AS CRÔNICAS DE OZ, O MÁGICO, O LEÃO E O PESADELO DE ALICE

Agora que "Oz, mágico e poderoso" está nos cinemas, o mais famoso livro de L. Frank Baum pode ser visto nas vitrines de muitas livrarias. É claro que o livro, para ajudar nas vendas, não deixa de mencionar o filme na capa. Mas essa não é a história do filme. Esse é "O MÁGICO DE OZ" (de 1900), o primeiro de uma serie de 13 livros sobre a terra de Oz. É aqui que você vai encontrar Dorothy, o Espantalho, o Homem de lata e o Leão covarde. 

À primeira vista, o livro parece um rápido resumo do filme de 1939, os capítulos são curtos, você vira uma página e Dorothy já foi apanhada pelo tornado. Mas logo pintam as diferenças. Se por um lado você fica de boca aberta ao descobrir que o filme criou tanta coisa nova e legal, por outro lado fica chateado ao ver que o filme também deixou muita coisa interessante de fora.

Dorothy é uma órfã que vive com os tios numa casa de um comôdo só no Kansas (a fazenda do tio Henry não tem funcionários como no filme). O tornado leva a casa embora e a viagem até Oz leva várias horas, Dorothy até pega no sono. Sua casa acaba matando a Bruxa malvada do Leste. A Bruxa boa do Norte, não é a Glinda (o livro conta que existe uma Bruxa boa no sul também, essa é a Glinda) entrega para Dorothy os sapatos prateados da bruxa morta (não são de rubi). E assim ela parte para a Cidade das Esmeraldas. 

O Espantalho e o Homem de lata têm histórias para contar. A origem do Espantalho, que tem apenas 2 dias de vida, é interessante. A origem do Homem de lata parece um filme de terror. O famoso quarteto vai atravessar vários países diferentes na terra de Oz, até o país das Porcelanas (que você viu no novo filme), pois é, para adaptar esse livro, só mesmo com os efeitos especiais atuais. 

O final é completamente diferente. No filme vemos um final no estilo "Alice no País das Maravilhas", mas Dorothy não está sonhando. A terra de Oz é real. E a menina encontra o Mágico e seu balão novamente, quando um terremoto a envia até o centro da Terra em outro livro.

AQUI É O MEU LUGAR

Um ótimo filme que passou batido pelo Oscar e até pelo Globo de ouro. Passou por vários festivais de cinema ao redor do mundo e passou raspando pelos isteites. O que será que houve? Eu deveria ter dado mais atenção aos créditos no início do filme, depois de alguns minutos eu disse: peraí, é um filme da Sofia Coppola? Posso jurar que é Sofia Coppola. Mas não é não. Paolo Sorrentino é um diretor italiano que eu não conheço. E eu adorei o estilo dele, ele também escreveu a história e o roteiro. E esse, é o meu tipo de filme. Poucos diálogos, muitas cenas estranhas barra profundas, ele te faz rir com as coisas mais simples da vida. O filme não tem pressa alguma, é muito gostoso de acompanhar. E o Sean Penn está demais no papel principal.

ATENDENDO A PEDIDOS

Cheyenne é um roqueiro na meia idade que não se apresenta há décadas, por conta de uma tragédia envolvendo um fã. Mas ele ainda é muito famoso na Irlanda, e é fácil reconhecer esse cara na rua, sempre maquiado. Em sua grande mansão, onde vive sozinho com a esposa (a alegre Frances McDormand), ele se sente entediado, não consegue visualizar um rumo para sua vida. Um dia, ele recebe uma ligação, seu pai, lá nos isteites, está morrendo. Cheyenne não vê o pai há 30 anos, virou a ovelha negra da família quando se tornou um astro do rock todo maquiado. Como ele tem medo de voar, pega um navio e chega tarde demais em niuiorqui. Ainda na América, Cheyenne descobre que o pai passou boa parte da vida tentando encontrar um alemão que o torturou, num campo de concentração nazista, durante o holocausto. Já que o nazista foragido está escondido no país, Cheyenne decide atravessar os isteites para encontrar esse cara. Pelo caminho, ele vai cruzar com muita gente interessante, e essa viagem lhe dará muitos momentos para reflexão, e isso vai afetar você também, caro leitor. Quando pinta um diálogo, ele é forte, bem escrito e verdadeiro. A trilha musical também é boa, tem até Capital Inicial (mas você sabe que é o Iggy Pop).

VEJA TAMBÉM: Um lugar qualquer, O lutador, O aprendiz, O leitor, Encontros e desencontros.

BOOP BOOP A DOOP

Fã de Betty Boop? Corra para a banca de jornais mais próxima. BETTY BOOP SHOW COLLECTION é uma coleção de estatuetas de Betty Boop que será lançada a cada quinze dias nas bancas. A primeira edição traz uma Betty Boop vestida de cantora de cabaré.

É uma pena que não seja em preto e branco, não? Todas as estatuetas (13cm aprox) são pintadas a mão, então, escolha muito bem a sua. Algumas estão bem feinhas. A revista que acompanha essa primeira Betty Boop, mostra a origem da personagem, uma tira em quadrinhos, um mini poster e a Nova York dos anos 1930 (a construção do Empire State e a estreia do filme King Kong, que completou 80 anos no último dia 24). A próxima edição vai trazer uma Betty enfermeira. Mas estou babando pelas edições 4 e 5, teremos uma Betty empregada doméstica, com o vestidinho preto e branco (e um espanador), e uma Betty atriz de cinema, com o vestido branco da Marilyn, imitando a clássica cena do filme "o pecado mora ao lado".

REPLAY - G.I. JOE - A ORIGEM DO COBRA

Como adaptação é impossível não se lembrar do "street fighter" de Jean Claude Van Damme ao ver G.I. JOE. Não sei por que o nome 'comandos em ação' não foi usado mas até fico feliz por isso, pois, não há quase nada que ligue esse filme aos brinquedos que eu tanto amava, ao desenho animado que passava na Xuxa ou à nova versão, mais adulta, do desenho. Apenas os nomes dos personagens foram mantidos, eu vou te dizer, essa nova onda de uniformes pretos e emborrachados estilo matrix barra équismem está acabando com a caracterização de muitos personagens clássicos, NÃO HÁ NADA DE ERRADO com os uniformes do antigo desenho animado, que droga!!!! Nesse filme os vilões Storm Shadow e a Baronesa dominam geral, parece que são os astros da película, em segundo plano está o Duke, que está entrando agora para o grupo dos Joes. O pior foi ver as ligações novelescas que inventaram, tipo mostrar o Duke como ex noivo da Baronesa que por sua vez é irmã do cara que vai se tornar o comandante Cobra, não sei se nos gibis era assim também, mas ficou estúpido demais.
O filme está carregadíssimo de cenas de efeitos especiais de ponta, a apresentação do QG dos Joe, a perseguição pelas ruas de Paris e a batalha aquática sob o gelo polar são impressionantes. Os atores são como bonequinhos de plástico, de tão perdidos que ficam no meio de tantos efeitos por minuto. Flashbacks cansativos e desnecessários tentam contar a origem de cada personagem fazendo as 2 horas de filme parecerem 4. Brendan Fraser surge numa ponta que implorou para fazer por amor aos bonecos. Argh, fica pior quando vemos que os Joes são tão despreparados e inúteis quanto os équismem em seu primeiro filme, os vilões fazem a festa. O QG dos Comandos é fácil de se achar, de se entrar, roubar e sair. Como não há super caras no filme, inventaram uns trajes malucos para turbinar os humanos em cenas de ação tipo "homem aranha de ferro". O filme conta a origem do Cobra, de Destro, de Duke, Baronesa e de Snake eyes e Storm Shadow. Com um final em aberto para uma continuação caça niqueis, o filme é recomendado para crianças americanas com até 13 anos e não para os fãs, hoje adultos, dos brinquedos (ou do desenho).

G.I. JOE - RETALIAÇÃO

O filme estava pronto para estrear em 2012, mas mudaram de ideia em cima da hora. Vamos colocar efeitos 3D, por que não? Nove meses depois, ele finalmente estreou (ahahahaha, se ferrou, fui ver uma versão em 2D) e, mesmo que o filme tenha grandes efeitos 3D, ele não vale ESSE ingresso. Havia uma pequena grande preocupação, deixar essa continuação com cara de G.I. JOE (de verdade) para agradar os fãs. E eles conseguiram, em comparação com o filme anterior, este aqui lembra um G.I. JOE, durante dois minutos. É quando o Comandante Cobra, o Snake Eyes e o Storm Shadow estão em cena. Tirando isso, temos um filme qualquer do Dwayne Johnson e do Bruce Willis. Mas eles são Joes, Dwayne é o Roadblock e Bruce é o General Colton, o problema é que, nenhum dos dois, nos faz lembrar dos bonequinhos barra personagens do desenho barra gibi. Bruce com cabelo e barba? Ele não toparia.

É QUALQUER COISA, MENOS UM G.I. JOE

É um filme do "mega astro" Dwayne Johnson, e ninguém pode ficar no seu caminho. Nem mesmo o Channing Tatum. Logo, o Magic Mike morre no começo do filme (dá para imaginar um G.I. Joe sem o Duke? Pois é) e isso coloca o Roadblock como o líder da turma. Depois é só arrumar uma desculpa para colocar o Bruce Willis no filme e aí teremos o tal "filme que os fãs tanto querem ver". Na trama, a organização Cobra sequestrou o presidente norte americano e colocou um fantasiado Zartan em seu lugar na Casa Branca. Zartan declara que os Joes são traidores e extermina todo o grupo. Roadblock (branco), Flint (novo demais) e Lady Jaye são os únicos sobreviventes. Storm Shadow liberta o Comandante Cobra, Roadblock pede ajuda ao General Colton e Snake Eyes vai atrás de Storm Shadow para tentar descobrir o plano do Com. Cobra. No fim das contas, o Com. Cobra salva o filme quando aparece, é um ótimo vilão mas foi muuuito mal aproveitado (ninguém pode tirar o brilho do Dwayne barra Willis). Alguns personagens clássicos morrem e outros fogem para criar um gancho, mas eu espero que um terceiro filme nunca seja feito. Se é para agradar os fãs, está seguindo na direção oposta. Ah sim, divirta-se com os mesmos efeitos sonoros da trilogia Transformers... estão por toda parte. O filme está abusando de uma fórmula que já está com o prazo vencido.

VEJA TAMBÉM: Missão impossível protocolo fantasma, Os mercenários, Esquadrão classe A.

VOU CHAMAR ESSE FILME PELO NOME QUE EU QUISER

Eu estava dando uma olhada em alguns sites de cinema portugueses. Você não acreditaria na quantidade de filmes norte americanos que pisam em Portugal sem mudar de nome. Muitos deles estão em inglês mesmo, isso acontece por aqui também, digo, quando temos uma única palavra, mas em Portugal  títulos inteiros são preservados.

No Brasil, encontramos a maldição do subtítulo. Mas, em alguns casos, eles não pegam e a gente se esquece deles. Alguém aí chama "Pulp Fiction" de "tempo de violência"? Eu chamo de "Pulp Fiction" apenas, e até hoje só conheci pessoas que fazem como eu, apenas "Pulp Fiction" e pronto. Outra, pra mim não existe "parque dos dinossauros", é apenas "jurassic park".

Também tem o caso da revolta. Eu odeio o nome "heróis fora de órbita", chamo o filme de "Galaxy quest" (o título original), é assim que ele foi cadastrado no meu caderninho de filmes. Faço a mesma coisa com "American Splendor" ("anti herói americano", que droga de nome é esse?). Também não costumo colocar o "perto demais" em "Closer" ou o "amor em vermelho" em "Moulin Rouge".

Mas todos nós caímos na armadilha do "titanique", ou você conhece alguém que diz "taitâniqui"?

No blog já vi muita gente usando os nomes originais por alguma razão. Gente que mora no exterior e não sabe como é o título bê erre. E tem também os fãs, aqueles que se recusam a dizer "segundas intenções" ou "10 coisas que eu odeio em você" em puro português, já vi isso no CHP também (e lá vou eu dar uma olhada no google).

É claro que você pode chamar um certo filme pelo nome que você quiser, mas entenda que, durante uma conversa, você pode deixar alguém confuso. Tenha sempre no bolso todos os nomes possíveis. Usar "groundhog day" ou "the lawnmower man", para dar uma de cinéfilo sofisticado, irrita muitos "clueless" e "clerks".

ROBERT ZEMECKIS - AQUI EM CASA

Robert Zemeckis começou tão divertido quanto Steven Spielberg, mas aí migrou para os filmes sérios também. Apesar de ter achado "náufrago" interessante, não comprei o dvd. O "voo" é legal mas ainda não foi lançado em disco. "Revelação" foi um suspense meio fraquinho e "os fantasmas de Scrooge" não me conquistou. Foi a terceira animação, com captura de movimentos, do diretor, a primeira, "o expresso polar", caprichou no visual mas os personagens tinham um olhar zumbificado. "Carros usados" não é um filme fácil de encontrar por aí hoje em dia. O restante da filmografia do diretor você confere a seguir:

TRILOGIA "DE VOLTA PARA O FUTURO"

É incrível como essa trilogia nunca fica velha ou ultrapassada. Marcou época e ainda conquista novos fãs numa boa. O tênis do segundo filme foi fabricado há alguns anos e vendeu como água, a prancha voadora entrou no mercado este ano, mas ela não voa. E há miniaturas do DeLorean por toda parte (e um "Lego De volta para o futuro" vem aí). Em matéria de produtos, ainda à venda nas lojas, décadas após a estreia dos filmes, essa trilogia só perde para a trilogia original de Star wars. Meu filme favorito ainda é o segundo, seguido pelo primeiro. Eu via o filme na tv e nem fazia ideia de que haviam cortes, só fui ver a cena do Darth Vader quando aluguei o vhs.

CONTATO

Eu gosto um pouco do filme, comprei o livro e adorei, aí comprei o filme para rever e ele ficou meio chatinho. Isso porque o filme não conta a história tão bem quanto o livro. Se por um lado posso defender o filme dos roteiristas do seriado South Park ("aquele filme horrível? O alienígena era o pai da Jodie Foster. Blargh"), por outro lado é difícil discutir com os roteiristas de Uma família da pesada ("eles gastaram um trilhão de dólares nessa máquina espacial e Jake Busey explodiu tudo. E todos disseram 'oh não, agora precisamos de outra máquina espacial'. Aí aparece esse outro cara e diz que, por um acaso, ele construiu outra máquina espacial de um trilhão de dólares, idêntica, com a grana do bolso em outra parte do mundo. E nós devemos acreditar que ninguém sabia disso? Bem, eu me levantei da poltrona e gritei no cinema: NÃO, vocês não podem ir pro espaço porque a máquina foi destruída pelo Jake 'pau com merda' Busey") O livro não deixa isso passar, explica tudo direitinho.

FORREST GUMP

Eu não sabia nada sobre a trama quando fui ao cinema, posso dizer que o filme me surpreendeu completamente. Tinha drama, romance, aventura, ótimos efeitos especiais, eu não sabia até onde a trama me levaria e não queria ver o final do filme tão cedo. Fiquei de fazer uma pesquisa desde então. A história de Forrest parece começar na década de 1950 e vai até os anos 1980. Se o Tom Hanks que está narrando tudo vive na década de 1990, qual é a idade do personagem?

A LENDA DE BEOWULF

Gosto do conto, gosto da tecnologia e Ray Winstone ficou incrível, que corpão é esse? O filme preencheu a grande lacuna presente no poema épico com uma boa história. Entre Grendel e o dragão, muitas coisas acontecem. O filme tem um visual soberbo, mas o lance dos olhos zumbificados acaba com o realismo.

A MORTE LHE CAI BEM

Eu amo essa comédia, a trilha musical cria um clima de desenho animado. Outro filme do diretor com efeitos especiais de ponta. Quebrei a cabeça tentando adivinhar como torceram o pescoço da Meryl Streep.

UMA CILADA PARA ROGER RABBIT

Ainda está no meu top 10 (preciso fazer uma atualização do meu top 20 qualquer dia). Vi o filme na tela grande, comprei o gibi, comprei o álbum de figurinhas, comprei a edição da revista SET, comprei o gibi novamente (décadas depois), aluguei o vhs um milhão de vezes. É, de longe, o filme que eu mais vi na minha vida, até decorei os diálogos, todos eles. 

TUDO POR UMA ESMERALDA

É um Indiana Jones puxado para a comédia, o primeiro de muitos. E o filme é realmente muito divertido, não perdia a sessão da tarde por nada. Tem um Michael Douglas incrivelmente sexy. A continuação, "a jóia do Nilo", é apenas engraçadinha, serve para rever os personagens, mas é dispensável.

TRAILER - WOLVERINE IMORTAL

5 SERIES ANIMADAS QUE EU GOSTARIA DE TER EM DVD

ARCHER

No ar desde 2009, a serie já conta com 4 temporadas. Archer é um espião do tipo James Bond, pega todas as mulheres do pedaço, mas é incrivelmente burro. Ele trabalha na agência de espionagem ISIS, administrada por sua própria mãe. Cada episódio tem um roteiro muito bem bolado com ótimas piadas, o elenco de apoio é demais. Tem um pouco de nudez feminina estilo 007 e sexo. Tem um homo personagem no elenco e algumas homo situações bem engraçadas. Às vezes, Archer só precisa tirar a roupa, e ele vive fazendo isso, e você já fica satisfeito. Nas lojas, só consigo encontrar as temporadas em blu-ray, e elas são caras like hell.

OS IRMÃOS AVENTURA

No início, era apenas uma sátira da serie Jonny Quest. Ou seja, tinha uma animação mais restrita e um aspecto de gibi, um famoso cientista, seus dois filhos e o guarda costas da família. Mas aí o seriado se tornou algo mais. Surgiram vários vilões estranhos, começou a seguir uma linha James Bond. E encontrou um novo rumo copiando os antigos gibis de super heróis. Destaque para o vilão Monarca e sua ajudante (uma Jackie Onassis) chamada Doutora Namorada que, por alguma razão, tem a voz grossa de um homem. A serie está no ar desde 2003, com temporadas curtas, pode ser visto no Adult swin do Cartoon Network.

HORA DE AVENTURA

No ar desde 2010, esse é o desenho mais insano do momento. Na primeira olhada você já fica completamente perdido. Mas logo começa a caçar algumas referências que as crianças de hoje nunca vão notar. A serie faz homenagens a antigos desenhos animados japoneses e tem até games da Era dos 8 bits (de Mario a Zelda). Adultos se divertem muito mais. O seriado está sendo exibido no Cartoon Network.

O BALCONISTA

Foram apenas 6 episódios e ainda assim, nada de dvd por aqui. Ora, nem mesmo o filme de 1994 você consegue encontrar hoje em dia. A parte 2 é fácil de achar. E Kevin Smith já nos prometeu um "o balconista 3". Eu adoro a serie animada, as vozes são dos atores do filme e até Alec Baldwin fazia parte do elenco. Você pode encontrar a serie completa no youtubo.

SEIS DEZESSEIS

Estreou em 2004 e durou até 2010. Tecnicamente, é um Friends teen canadense. Mônica, Rachel, Phoebe, Joey ... mas todos têm 16 anos. A turma toda trabalha num enorme shopping center e costumam se encontrar na barraquinha de limonada. As semelhanças com a serie Friends são gritantes, apenas o Jude não combina com o Chandler, mas a gente nem liga. A serie não era para os pequenos, os personagens tinham que lidar com as responsabilidades do primeiro emprego e haviam muitos namoros. Eu ri muito quando as meninas ficaram hã... com os ciclos sincronizados. Nenhuma delas tinha coragem de comprar absorventes numa loja porque havia um rapaz bonitinho no caixa.

DEUS DA CARNIFICINA

Eu adoro esse tipo de filme, existe um nome para isso? Vou inventar um, "teatro filmado", que tal? Como acontece com outros filmes do gênero, DEUS DA CARNIFICINA não tem cara de filme, ele poderia tentar, mas deixou isso de lado. Então, temos 4 atores, 1 cenário e é só, durante 80 minutos. É mais interessante ver em casa do que no cinema. O filme é baseado numa peça escrita por Yasmina Reza, que também assina o roteiro desta produção dirigida por Roman Polanski. Acho estranho chamar esse filme de comédia, está na caixa do dvd e, tanto Kate Winslet quanto Jodie Foster, foram indicadas ao Globo de Ouro de melhor atriz na categoria "musical ou comédia". Tem comédia, mas é rasa. Chamar os momentos dramáticos de humor, é colocar o filme na categoria "humor negro".

VAMOS RESOLVER ISSO COMO PESSOAS CIVILIZADAS?

Temos dois casais trancados num apê. O filho de Kate Winslet e de Christoph Waltz agrediu o filho de Jodie Foster e de John C. Reilly no parque. O garoto perdeu dois dentes. Os pais vão tentar resolver isso da maneira mais amigável possível. Conversa vai e conversa vem, pinta uma certa tensão no ar. Todo mundo está se segurando, tentando manter a calma. Aos poucos, a coisa explode e começam as discussões. E ninguém mais chega a um acordo. As esposas brigam e depois se unem contra os maridos, uma criança é acusada e depois a outra, os lados mudam o tempo todo. E nenhum deles é feliz no casamento, tudo vem à tona durante o filme. Mas não existe um desfecho, um final, ele está em aberto. Após a última cena, é você quem vai tirar as conclusões, veja se você aprendeu alguma coisa com o filme.

VEJA TAMBÉM: Dúvida, Os rapazes da banda, Gata em teto de zinco quente, Quem tem medo de Virginia Woolf? De repente no último verão, Uma rua chamada pecado.

JAMES BOND, O HOMEM QUE NÃO AMAVA AS MULHERES

PRECISAMOS FALAR SOBRE O JOÃO

Quando vou ao cinema para ver uma animação, já sei que vou encontrar crianças na sala. Assim que entro, dou uma olhada ao redor e, sem me afastar muito do centro geográfico da sala, evito sentar perto dos pequenos. Já tive alguns probleminhas, nada sério. Mas hoje, passei pela pior sessão de cinema da minha vida, tudo por causa de um garotinho chamado João (sim, vou usar o nome verdadeiro da peste).

Entrei no cinema e vi o garoto ao lado do pai, falando bem alto. Será que ele vai calar a boca durante o filme? As luzes foram apagadas, os trailers estavam sendo exibidos. Aí o João começou a falar que queria ir ao banheiro e o pai dizia "espera um pouco" (esperar pelo quê? leva o garoto antes do filme começar, ora essa). E o João dizia "vou fazer nas calças" e o pai respondia "tudo bem, quando sairmos daqui, eu te compro uma calça nova". 

- Mas não posso fazer nas calças, não sou mais um bebê (sério? então por que está agindo como um?). Ouvi esse papo de "não sou mais um bebê" umas seis vezes. O filme começou e ele ainda estava implorando pelo banheiro. O pai o ignorava, como uma criança de colo chorando num lugar público, os pais sempre ignoram, eles acham que as pessoas ao redor vão fazer a mesma coisa, o choro do bebê não está realmente incomodando ninguém, imagine.

Mas o João estava sim incomodando muita gente. Muitas pessoas dentro da sala faziam SHHH a todo momento, o João não ligava para elas, e nem o pai dele. Na metade do filme, ele resolveu levar o pivete até o banheiro. Tranquilidade afinal.

Mas eles voltaram rapidinho. E o João tinha novas queixas, nem sequer estava vendo o filme. O pai tentou fazer o filho se interessar pelo filme narrando as cenas. O garoto meteu na cabeça que já eram 4 horas (eram 2 da tarde) e eles tinham que estar em outro lugar, e começou a choramingar para o pai - temos que sair daqui, por favor, vamos embora.

- Esse filme não é nada divertido, você falou que era divertido.

Acho que o pestinha entendia que as pessoas queriam ouvir o filme, então, ele só abria a boca quando o filme estava em silêncio, durante os intervalos entre os diálogos. E assim, todo mundo o ouvia dentro da sala. Mas ele estava de saco cheio, e começou a falar a todo momento, depois de alguns minutos.

Agora eu entendo aqueles malucos que entram armados no cinema. Onde eles estão quando precisamos deles? O pestinha estava de verde, é muito fácil acertá-lo no escuro (não estou preocupado, estou de preto).

Antes do final, o pai finalmente resolveu deixar o cinema. Mas eles foram até a saída que fica embaixo da tela, abriram a porta dupla e pegaram o corredor iluminado. Sim, eles deixaram a porta aberta. E ela ficou aberta até o final da sessão.

O HOBBIT - UMA JORNADA INESPERADA

Para matar saudades da Terra Média, mas só um pouquinho. O HOBBIT é um filme diferente, o livro meio que foi escrito para crianças, é engraçadinho e faz rir (e os animais sabem falar). O filme também tem alguns momentos assim. Pelo menos nessa primeira parte, no início, não há nada para se temer. O dragão e a batalha dos cinco exércitos, você só vai ver nos outros dois filmes. Esse primeiro filme segue o livro a risca na maior parte do tempo, são poucas as mudanças. Mas o filme vai além do livro, ele mostra eventos paralelos e flashbacks, Radagast aparece e tem uma grande participação. Saruman e Galadriel também estão no filme, o tema do Condado toca várias vezes, então, até certo ponto, é um "senhor dos anéis".

MESA PARA 13?

O filme começa alguns momentos antes da festa de Bilbo (a sociedade do anel, 2001), então vemos Elijah Wood como Frodo e Ian Holm como Bilbo. Bilbo puxa um flashback e nós vemos o dragão Smaug roubando o tesouro dos anões, só para deixar você por dentro. Aí Bilbo começa a se lembrar de sua aventura com Gandalf, voltamos 60 anos no passado e o filme finalmente "começa". Gandalf aparece na vila dos hobbits e convida Bilbo para uma aventura. Ele está acompanhando o rei anão, Thorin Escudo de carvalho, até a Montanha Solitária, onde o dragão Smaug dorme em cima do tesouro dos anões. Eu disse anões? Por que Peter Jackson nunca usa anões de verdade em seus filmes? (ok, dois deles são bonitões). Na comitiva de Thorin encontramos doze anões. Um deles é Balin, você viu o túmulo dele em Moria (a sociedade do anel, 2001) e também Oin e Gloin (o tio e o pai de Gimli), o pai de Légolas também está no filme (aparece por alguns segundinhos, veremos muito mais do cara no filme seguinte). Mas nada de dragão por enquanto, a comitiva vai enfrentar trolls, wargs (nova versão), Orcs pálidos e um vilão que foi trazido dos mortos. Bilbo vai encontrar o famoso Anel e dar de cara com Gollum. Para quem conhece o livro, o filme é bem previsível. 

O dvd tem uma capa lindona, o blu 3D traz o Gandalf no poster, e o blu 2D, apesar de trazer o Gollum, tem a capa mais feia. Por conta disso, não pensei duas vezes, comprei o Blu 3D + Blu 2D, porém, que sacanagem, o box (com o Gandalf num efeito 3D) vem com duas caixinhas, e lá está o Blu 2D com o Gollum. Isso foi estranho, vendido separadamente, ele custa 80 Dilmas, logo, o Blu 3D duplo (com a caixa holográfica) saiu por 20 Dilmas, já que o valor total da caixa é de 100 Dilmas. Bem, os dois são duplos, mas ainda não sei quais são os extras no disco 2 do 3D, apenas no disco 2 do 2D há um aviso. Enfim, discos repetidos, e em 3D, vão pro "lixo", só não abro mão da embalagem. Mas eu queria o box com o bonequinho de Lego... Em todo caso, uma versão estendida do filme deverá ser lançada no final do ano.

VEJA TAMBÉM: A sociedade do anel, O cristal encantado, Krull, Em busca do vale encantado, O caldeirão mágico.

GAME OF THRONES 2ª TEMPORADA

Primeira coisa legal, diferente do box anterior, este aqui mostra quais são os episódios que estão em cada disco (D1: ep 1 e 2, D2: ep 3 e 4, D3: ep 5, 6 e 7, D4: ep 8 e 9, D5: ep 10) e há pequenos extras em cada um deles, o quinto disco traz os extras mais pesadões. E tem easter eggs, neste caso, dragon's eggs, espalhados pelo pacote. O box traz uma embalagem do tipo pergaminho, com a  foto dos personagens principais, um guia de episódios com o perfil dos 5 candidatos ao trono de ferro e um mapa bem generoso do Mundo Conhecido no verso (mas não 100% completo, Sothoryos não aparece).

Esta segunda temporada é um pouquinho diferente do segundo livro. Mas não traz grandes mudanças, o autor, George Martin, é um dos produtores da serie, ele sabe qual é o rumo que a trama tem que seguir. O melhor momento de toda a temporada, tirando as homo-cenas, é quando vemos Tyrion dando porrada no Joffrey, isso não poderia ficar de fora, somos gratos.

OS CROODS

A primeira coisa que chamou minha atenção foi: "escrito e co-dirigido por Chris Sanders". Esse é o cara do "curtíssimo segundo renascer" da Disney, desenhou, escreveu e dirigiu "Lilo & Stitch" em 2002 (antes disso, ele escreveu "o rei leão", "Aladdin" e "a bela e a fera". Além do roteiro de "Mulan"). E a Disney deixou o rapaz escapar. Ele foi adotado pela Dreamworks e fez o delicioso "como treinar seu dragão". E agora, encontramos OS CROODS. Ao mesmo tempo que o filme quer dar uma aula sobre paleoantropologia, ele também cria do nada a fauna e a flora. Ele tem uma desculpa para isso, basta dizer que nós, aqui no futuro, ainda não encontramos os fósseis desses estranhos animais e pronto. Ratos-elefantes, Felinos-papagaios, Pássaros-tartarugas... tem de tudo (lembra dos Wuzzles?), o filme exagera tanto que faz parecer que estamos em outro planeta.

YABBA DABBA DOO

Grug (Nicolas Cage) é o paizão da família Crood (acho que são neandertais). Ele faz de tudo para manter seu clã vivo (só não se importa com a sogra). Eles caçam (ou tentam) durante o dia e voltam para a caverna ao anoitecer. Sem fogo, sem armas, tudo ao redor é perigoso, tem sempre um predador por perto (o Felino-coruja é a cara do Stitch barra Banguela). Grug não deixa ninguém abandonar a rotina, todas as famílias que moravam na região foram mortas por animais selvagens. Sua filha adolescente, Eep (Emma Stone), quer deixar a caverna e explorar o mundo lá fora, está sempre desobedecendo o pai. Um dia, um terremoto destrói a caverna (é a famosa separação dos continentes. Esse filme está cheio de erros, só perde para "10.000 A.C." de 2008) e os Croods são obrigados a vagar por uma região estranha e nova. Eles encontram um rapaz chamado Guy (Ryan Reynolds), o único homo sapiens no filme (olha só, mamilos!). Guy conhece o fogo e está cheio de ideias novas, os Croods ficam curiosos e Grug começa a temer pela segurança da família. Para escapar dos terremotos e dos vulcões, todos partem na direção de uma montanha distante. Já que Guy conhece o caminho, ele se torna o guia barra prisioneiro da família. O filme tem cenários incríveis, nunca vi água digital tão perfeita, mas, o elenco é pequeno, falta um vilão, falta um certo agito na trama, ela é simples demais. Nesse quesito, vai agradar os pequenos.

VEJA TAMBÉM: Em busca do vale encantado, A guerra do fogo, A era do gelo 1, Como treinar seu dragão, A pequena sereia.

VOCÊ É TÃO FUCKING CRAZY, JARED LETO

 

MAS A GENTE DÁ UM DESCONTO