A ÁRVORE DA VIDA

Essa é uma postagem atrasada. Quando estou sem tempo para o blog, alguns lançamentos ficam de fora, os dias passam, e deixa de fazer sentido falar sobre o filme usando o marcador "em cartaz". Mas A ÁRVORE DA VIDA ainda está em cartaz, e está dividindo opiniões, por isso achei melhor falar sobre o filme no blog, mesmo com algum atraso. Não me lembro onde foi que li esta história e nem quem eram os envolvidos, só sei que eram dois caras, em 1968, eles estavam saindo de uma sessão de "2001 uma odisseia no espaço", aí um deles disse: o que diabos acabamos de assistir?". Você pode perguntar isso a respeito de A ÁRVORE DA VIDA também, o que diabos acabei de assistir? Lembra dos minutos finais de 2001? A ÁRVORE DA VIDA tem 139 minutos, boa parte do filme lembra aquele final. Cenas estranhas, porém belas, e nada de diálogos, mas dá para captar a trama facilmente, na maior parte do tempo. Aí chegamos no estranho final, estranho ao quadrado. É um filme sobre reflexão, cada um de nós pesca uma mensagem diferente, mas alguns podem não pescar coisa alguma.

BRAD, PAI DO ANO

O filme é de 2009, passou os últimos anos recebendo retoques e agora, finalmente, estreou nas telas. Temos duas linhas temporais, Sean Penn no presente e Brad Pitt nos anos 1950. Sean relembra sua infância, seu papa Pitt exigia disciplina dos filhos, mas era um bom pai. O filme nos mostra a vida dessa pequena família, o nascimento de um dos garotos, a entrada na puberdade e por aí vai. Poucas falas e algumas narrações em off, mas não necessariamente narrando a trama. De repente, aos 20 minutos de filme, pinta o big bang. Vemos o nascimento das galáxias, das estrelas, da Terra, o surgimento da vida nos oceanos, os dinossauros (cenas lindonas), com uma ópera ao fundo. A coisa dura quase 15 minutos! E voltamos à família Pitt em seguida. Perdido? Sim, o filme não tem muita cara de filme. É novidade, é diferente, mas é um "diferente bom", não ruim. Os minutos finais são bem "2001", nada de diálogos, cenas estranhas, e se você não pegou o recado (se é que ele existe) vai se perguntar: o que foi que acabei de ver? É o famoso "cinema de arte", embora pareça meio artificial em alguns momentos (acho que aquele buraco, que abre e fecha o filme, é uma vagina vista por dentro, deveria ser poético, mas eu não gostei não...).

VEJA TAMBÉM: A guerra do fogo, Melancolia, 2001 uma odisséia no espaço, Pink Narcissus, Je vous salue Marie.