Ela me evitou durante 4 dias. Era impossível conversar com ela a sós porque ela não se afastava da Téia e da Juliana. Na sexta feira, eu a encurralei no andar de cima. Comecei bem devagar, tipo: olha, a respeito do que você viu naquele dia...
Eu sabia que seria bobagem bolar uma desculpa, mentir e tudo o mais. Então simplesmente lhe pedi para guardar segredo, não conte para ninguém por favor. Ela prometeu não contar, mas não me olhou nos olhos. Se virou e me deixou sozinho.
Naquele mesmo dia, no final da tarde, ela estava toda sorrisos. Convidou todos nós para sua festa de aniversário no dia seguinte. A Ju bateu palmas, a Téia fingiu interesse (festinha de aniversário... eca), eu topei, ótimo, vamos ficar amigos e tal.
Havia muita gente na festa, acho que os pais dela não me reconheceram, tudo ia bem. Mas aí a Juliana se materializou na minha frente e disse: a Ana Lu quer falar com você.
Toda tímida e vermelha, olhando para o chão, ela me disse que guardaria segredo daquela coisa horrível que o Cris fez comigo. Para ela, ele era o culpado de tudo, estava levando o pobre Alessandro para um mau caminho. Epa, ficou pior, ela só guardaria segredo se eu a beijasse naquele momento, não, ficou pior ainda, ela apontou para os lábios (e não para as bochechas) na hora em que disse aquilo. Eu nunca beijei uma mulher do sexo feminino na minha vida, invicto até hoje. Ela achava que a homossexualidade era algo que podia ser desligado com um interruptor? Foram apenas alguns segundos, mas para mim horas haviam se passado, nenhuma desculpa surgia na minha cabeça e ela estava ali, esperando o tal do beijo. O que eu vou fazer? fechar os olhos e fingir que é o Patrick Swayze?
Por sorte, uma amiga dela apareceu e nos interrompeu. Um rapaz, que gostava de perseguir a Ana Lu na escola, e dizia ser seu namorado, estava na festa. Ana Lu ficou louca de raiva. Olhei para o tal namorado e... caraca! que pedaço new kids on the block de mau caminho era aquele garoto! E a Ana Lu perdendo tempo comigo? CUREIZIIII. Quando as duas foram para o outro lado da casa, eu desapareci do local, em 5 minutos estava na minha própria casa, respirando aliviado.
Segunda feira, é a minha vez de passar o dia evitando a Ana Lu na locadora.
No fim da tarde o Cris apareceu e me pegou sozinho no andar de cima. Estressado, eu estava com dor de cabeça, fiquei deitado em um dos longos bancos que ficavam na frente dos videogames. O Cris deu uma espiada escada abaixo e voltou para perto de mim, nada de Ana Lu. Levantou minha camisa e me deu um beijo (não somos nós na foto), que saudade, ele disse.
Aí ouvimos um ICK. Ana Lu, em tempo recorde, havia subido as escadas e parecia estar engasgada. Olhamos para ela ao mesmo tempo. Ela se virou e foi embora. E desta vez, foi para sempre. Nada mais de segredos, nada mais de beijos, ela pediu demissão.
2011, setembro.
Voltando do supermercado, subindo pela rua da escola, passei pela casa da Ana Lu, seus pais ainda vivem lá. E a vi entrando num carro. No volante, o marido (imagino eu), atrás, duas crianças. Ela bateu o olho em mim. Resolvi cumprimentar inclinando a cabeça. Ela deu um sorrisinho e mandou um beijinho apertando os lábios. Senti algo gelado escorrendo pelas minhas costas. Cara, essa vai para o blog, pensei.
Eu sabia que seria bobagem bolar uma desculpa, mentir e tudo o mais. Então simplesmente lhe pedi para guardar segredo, não conte para ninguém por favor. Ela prometeu não contar, mas não me olhou nos olhos. Se virou e me deixou sozinho.
Naquele mesmo dia, no final da tarde, ela estava toda sorrisos. Convidou todos nós para sua festa de aniversário no dia seguinte. A Ju bateu palmas, a Téia fingiu interesse (festinha de aniversário... eca), eu topei, ótimo, vamos ficar amigos e tal.
Havia muita gente na festa, acho que os pais dela não me reconheceram, tudo ia bem. Mas aí a Juliana se materializou na minha frente e disse: a Ana Lu quer falar com você.
Toda tímida e vermelha, olhando para o chão, ela me disse que guardaria segredo daquela coisa horrível que o Cris fez comigo. Para ela, ele era o culpado de tudo, estava levando o pobre Alessandro para um mau caminho. Epa, ficou pior, ela só guardaria segredo se eu a beijasse naquele momento, não, ficou pior ainda, ela apontou para os lábios (e não para as bochechas) na hora em que disse aquilo. Eu nunca beijei uma mulher do sexo feminino na minha vida, invicto até hoje. Ela achava que a homossexualidade era algo que podia ser desligado com um interruptor? Foram apenas alguns segundos, mas para mim horas haviam se passado, nenhuma desculpa surgia na minha cabeça e ela estava ali, esperando o tal do beijo. O que eu vou fazer? fechar os olhos e fingir que é o Patrick Swayze?
Por sorte, uma amiga dela apareceu e nos interrompeu. Um rapaz, que gostava de perseguir a Ana Lu na escola, e dizia ser seu namorado, estava na festa. Ana Lu ficou louca de raiva. Olhei para o tal namorado e... caraca! que pedaço new kids on the block de mau caminho era aquele garoto! E a Ana Lu perdendo tempo comigo? CUREIZIIII. Quando as duas foram para o outro lado da casa, eu desapareci do local, em 5 minutos estava na minha própria casa, respirando aliviado.
Segunda feira, é a minha vez de passar o dia evitando a Ana Lu na locadora.
No fim da tarde o Cris apareceu e me pegou sozinho no andar de cima. Estressado, eu estava com dor de cabeça, fiquei deitado em um dos longos bancos que ficavam na frente dos videogames. O Cris deu uma espiada escada abaixo e voltou para perto de mim, nada de Ana Lu. Levantou minha camisa e me deu um beijo (não somos nós na foto), que saudade, ele disse.
Aí ouvimos um ICK. Ana Lu, em tempo recorde, havia subido as escadas e parecia estar engasgada. Olhamos para ela ao mesmo tempo. Ela se virou e foi embora. E desta vez, foi para sempre. Nada mais de segredos, nada mais de beijos, ela pediu demissão.
2011, setembro.
Voltando do supermercado, subindo pela rua da escola, passei pela casa da Ana Lu, seus pais ainda vivem lá. E a vi entrando num carro. No volante, o marido (imagino eu), atrás, duas crianças. Ela bateu o olho em mim. Resolvi cumprimentar inclinando a cabeça. Ela deu um sorrisinho e mandou um beijinho apertando os lábios. Senti algo gelado escorrendo pelas minhas costas. Cara, essa vai para o blog, pensei.
8 comentários:
PARA VER AGORA:
A razão do meu afeto
3 formas de amar
Sem comentários, no bom sentido CLARO, amo seus textos...parabéns, e ainda bem que vc não beijou ela ;-)
coisa de novela, né?
hehehehehehe
quem manda ter Sex appeal tão atraente
aaahhhh que final foi esse... Vale sempre apena esparar as partesa das seus casos vividos!
Muito legal mesmo!
Adoro A Razão do Meu Afeto. Me faz lembrar de uma amiga que ficava evitado porque achava que ela era afim de mim, no final das contas descobri que ela era do babado também. kkkkkk
@hjeutoassim
O marido era bonitinho?
NÃO!
E as crianças também eram feias...
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