OS SAPATINHOS VERMELHOS

Se você gostou de "cisne negro", aproveite para conhecer esse filme de 1948. Acho que eu já disse algumas vezes no blog o quanto "cisne negro" lembra OS SAPATINHOS VERMELHOS. Não há nenhum clima de terror, a trama é toda pé no chão, as semelhanças entre os dois filmes estão nas entrelinhas. "Cisne negro" é "sapatinhos vermelhos" sendo levado até o limite. O filme de 1948 tem cara de romance, tem pouco drama e, por conta disso, o surpreendente final vai te deixar de queixo caído. Também tem belas locações em Londres, Paris e principalmente em Monte Carlo, cenários e figurinos impecáveis, venceu o Oscar de melhor direção de arte.

NÃO ADIANTA,
OS MALDITOS SAPATOS SÓ PODEM SER DESTRUÍDOS EM MORDOR

Victoria Page é uma bailarina que prefere morrer a ficar sem dançar. Ela chama a atenção do famoso produtor Boris Lermontov que a convida para um teste. Mas ele só fica realmente interessado na moça ao vê-la dançando "o lago dos cisnes" em Londres (curiosamente na mesma igreja onde Hitchcock rodou 'o homem que sabia demais'). Aí Boris resolve transformar Vicky na maior bailarina do mundo, após ter despedido a famosa Irina Boronskaja, só porque a moça ficou noiva. Boris é um robô sem coração, ele acha que uma bailarina tem que se entregar 100% ao balé, nada de casamentos. Ao mesmo tempo ele descobre o jovem e talentoso compositor Julian. O novo balé de Boris será uma versão moderninha de 'sapatinhos vermelhos', um conto de Hans Christian Andersen (a pequena sereia, o patinho feio, etc), descrever esse conto agora seria entregar a maior surpresa do filme, Vicky será a personagem principal e Julian escreverá a partitura. Enquanto todos dão o melhor de si, surge uma paixão entre Vicky e Julian. Secretamente apaixonado por Vicky, Boris tentará acabar com esse romance. A sequência do balé está cheia de efeitos especiais para deixar o momento mais mágico. O final é inesperado, tocante e poético.