IDAS E VINDAS DO AMOR

O diretor Garry Marshall está em casa, esse é o seu tipo de filme. Como vários outros filmes do cara IDAS E VINDAS DO AMOR está cheio de personagens simpáticos e coadjuvantes carismáticos, só que desta vez os coadjuvantes são bem poucos por conta do enorme elenco principal (Joe Mantegna aparece por 10 segundos). Síndrome de LOST, ás vezes alguns personagens são esquecidos, outros ganham mais destaque, pode-se dizer que o filme é de Ashton Kutcher e Jennifer Garner, os que mais aparecem em cena e que Júlia Roberts e Bradley Cooper são participações especiais, são os que aparecem menos mas trazem duas boas surpresas lá no final (existem erros de gravações nos créditos finais com Julia Roberts tirando um sarro com outro filme do diretor: "uma linda mulher"). O final em si é bem cansativo uma vez que é preciso finalizar a história de cada um dos personagens. Mas o filme é tão meigo e gostoso de se acompanhar como qualquer filme de Marshall onde a gente se apega aos personagens, só que desta vez o filme tem cara de episódio estendido de uma serie de TV ou novela, logo, pode-se apreciá-lo numa boa na TV em casa, não há a ''necessidade obrigatória'' de se ver nos cinemas.

LIGANDO OS PONTOS, O FLORISTA ABANDONADO, A PROFESSORA ENGANADA E O MÉDICO INFIEL.

No filme a gente acompanha uma gama enorme de personagens em pleno dia dos namorados (o próprio diretor faz uma ponta no final) , o filme dura apenas 24 horas mas muita coisa acontece. Jennifer Garner está amando Patrick Dempsey, Ashton Kutcher pede Jessica Alba em casamento, Topher Grace namora Anne Hathaway há duas semanas, Jessica Biel está sozinha e planeja uma festa "eu odeio o dia dos namorados"... , a vida e os relacionamentos de todos os personagens estão prestes a mudar nesse único dia. Em algum lugar e situação ,com algum personagem você vai se identificar, tem gente de todas as idades. É possível ligar cada um dos personagens com qualquer outro no esquemão ''novela e esbarrões'' , o que torna o filme legal de se acompanhar. Cheio de momentos OHHHHH como uma sitcom, o filme é veneno puro para quem está sozinho como eu, passando o ano todo a pensar na minha ''tentativa anual de suicídio do dia dos namorados'' (TASDN) que sempre acaba comigo sozinho em casa vendo GHOST com uma colher de pau e uma lata de sorvete, este ano vou variar. Napolitano talvez...