Eu estava na seção de filmes de terror alinhando as fitas no lugar, maldita mania de arrumação que me persegue, quando o Nino entrou na locadora. Nino (tenho que parar com essa mania de usar os nomes reais...) era um amigo da escola, um belo dia a gente se aproximou demais fisicamente e ele perdeu a virgindade número 2 e eu a número 1, bem, isso depois de alguns meses, uma vez que tivemos que aprender tudo sozinhos e por fim, de algum modo, chegamos ao sexo propriamente dito. Ele havia se mudado do bairro há alguns anos e a gente perdeu contato, quando voltou para visitar parentes ele me procurou. E foi direto ao ponto. Depois de um rápido "oi", e de olhar ao redor, ele pegou no meu pênis por cima da calça e disse:
- Eu quero dar pra você agora mesmo.
Hora de avaliar a situação. Aletéia e Juliana estão ocupadas, a gente poderia ir ao andar de cima e usar o "quarto dos filmes perdidos", e também, nós dois éramos adolescentes, e como todo adolescente estávamos excitados o tempo todo, o sexo seria rápido, as meninas nem dariam pela minha falta.
Eu disse para as meninas que ia procurar um certo filme lá em cima e o Nino ia comigo. O lance gay era segredo de estado naquela época, nem sei como elas reagiriam se descobrissem sobre mim. Quando chegamos lá eu evitei de fechar a porta com a chave, eu a deixei do lado de fora, seria impossível explicar a porta fechada por dentro caso alguém aparecesse. Encostei a porta, encostei o Nino na porta, e tentamos manter as orelhas em pé o tempo todo.
Satisfeitos, nos preparamos para sair, mas a porta não estava querendo abrir, nós estávamos trancados.
- Eu quero dar pra você agora mesmo.
Hora de avaliar a situação. Aletéia e Juliana estão ocupadas, a gente poderia ir ao andar de cima e usar o "quarto dos filmes perdidos", e também, nós dois éramos adolescentes, e como todo adolescente estávamos excitados o tempo todo, o sexo seria rápido, as meninas nem dariam pela minha falta.
Eu disse para as meninas que ia procurar um certo filme lá em cima e o Nino ia comigo. O lance gay era segredo de estado naquela época, nem sei como elas reagiriam se descobrissem sobre mim. Quando chegamos lá eu evitei de fechar a porta com a chave, eu a deixei do lado de fora, seria impossível explicar a porta fechada por dentro caso alguém aparecesse. Encostei a porta, encostei o Nino na porta, e tentamos manter as orelhas em pé o tempo todo.
Satisfeitos, nos preparamos para sair, mas a porta não estava querendo abrir, nós estávamos trancados.
Achei que levaria um tempão até que uma das meninas resolvesse subir para me procurar e abrisse a porta pelo lado de fora, resolvi que não ia esperar por elas. Eu tinha tarefas para fazer e precisava, argh, dar uma limpadinha no meu pênis. Aí pensei no MacGyver.
AHÁ
Quando seus pais, ou seus professores, ou seu psiquiatra lhe diz que a tv estraga seu cérebro, não dê ouvidos, pode-se aprender alguma coisa com a tv. Eu me lembrei de um episódio em que o MacGyver estava numa situação parecida. Peguei um poster do filme "dança com lobos" e o passei por de baixo da porta, em seguida usei uma lasca de plástico no buraco da fechadura e empurrei a chave para fora, ela caiu em cima do poster, puxei o poster de volta e peguei a chave.
AHÁ
Quando seus pais, ou seus professores, ou seu psiquiatra lhe diz que a tv estraga seu cérebro, não dê ouvidos, pode-se aprender alguma coisa com a tv. Eu me lembrei de um episódio em que o MacGyver estava numa situação parecida. Peguei um poster do filme "dança com lobos" e o passei por de baixo da porta, em seguida usei uma lasca de plástico no buraco da fechadura e empurrei a chave para fora, ela caiu em cima do poster, puxei o poster de volta e peguei a chave.
Eu estava amando muito mais o MacGyver agora, qualquer dia iria tentar fazer gás lacrimogênio com pó de arroz (em suas últimas temporadas as receitas do Mac começaram a sofrer cortes, crianças estúpidas estavam se dando mal nos isteites). Usei a chave mas a lingüeta (seria esse o nome?) superior não se movia, em algum lugar uma parte do mecanismo deveria ter se desconectado do resto, ferrugem era o que não faltava na porta.
Não demorou muito e a Aletéia subiu as escadas, eu contei que estávamos presos ali, ela tentou a chave sem sucesso. Aí ela começou a chutar a porta. Me perguntei se estava ajudando em algo ela ficar gritando RÁ a cada chute, a porta tremia mas não abria. Eu disse para ela buscar alguém para nos ajudar.
Não demorou muito e a Aletéia subiu as escadas, eu contei que estávamos presos ali, ela tentou a chave sem sucesso. Aí ela começou a chutar a porta. Me perguntei se estava ajudando em algo ela ficar gritando RÁ a cada chute, a porta tremia mas não abria. Eu disse para ela buscar alguém para nos ajudar.
Certa vez me disseram que a Lassie é a loira mais esperta do mundo, Lassie teria ido buscar ajuda, Lassie encontraria até um chaveiro que abriria a porta sem destruí-la. Aletéia era loira, mas ela não era nenhuma Lassie. Ela atravessou a rua e foi até a praça dos mendigos, procurou por um que aparentasse ser bem grande e forte e o encontrou, consequentemente era também um dos mais fedorentos. Ela trouxe o mendigo cheiroso e descalço para dentro da locadora e o levou até a porta. Ele também começou a chutá-la, os chutes eram fortes e a porta cedeu.
Não vou dizer que foi um alívio sair do quarto abafado e dar de cara com um ar tão puro quanto aquele que saia dos poros do sujeito, sem banho desde a passagem do Halley aposto.
Aletéia nos viu saindo e, rindo, perguntou:
- Quem tava comendo quem aí dentro?
Nino ficou vermelho, o mendigo caiu na risada, eu dei para ela um sorriso do tipo "que piada mais sem graça a sua". Na porta haviam marcas pretas de pés humanos.
Voltamos para o andar de baixo.
O mendigo não aceitou um "obrigado", ele queria outra coisa.
Aletéia nos viu saindo e, rindo, perguntou:
- Quem tava comendo quem aí dentro?
Nino ficou vermelho, o mendigo caiu na risada, eu dei para ela um sorriso do tipo "que piada mais sem graça a sua". Na porta haviam marcas pretas de pés humanos.
Voltamos para o andar de baixo.
O mendigo não aceitou um "obrigado", ele queria outra coisa.
O cara encostou no balcão e nos pediu uma moeda ou duas "para comprar pão" (ninguém cai nessa e eles ainda usam essa frase). É claro que não podíamos tirar dinheiro do caixa sem o patrão por perto, já estava imaginando se ele iria me cobrar pela porta quebrada lá em cima. Nós explicamos isso pro cara mas ele nem quis saber, queria uma moeda e fim de papo.
Então pedimos, educadamente, que fosse embora, pelo menos as primeiras 4 palavras do pedido eram educadas, depois a gente não se segurava, não dava mais para tê-lo por perto, o cheiro estava impossível e haviam pessoas na locadora. Então ele resolveu se sentar no chão.
Fui até a porta dos fundos e enchi um balde com água da torneira. Disse que jogaria água nele e ele se levantou e saiu, mas ficou parado na calçada, olhando para nós e começou a xingar.
Então pedimos, educadamente, que fosse embora, pelo menos as primeiras 4 palavras do pedido eram educadas, depois a gente não se segurava, não dava mais para tê-lo por perto, o cheiro estava impossível e haviam pessoas na locadora. Então ele resolveu se sentar no chão.
Fui até a porta dos fundos e enchi um balde com água da torneira. Disse que jogaria água nele e ele se levantou e saiu, mas ficou parado na calçada, olhando para nós e começou a xingar.
Aletéia saiu atrás dele e começou a discutir com o cara, ele atravessou a rua de volta para a praça dos mendigos. Com a rua entre eles um descarregava palavrões no outro e algumas pessoas paravam para ver o que estava acontecendo.
O mendigo disse que era um absurdo ver uma mocinha tão bonitinha agindo como uma puta, ele disse que Téia estava nervosa porque faltava um homem na cama dela:
- Você tá precisando é de uma rola, menina!
Aletéia colocou a mão direita no meio de suas pernas e empinou o quadril.
- Vem chupá o meu pau! disse ela, encerrando a discussão.
O mendigo disse que era um absurdo ver uma mocinha tão bonitinha agindo como uma puta, ele disse que Téia estava nervosa porque faltava um homem na cama dela:
- Você tá precisando é de uma rola, menina!
Aletéia colocou a mão direita no meio de suas pernas e empinou o quadril.
- Vem chupá o meu pau! disse ela, encerrando a discussão.
6 comentários:
Em 2006 eu fiquei sabendo que o Nino havia sido sequestrado dias antes do casamento de sua irmã mais nova.
Não sei como isso terminou.
Se ele fugiu
Se ele foi solto ou se o resgate foi pago
Mas sei que voltou para casa.
Anos depois eu o vi descarregando um caminhão perto daqui e fiquei de queixo caído
sabe quando você diz:
Por que é que esse cara está num emprego tão medíocre quando poderia estar desfilando nas passarelas pela
Europa e ganhando milhões?
lindão é pouco
O carqa salvou su avida e ninguem tinha nem um unico niquel na carteiera pra dar pra ele??
Eu amaldiçoaria v cs...
HAHAHAHAHAHAHAHAHA
Meu amigo, o que seria de nós sem a TV!!! MacGyver, Missão Impossível e as Ana Maria Braga da vida... uma vez em um desses momentos derrubei minha camiseta branca em um lata com oléo de trator, deu um trabalho explicar isso em casa...
M era filho de um amigo do meu pai, mais novo do que eu na idade, excelente professor no resto.. Quanto eu mudei para o interior, eu era um garoto recem saido de um apartamento em SP, ele um garoto que praticamente vivia na fazenda.
Nunca mais tive noticias, creio que ainda mora por aquelas bandas, infelizmente o dia que passei pela cidade (anos depois) ele não estava por lá... Deve ser hoje um semi-tiozinho barrigudinho, daqueles que a gente olha e diz que "provavelmente foi bonito quando era novo"... e foi! Oh se foi...
Abração e boa semana!
UHAEDAHUXAE Que absurdo, Sky. Sexo em horário de trabalho NO trabalho é coisa pra empresário que come a secretária.
Queria ter uma Aletéia pra mim. =|
Opa, agora já sei o que fazer quando tiver trancado em um quarto.
dia mundial do pinto
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