CIDADE DO DÉJÀ VU

E aí você pega um pouco de cada franquia de sucesso que existe por aí, agite bem e sirva. Então tá, a gente começa a ler a saga dos INSTRUMENTOS MORTAIS e logo pensa em Harry Potter barra Crepúsculo barra Buffy barra star wars barra qualquer outra coisa, mas é possível dar um desconto. A autora Cassandra Clare às vezes viaja na maionese mas não quer agradar pré adolescentes maluquinhas por vampiros. Os personagens fazem sexo, querem fazer sexo e os personagens gays também se divertem na cama. Tem aventura e ficção, o romance não vem em doses cavalares.

Na trama, a jovem Clary descobre que faz parte de uma linhagem de caçadores de demônios quando sua mãe é sequestrada. Há muito tempo, um anjo veio à Terra e criou os Caçadores de Sombras, a missão deles é derrotar demônios que estão vindo para cá através de portais interdimensionais. No momento, eles têm um acordo de paz com algumas crias híbridas dos demônios: vampiros, bruxos, fadas e lobisomens, mas ainda rola o maior preconceito. A coisa começa a ficar mais legal após o primeiro livro, surgem revelações do tipo quem é o pai de quem e quem é o irmão de quem, enquanto o vilão tenta reunir os tais instrumentos mortais para mudar o mundo.

 Clary e Alec, apaixonados pelo mesmo homem.

Após ler o primeiro livro, notei que o filme deixou certas coisas de fora (típico), mas também trouxe coisas novas e deixou o mundo secreto dos Caçadores mais facilmente apresentável para nós mundanos (humanos comuns). O problema que surge com esse lance de mudar as coisas é um só, o filme precisa ter um clímax no final. E o livro não tem um final. Existe uma batalha que rola no final do segundo livro e uma guerra nos livros seguintes. Mas o primeiro filme fez certas mudanças que podem atrapalhar uma futura adaptação do livro 2.

E, é claro, temos que falar sobre os homopersonagens. Namoro, brigas de namorados, passando a noite juntos ... tudo é apresentado do modo mais natural possível. Num mundo onde monstros e humanos se casam (Lobs + Vamps e afins) ninguém faz muito drama a respeito dos gays. Surge até um casal de lésbicas na trama mais tarde. 

O momento em que Alec, sem aviso, sai do armário, na frente da família e dos amigos, agarrando o rapaz que ele ama na multidão e dando um beijo nele ... aquilo foi demais.