28.3.15

em cartaz - MAPAS PARA AS ESTRELAS


Esse novo estilo do David Cronenberg incomoda um pouco, mas eu gostei de ''Cosmopolis''. MAPAS PARA AS ESTRELAS entretanto, pega pesado demais. Não tem nada no filme que vai preparar você para a brusca mudança de clima que acontece nos minutos finais. De repente, o filme apela para a violência, em um, ou dois, determinado momento chega a ser ridículo. É pra rir? É pra chocar? É pra ser poético? Não é um final muito bom. O filme tem personagens interessantes, a trama se desenrola numa boa, mas depois parece que o filme não sabe mais o que vai fazer com cada um deles.


- Já pensou em pegar um papel de vampiro?


Mia Wasikowska chega em Hollywood e conhece o chofer Robert Pattinson, que quer ser ator. Através de Carrie Fisher, ela mesma, a moça se torna assistente da atriz Julianne Moore. Um filme, que foi estrelado por sua falecida mãe, também atriz, vai ganhar um remake e Julianne quer o papel de qualquer maneira. Seu terapeuta, John Cusack, sabe que ela tem alguns traumas, por causa da mãe, e ele é pai de uma celebridade. Um garoto de 15 anos, metido e arrogante, que está tentando se manter longe das drogas. Todos os personagens estão conectados, mais do que você pensa, isso garante algumas surpresas. O elenco pode ser famoso, mas eles estão pagando mico porque o filme não é para todos os públicos. Pode ser doentio e chocante.












FICHA TÉCNICA

TÍTULO ORIGINAL: maps to the stars
ANO: 2014
PAÍSES: eua, canadá, alemanha, frança
DURAÇÃO: 111 min
DIRETOR: David Cronenberg
ELENCO: Julianne Moore, Mia Wasikowska, John Cusack, Evan Bird e Robert Pattinson.

3 comentários:

Anselmo disse...

Muito sem propósito. Revelações a cada meia hora ajudam a entender melhor o que está acontecendo e você fica intrigado e instigado com aquilo, mas o desenrolar da trama vai deixando algumas questões sem respostas enquanto responde perguntas que você nem tinha. Um final estranho contribui ainda mais pra sensação de "WTF".
Vale pela Juliane Moore, interpretando uma adulta meio mimada e infantil, o que rende alguns momentos divertidos. Tambem um monte de citações a outros astros e estrelas de Hollywood deixa o clima mais "realista".

Rafael Caribé disse...

O estilo do filme é um tanto inconstante, mas é interessante a visão nada glamorosa de Holywood. O humor solda caustica citando personalidades reais a todo instante é algo corajoso. O elenco todo funciona, especialmente, Julianne Moore. É incrível como ela fala e faz coisas absurdas e até constrangedoras com a maior coragem e a melhor cara de pau. Ela ganhou Cannes e devia ter levado esse Globo de Ouro também.

Eduardo Pepe disse...

Amei Juli sendo louca e surtada e fazendo isso com um convencimento surpreendente. Nunca pensei ve-la fazendo coisas assim! O filme em si é creep e confunde mais do que esclarece e muda toda hora de ponto, mas acho que a ideia é essa mesma. Consegui apreciar esse retrato apocalipse de holywood. É muito legal ver celebridades sendo humilhadas!