O PRIMEIRO QUE DISSE

Eu não tive tempo de falar sobre esse filme no blog quando ele passou voando pelos cinemas brasileiros, se me lembro bem, ele estava em cartaz numa única sala na capital, talvez nem tenha entrado no circuito nacional. Mas, enfim, ele ganhou um dvd brasileiro. O filme estreou no festival de Berlim, em fevereiro de 2010, só chegou ao Brézil em janeiro deste ano e o dvd está sendo lançado agora. Esse temático italiano está em algum lugar entre o drama e a comédia e consegue ser bastante sensível em algumas partes. Mas não sabe muito bem como deve encerrar a trama (que vai se complicando cada vez mais), então o final é meio nhé, com muitas pontas soltas.

HÁ MUITOS ITALIANOS BONITÕES NO FILME,
SÓ A MINHA FAMÍLIA QUE DECEPCIONA...

Tommaso vive em Roma com seu namorado Marco e estudou para se tornar um escritor sem que sua família descobrisse. Agora ele está de volta à sua cidade natal. Seu plano é simples, assumir sua homossexualidade na frente de todos, esperando ser deserdado pelo pai, afinal, ele não quer se tornar sócio do velho na fábrica de macarrão da família. Mas antes que consiga dizer qualquer coisa, seu irmão Antonio (espere até vê-lo de cuecas) faz um pequeno discurso no jantar e diz que é gay. O pai o expulsa de casa e tem um ataque do coração em seguida. Agora Tommaso não quer mais sair do armário, com medo de matar seu pai de uma vez. O velho é antiquado até o absurdo, se culpando pela homossexualidade de Antonio e com medo de sair de casa, achando que todos na cidade vão rir dele. Ele é tão trágico que chega a ser cômico. A avó de Tommaso, moderna e simpatizante, tem uma história para contar, seus flashbacks se fundem ao filme de uma maneira tocante. A comédia volta ao filme quando Marco, e mais 3 amigos nada discretos, chegam de Roma para visitar Tommaso, e aí todos precisam fingir que são heteros na frente da família do rapaz. O único pecado do filme é o final, pouco conclusivo.

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