25.3.13

PRECISAMOS FALAR SOBRE O JOÃO


Quando vou ao cinema para ver uma animação, já sei que vou encontrar crianças na sala. Assim que entro, dou uma olhada ao redor e, sem me afastar muito do centro geográfico da sala, evito sentar perto dos pequenos. Já tive alguns probleminhas, nada sério. Mas hoje, passei pela pior sessão de cinema da minha vida, tudo por causa de um garotinho chamado João (sim, vou usar o nome verdadeiro da peste).
Entrei no cinema e vi o garoto ao lado do pai, falando bem alto. Será que ele vai calar a boca durante o filme? As luzes foram apagadas, os trailers estavam sendo exibidos. Aí o João começou a falar que queria ir ao banheiro e o pai dizia "espera um pouco" (esperar pelo quê? leva o garoto antes do filme começar, ora essa). E o João dizia "vou fazer nas calças" e o pai respondia "tudo bem, quando sairmos daqui, eu te compro uma calça nova". 
- Mas não posso fazer nas calças, não sou mais um bebê (sério? então por que está agindo como um?). Ouvi esse papo de "não sou mais um bebê" umas seis vezes. O filme começou e ele ainda estava implorando pelo banheiro. O pai o ignorava, como uma criança de colo chorando num lugar público, os pais sempre ignoram, eles acham que as pessoas ao redor vão fazer a mesma coisa, o choro do bebê não está realmente incomodando ninguém, imagine.
Mas o João estava sim incomodando muita gente. Muitas pessoas dentro da sala faziam SHHH a todo momento, o João não ligava para elas, e nem o pai dele. Na metade do filme, ele resolveu levar o pivete até o banheiro. Tranquilidade afinal.
Mas eles voltaram rapidinho. E o João tinha novas queixas, nem sequer estava vendo o filme. O pai tentou fazer o filho se interessar pelo filme narrando as cenas. O garoto meteu na cabeça que já eram 4 horas (eram 2 da tarde) e eles tinham que estar em outro lugar, e começou a choramingar para o pai - temos que sair daqui, por favor, vamos embora.
- Esse filme não é nada divertido, você falou que era divertido.
Acho que o pestinha entendia que as pessoas queriam ouvir o filme, então, ele só abria a boca quando o filme estava em silêncio, durante os intervalos entre os diálogos. E assim, todo mundo o ouvia dentro da sala. Mas ele estava de saco cheio, e começou a falar a todo momento, depois de alguns minutos.
Agora eu entendo aqueles malucos que entram armados no cinema. Onde eles estão quando precisamos deles? O pestinha estava de verde, é muito fácil acertá-lo no escuro (não estou preocupado, estou de preto).
Antes do final, o pai finalmente resolveu deixar o cinema. Mas eles foram até a saída que fica embaixo da tela, abriram a porta dupla e pegaram o corredor iluminado. Sim, eles deixaram a porta aberta. E ela ficou aberta até o final da sessão.

5 comentários:

  1. Nome: João
    Cinema: cinemark
    Onde? xópim pátio paulista
    Sessão: os Croods, 13:00 hs
    Você o conhece?
    Por favor, mate esse garoto
    antes que o pai o leve ao cinema novamente.

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  2. Tenho ódio dessas situações, raiva do moleque mimado e mais raiva ainda dos pais idiotas. Sempre aprendi a respeitar os lugares onde ia, se por acaso saísse da linha eu sabia o que viria mais tarde, nem por isso cresci traumatizado. Acho um absurdo que pais assim ainda achem ruim quando alguém reclama. Fora outros adultos insuportáveis também, nunca esquecerei a sessão do relançamento de Titanic e o eterno telefonema de uma ex-encalhada dando detalhes de como queria a festa de casamento (até eu explodir dentro do cinema, claro).

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  3. Como faz falta o "lanterninha" numa hora dessa...
    KAKAKAKAKAKAKA.
    Sim, sou dessa epoca.

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  4. Nossa, que horror! Mas que mereciam umas palmadas, sim. O filho e o pai...

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  5. o filho não tem culpa. Tava evidente que ele foi arrastado ate ali. Deixe as crianças em casa e / ou não use-as como pretexto pra ver filme 'de criança', se elas não estão afim vão fazer de duto pra sair dali.
    A culpa é toda da merda do adulto que nunca ouve as crianças. Tivesse levado o João ao banheiro a primeira vez pra começo de papo.
    João é tão vitima quanto você de um pai negligente.

    Primeira vez que detesto uma piadinha negra. Passava feliz sem essa do atirador. =S

    Mexeu no meu calo. kkk

    A culpa não é dos filhos é totalmente dos pais.
    Como disse o Leirson, eu também, sempre soube respeitar os lugares, e se eu estivesse me comportando mal uma unica olhada da minha mãe eu ja ficava miudinho e sabia que quando chegasse em casa teríamos uma conversinha sobre mal comportamento.
    Também não cresci traumatizado, nem um adulto mimado, nem um pai negligente.

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