Aí eu li aquela notícia: Meryl Streep será Margaret Thatcher no cinema. E um sinal luminoso se acendeu: O-s-c-a-r. Ora, ela não pode nem espirrar dentro de um elevador sem levar uma indicação ao Oscar de melhor espirro num elevador. Eu já disse isso no blog duas vezes, em 2009 e em 2010, mas acho que agora vai: a estatueta tá no papo. O filme é uma bio do tipo "uma mente brilhante", como se coisas feias ou sujas tivessem sido colocadas de lado, ou talvez alguns momentos "nada cinematográficos" que poderiam atrapalhar o ritmo do filme. Mas, tecnicamente, está tudo lá. E eu já li muitas coisas sobre a dama de ferro e posso dizer que o filme é um tipo de resumo carinhoso. Estreando nos cinemas BRs quase que ao mesmo tempo que J.Edgar (outra cine bio), esse filme consegue ser melhor que a produção do diretor Eastwood, a começar pela maquiagem, que já recebeu uma merecida indicação ao Oscar.
"NA POLÍTICA, SE VOCÊ QUISER QUE ALGO SEJA DITO, PEÇA A UM HOMEM,
SE VOCÊ QUISER QUE ALGO SEJA FEITO, PEÇA A UMA MULHER"
Margaret Thatcher é uma mulher idosa e frágil que vive sozinha em seu apartamento, recebendo visitas ocasionais da filha. Ela está sendo assombrada pelo fantasma de seu falecido marido. Sempre que conversa com ele, as pessoas ao redor se preocupam com sua sanidade. Boa parte do filme segue o dia a dia da Margaret idosa, suas lembranças nos levam ao passado. Os flashbacks não são lineares no inicio, mas logo começam a seguir a cronologia natural. A jovem Margaret estuda e trabalha, tem o apoio do pai mas não o de sua mãe. Na verdade, nenhuma mulher vai com a cara dela, ela devia se casar e ter filhos, pilotar um fogão e tudo o mais. O mundo da política é um lugar exclusivamente masculino. A moça tem que travar uma verdadeira batalha todo santo dia. Ela se casou e teve filhos, mas os colocou em segundo plano. Se tornou ministra da educação e, anos depois, a primeira mulher no cargo de Primeiro Ministro britânico. Onze anos de serviço, onze anos terríveis. Uma crise econômica, a guerra fria, os atentados do grupo IRA, o conflito armado contra a Argentina. Ela conseguiu colocar a Inglaterra nos eixos e se tornou a mulher mais poderosa do século 20. Por trás da cine biografia, temos um filme sobre uma mulher que tenta superar a morte do marido. Uma indicação para o Oscar de melhor filme seria bem vinda. Essa cine bio irritou algumas pessoas por aí e eu acho que a Academia ficou com medo de entrar no rolo, vai entender...
VEJA TAMBÉM: A rainha, O discurso do rei, Elizabeth (1998), A duquesa (2008), Cleópatra (1963), Eva Perón (1996).
4 comentários:
FICHA TÉCNICA
TITULO ORIGINAL: the iron lady
ANO: 2011
PAÍS: reino unido, frança
DURAÇÃO: 105 min
DIRETORA: Phyllida Lloyd (mamma mia!)
ELENCO: Meryl Streep, Jim Broadbent, Harry Lloyd e Alexandra Roach
PRÊMIOS: indicado para 2 Oscars (maquiagem, atriz)
DATA DE ESTREIA NO BRASIL: 17 de fevereiro de 2012
Sempre torço por ela, minha atriz favorita desde Ela é o Diabo.
Absurdo não estar concorrendo a melhor filme, mesmo eu tendo gostado mais de Vidas Cruzadas entre todos os que vi do oscar atual.
Adorei o filme eu lembro de uma vez ler a coluna do Jose Simão comentando sobre a Meryl Streep que cada vez que ela peida ela é indicada rsrsrsr.....vai outra frase marcante dita no filme:
as ideias são muito importantes porque são elas que nos levam às ações. São as ações que fazem o hábito. É o hábito que molda o caráter. E é o caráter que faz o destino de cada um de nós
Parabéns pelo Oscar que ela levou
Postar um comentário