés disso, investiu no visual e no barulho. Me fez lembrar de outra bomba parecida, "invasão do mundo, batalha de Los Angeles", é bem por aí.
VEJA TAMBÉM: O dia depois de amanhã, Independence day, 2012, Guerra dos mundos (2005-1952), Tropas estelares, Armageddon.
2 comentários:
FICHA TÉCNICA
TITULO ORIGINAL: battleship
ANO: 2012
PAÍS: eua
DURAÇÃO: 131 min
DIRETOR: Peter Berg (Hancock)
ELENCO: Taylor Kitsch, Alexander Skarsgård, Rihanna e Liam Neeson
DATA DE ESTREIA NO BRASIL: 11 de maio
Realmente o filme é muito fraco. Tem uma história bobinha durante uns 30 minutos (até aí tudo bem), mas depois vira uma longa sequência de efeitos especiais (mais de uma hora!), mata de lá, mata de cá. E nesse vai e vem, a lógica se perde, os personagens se perdem, os atores se perdem e o roteiro desaparece. E o que o diretor faz? Enche ainda mais de barulho e brilho (por vezes o visual parece de um desenho animado de tão "maquiado"). Já sabia que o filme não era bom (as várias indicações ao framboesa de ouro estão aí para provar), assistir só porque tava passando e eu estava sem nada para fazer enquando esperava dá a hora de eu sair (não cheguei a ver o final, mas não seria surpresa se o mocinho salva-se o mundo, ganha-se uma "viva!" da marinha e depois beija-se a mocinha). E nem tem Alexander Skarsgård sem camisa! Isso poderia até dar um leve UP no filme, mas não!
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