DIREITO DE AMAR

Pode o estilista Tom Ford se tornar um diretor de cinema? Ah pode sim, além da indicação de melhor ator para Colin Firth o diretor poderia ter sido lembrado também nesse oscar, o filme é super sensível, uma trilha musical e longas cenas sem diálogo algum fazem a gente imaginar estar vendo um filme europeu, ou talvez Hollywood em sua era de ouro, embora haja homocaras no filme. A ambientação nos anos 1960 também ajuda a dar ao filme um clima clássico, alguns beijos, nudez masculina a todo vapor e nada de sexo, o filme é educado, um homodrama na medida certa.

COLIN FIRTH E JULIANNE MOORE, WILL E GRACE ANOS 1960.

O filme já começa nos mostrando a morte do parceiro de Colin num acidente de carro, a família do rapaz nem sequer o deixa comparecer ao funeral. O professor decide então que este será seu último dia de vida, sem o amado ele não quer mais continuar vivendo e nem, oh o horror gay, morrer sozinho. Uma parada na casa da amiga Julianne Moore e um aluno seu que o está seguindo por paixão adolescente são acontecimentos que se juntam a vários flashbacks de Colin e seu namorado, com quem viveu por 16 anos, assim o tema do filme é superação da dor da perda, mas você pode achar o final poético ou sacana, pode gostar ou não, mas o que o filme é bonito isso ele é.