ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Problemas? sim muitos. O estúdio do Mickey Mouse simplesmente pediu para que Tim Burton se segurasse, sombrio e violento? nem pensar. Aqui e ali você encontra a marca do diretor (encontrou a árvore do filme "a lenda do cavaleiro sem cabeça" logo no inicio?) mas depois a coisa se perde em efeitos e personagens digitais que estão lá para dar ao filme um toque visual de se encher os olhos. A história, quase infantil demais, se perde num clímax tipo "mamãe quero o anel do Gollum" e um epílogo se arrasta encerrando o filme. Mas o que foi que levou milhões de pessoas ao cinema para ver esse filme? isso é fácil de responder: Burton + Depp + 3D.

TIM BURTON EM TODO LUGAR MENOS NA TRAMA

Os efeitos 3D são posteriores ao filme que foi feito em 2D mesmo, Johnny Depp não nos presenteou com nenhum personagem carismático, está completamente escondido em baixo de muita maquiagem e Tim Burton não fez outra coisa além de dirigir um filme cujo roteiro foi escrito pela mesma mulher que escreveu "a bela e a fera", "Mulan" e "o rei leão", então, o que poderia sair errado saiu errado? Sim, a trama é fraca demais. Essa Alice (sem nome, sem foto, sem importância na embalagem do filme ou no poster) lembra o Mark Wahlberg de "o planeta dos macacos" (outro filme de Burton), embora tudo seja novidade para ela no país das maravilhas, uma vez que ela considera sua primeira visita como um fiapo de pesadelo, nada a assusta ou a impressiona, é como o primeiro encontro de Mark com os macacos, tipo "ora, nada mais natural não?". O blu-ray traz 3 curtos making ofs e pelo aviso na embalagem (1 disco) um segundo lançamento, desta vez duplo, pode aparecer algum dia. Dentro você encontra um livrinho com o perfil dos personagens, produtos e um teste boboca, nada a ver com o filme. Lançamento fast food, melhor aguardar por algo melhor.