HISTÓRIAS CRUZADAS

Oscar 2012, ainda faltam 4 filmes para ver (o brézil fica tããão longe, alguns deles, só em março) e este aqui, HISTÓRIAS CRUZADAS, é o meu favorito até o momento. Quatro indicações: melhor filme, atriz, atriz e atriz. Para Emma Stone, nada, mas tudo bem. A trama e o elenco são os maiores atrativos do filme. Mas o filme comete dois pecados. Eu sei que gente branca é estúpida (é quase uma piada, odeio gente racista e gostaria de esfregar na cara do meu pai o fato de eu já ter ido pra cama com muitos negros bonitões) mas o filme traz alguns branquelos um tanto estereotipados demais, o filme está tentando realçar o drama dos negros com isso. E também peca no final, que não combina muito com o restante do filme, que até então estava num outro estado de humor.

É NÓIS NO LIVRO

Mississippi anos 1960. Emma Stone é a garota moderninha da cidade. Suas amigas estão caçando maridos e ela está caçando um emprego como escritora (que escândalo), sua mãe começa a pensar que a filha é lésbica. Aí pinta uma oportunidade de emprego e a chance de escrever um livro. A moça quer falar sobre a vida das empregadas domésticas, todas elas são negras. E muitas trabalham para patroas insuportáveis. Um vespeiro é agitado quando surge a polêmica do uso do banheiro. Brancos e negros não podem usar o mesmo banheiro em uma casa, uma empregada pode ser despedida por isso. Emma quer mostrar o ponto de vista dessas mulheres que estão praticamente criando os filhos dos patrões (nesse filme, as mães biológicas são bem negligentes). O livro se torna um escândalo. Não traz nomes, mas algumas pessoas reconhecem os relatos contidos nele. O racismo não abandona o filme um segundo sequer e vemos muitas cenas revoltantes. Dois finais diferentes deixam o filme com um gostinho estranho na saída do cinema. Mas, entre as estreias deste fim de semana, esse filme é a melhor opção.

VEJA TAMBÉM: A cor púrpura, O sol é para todos, Crash no limite, E o vento levou, A última ceia, Uma história americana (1990).