DIGA "SIM" ÀS DROGAS

O HOMEM DA CALIFÓRNIA não tem nada de excepcional. Mas é um filme que é um ótimo retrato de uma geração, dentro e fora da tela. A gente olha e diz: ''esses eram os adolescentes em 1992'' e ''isso era uma comédia adolescente em 1992''. Não tem aquele capricho dos anos 1980, tenta dar uma de ''Bill & Ted'' mas tem um humor educadinho demais. 

Sean Astin (menos ''os Goonies'' e mais ''senhor dos anéis'', ah, você entendeu, ele tá gorducho) e seu amigo de sexualidade duvidosa (a dublagem brasileira não dava um desconto) encontram no quintal, após um terremoto, um bloco de gelo com um homem pré histórico lá dentro.

No começo do filme vemos Brendan Fraser (em 1992, quem?) sendo enterrado vivo quando um terremoto destruiu sua caverna. O cara sobreviveu no bloco de gelo por milhares de anos, mas suas roupas de pele não (furo na trama?). Os garotos dão um banho no proto humano, cortam seu cabelo e lhe dão roupas do século XX. Ele se adapta rapidamente e se torna popular na escola, isso torna os rapazes populares também, e Sean está atrás de uma namorada. Eles também precisam de ajuda contra os valentões da escola. 

Ou seja, você já viu essa fórmula em dezenas de filmes. A trama é sobre a adaptação do cara das cavernas, não tem nenhum vilão atrás dele, é uma história bem rasa com poucas piadas que funcionam. E tem um final FFF (feliz, fofo e forçado). Mas é 1992, hoje a gente perdoa.