24.12.18

netflix - SHE RA


Eu li sobre o anúncio, fiquei brabo. Eu vi a primeira imagem, fiquei revoltado. Eu sou o fã número 1 do He-man e da She Ra, cresci com eles, ainda tenho meu castelo de Grayskull com uma porrada de bonecos dentro, uma camisa que não me serve mais e os dvds. Eu suportei aquela droga de remake do He-man com calças e depois o remake com a pochete na cintura, e agora a NF resolveu mexer com a She Ra, grrrr.

Resolvi dar uma olhada na série e ... fiquei até o final !!!

É claro que se trata de uma versão diferente, mas NÃO É uma versão ruim. No estilo anime americano, o seriado resgata muitas coisas do seriado de 1985, parece que não quer irritar (demais) os fãs. Deu certo, gostei de pescar referências e easter eggs. E a dublagem brasileira fez questão de resgatar os nomes usados na dublagem clássica (aplausos), o segundo remake do He-man não fez isso.

Adora foi criada desde bebê por Sombria (o novo visual da bruxa decepciona), ao lado de Felina, sua melhor amiga desde sempre. Ela se torna capitã da guarda de Hordak (eu adorei o visual vampiresco do cara). Adora nunca deixou a zona do medo e aprendeu que as princesas de Etheria, e a rebelião na floresta do Sussurro, são malignas. 
Ela encontra a espada do poder na floresta e vai parar no castelo de cristal. Uma espécie de fortaleza da solidão do Superman, protegida por uma inteligência artificial chamada Esperança da Luz. Tudo isso é tecnologia (com magia) criada pelos Primeiros (antigos colonizadores de Etheria), no seriado original a participação deles era bem pequena. Adora se torna She Ra, uma guerreira que surge de tempos em tempos para salvar o mundo, mas não conhece a extensão de seus poderes. Nada de identidade secreta, todo mundo sabe que She Ra é Adora.
Ao descobrir que a Horda é má, ela entra para a rebelião. Fica amiga de Cintilante (uma menina baixinha e gorducha) e do Arqueiro (novo visual sexy). Nada de Etérnia, nada de Feiticeira, nada de nada de He-man, mas ainda tem o ''Pela honra de Grayskull'', e esse castelo nem existe nessa dimensão ...
Os últimos episódios são interligados, culminando numa mega batalha para salvar o reino da Lua Clara. Diversidade, casal lésbico (rapaz, tem muita coisa gay aqui), relação mãe e filha ... continua sendo um desenho politicamente correto. E não ofende o material original, que nunca será superado ou esquecido.

Um comentário:

Leo Rib disse...

Dizem que esse novo visual da Sombria foi pra não ofender os muçulmanos, já que, na versão de 1985, a roupa dela era igual à de uma mulher muçulmana (apesar de vermelha).