De uns tempos para cá o cinema francês começou a ficar um pouco mais próximo do Brézil, mesmo assim, encontrar o dvd do filme O TEMPO QUE RESTA por aí, não é uma tarefa fácil. Se ele aparecer diante de seus olhos, agarre-o. Este filme de 2005 é um drama com D maiúsculo. Um daqueles filmes que nos faz refletir, nos faz pensar na vida e na morte. Não vai te fazer chorar rios de lágrimas mas causa um certo desconforto emocional, uma vez que apenas nós estamos por dentro do segredo do personagem principal, sofremos ao seu lado e nos perguntamos o que faríamos se estivéssemos em seu lugar. O cara não é nenhum herói e o filme não quer nos ensinar nenhum tipo de lição de moral. É um filme sobre a família, sobre perdão, sobre a morte e, acima de tudo, sobre a vida.
UM SENTIDO PARA A VIDA NO DARK ROOM
Romain tem 31 anos e trabalha como fotógrafo, também é lindão e bem dotado (cena de nu frontal em ponto de bala). Ele divide um apartamento com seu namorado de looonga data, Sasha (feio) e não dá muita bola para sua própria família, está sempre magoando sua irmã que foi abandonada pelo marido com dois filhos para criar. Romain descobre no começo do filme que está com um tipo de câncer terminal, ele poderá morrer dentro de 3 meses. Ok, você já viu isso antes, o cara vai tentar viver ao máximo e fazer todas as coisas que sempre teve vontade de fazer, certo? Que nada, Romain não conta para ninguém sobre sua doença, se recusa a fazer um tratamento (quimio) e termina sua relação com Sasha. É cruel com todos ao seu redor. Ele simplesmente não tem ideia do que quer fazer com o tempo que lhe resta, isso é algo que ele vai ter que descobrir sozinho. A cena na qual ele telefona para a irmã é tocante, aos poucos os diálogos abandonam o filme. O final tem um gosto meio amargo, você pode gostar ou não, vai depender do seu estado de humor no momento em que estiver vendo o dvd.
3 comentários:
FICHA TÉCNICA
TITULO ORIGINAL: le temps qui reste
ANO: 2005
PAÍS: frança
DIRETOR: François Ozon
ELENCO: Melvil Poupaud, Jeanne Moreau,Christian Sengewald e Valeria Bruni Tedeschi
Eu achei esse filme muito bacana e concordo com teus comentários sobre ele... dá uma certa angústia ver como ele reage a descoberta da doença.
A cena final é muito bela, na primeira vez que assisti não pude deixar de pensar em como seria a pessoa que encontrasse aquela máquina fotográfica junto ao corpo, como seria ver aquelas fotos e tentar entender o que o levou até aquele momento.
Até
Ainda tem a Jeanne Moreau no papel da avó do Romain. E diálogos bacanas entre os dois.
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