UM SONHO POSSÍVEL

Um filme perfeito para aqueles que estão começando a gostar de cinema, ou que nunca viram um filme antes. Para os já iniciados é um festival de clichês descarado. Não é difícil ver qual é a mensagem que o diretor (que também assina o roteiro) está querendo passar, mas ele faz isso de um modo inacreditavelmente amador, cenas e diálogos que você já viu em alguma novela por aí, ás vezes é tão estereotipado que a gente estranha o fato de ser baseado numa história real, digo, pessoas reais não se comportam como os personagens do filme. Sandra entra gélida e depois fica robótica, faz parte de sua personagem esconder suas emoções, embora se orgulhe de ser um tipo de pessoa que faz caridade. Já o garotão Big Mike prefere falar pouco sobre o que pensa a respeito de tudo, aí a coisa complica já que ambos os protagonistas são tão fechados quanto os olhos do diretor.

QUALQUER INDICAÇÃO AO OSCAR ERA TAPA BURACO NA LISTA.

Num clima de "Preciosa" o adolescente Big Mike, abandonado pela mãe drogada e sem ter onde dormir, é recolhido das ruas por Sandra que mais tarde decide ser a guardiã legal do rapaz. Dramas em doses pequenas, conflito de classes e racismo também bem moderados, é aquele tipo de filme certinho que não nega a existência dessas coisas mas que não se aprofunda nelas. Filme família estilo sessão da tarde sem fortes emoções e nada original. Se pelo menos alguém chorasse ou gritasse, se mostrassem seus sentimentos ou dissessem o que estão pensando, Sandra ganhou um oscar por ser fria como gelo? Nos créditos finais você confere fotos das pessoas que viveram a história do filme, a verdadeira Leigh Anne aparece sorrindo em todas elas, não se parece em nada com a Leigh de Sandra Bullock.