TRILOGIA MAD MAX

MAD MAX (1979)

Mas o que era esse Mel Gibson em 1979? que olhos e que decote, o filme em si é sobre vingança, nada nele nos diria que algo muito maior estava por vir, muito menos uma continuação. Max é um policial cuja esposa e o filho pequeno são mortos por uma gang de motoqueiros, é uma cena impressionante, os caras perseguem a moça com o menino no colo e nada mais é mostrado além do sapatinho do garoto rolando pelo asfalto. Uma trama com começo, meio e fim , ótimas cenas de ação no asfalto enquanto Max caça sozinho os motoqueiros assassinos, tem uma boa dose de suspense para um filme que se passa em campos abertos e em estradas australianas bem isoladas. Mas como se pode fazer uma continuação que supere um bom filme? George Miller simplesmente deu inicio ao fim do mundo.

MAD MAX 2 (1981)

E seja bem vindo ao fim do mundo. Será que a Austrália ofendeu algum país pouco amistoso? seja como for a guerra nuclear mudou tudo. Agora Max vive numa Austrália devastada onde reina a lei do mais forte e a gasolina é a moeda corrente. Típico filme dos anos 1980 que não possui cenas banana e sim um bom trabalho de dublês , pirotecnia e carros reais sendo arremessados e massacrados pra todo lado. Destaque para o vilão gay que possui um escravo sexual sempre na corrente. A maioria dos veículos do filme como o V-8 de Mel Gibson e o carro dos vilões com reféns presos na frente se tornaram famosos ganhando até miniaturas. Um doido com uma mascara de hóquei faz parte de uma gama muito interessante de novos personagens que só existem nesse filme. O inventor maluco é o único personagem que aparece em mais de um filme além de Max, ele volta no terceiro longa metragem acompanhado pelo filho.

MAD MAX ALÉM DA CÚPULA DO TROVÃO (1985)

E quando você achava que não se podia fazer um filme mais apocaliptico que 'mad max 2' eis que surge a cúpula do trovão. Agora Max vai parar numa cidade que usa fezes de porcos para gerar eletricidade. Governada por uma mulher chamada pelos cidadãos de Tia (Tina Turner) e por um anão responsável pela energia que vive montado num sujeito musculoso, juntos eles se chamam Master/Blaster, as lutas são proibidas em Bartertown. Os homens resolvem suas diferenças na cúpula do trovão, um video game pós apocaliptico muito legal. Fora da cidade Max encontra uma tribo de crianças que são filhos de passageiros sobreviventes da queda de um avião no dia da explosão nuclear. Os adultos partiram para buscar ajuda e nunca mais voltaram e as crianças esperam sozinhas pela volta do piloto do avião que salvou a todos, o capitão Walker. Max é confundido com o salvador e se recusa a guiar as crianças para fora do refúgio onde vivem em paz. O clímax e o final fecham a saga com estilo.

É do terceiro Mad Max a música de Tina Turner ''we don't need another hero'' que remete á um tempo onde músicas eram escritas especialmente para os filmes e as letras tinham tudo a ver com a trama.

Tina Turner - We Don't Need Another Hero
by djoik

Fora das ruínas,
No lado de fora dos escombros,
Não podemos cometer o mesmo erro desta vez.
Nós somos as crianças,
A última geração.
Nós somos aqueles que eles abandonaram para trás.
E eu me pergunto, quando nós vamos mudar,
Vivendo sob o medo, até que nada mais reste...

Nós não precisamos de um outro herói,
Nós não precisamos saber o caminho para casa.

Tudo o que queremos é vida além, a cúpula do trovão

Procurando por algo em que possamos confiar,
Tem de haver alguma coisa melhor lá fora.
Amor e compaixão,
O dia deles está chegando.
Tudo mais são castelos construídos no ar...
E eu me pergunto, quando nós vamos mudar,
Vivendo sob o medo, até que nada mais reste...
Todas as crianças dizem:

Nós não precisamos de um outro herói,
Nós não precisamos saber o caminho para casa.

Tudo o que queremos é vida além, a cúpula do trovão.

Então, o quê fazemos com nossas vidas?
Nós deixamos somente uma marca.
Nossa história brilhará como uma luz
Ou terminará no escuro?
Entregue tudo ou nada.
Nós não precisamos de um outro herói...