em cartaz - BATMAN (2022)

Sou uma daquelas pessoas que não curtiu a ideia do R-Patz como o novo Batman. Primeiro o Ben Affleck e agora isso? A Warner odeia tanto assim o homem morcego? Ah, mas eu percebi que o personagem é muito maior que qualquer ator, eu adorei esse Batman, não gostei do R-Patz como Bruce Wayne (a maneira como ele trata o Alfred, pff), mas adorei o Batman. Temos aqui um novo conceito, Batman ano dois, ele ainda tem muito para aprender. Nas HQs, ele é o maior detetive do mundo, no filme ele está sempre vários passos atrás do Charada. Não é um filme de origem, mas temos sim um herói no começo de sua carreira.

Começa com a morte do atual prefeito de Gotham. O Charada deixa um recado para o Batman no local. Ele vai matar muita gente importante, mas são todos, secretamente, corruptos. As pistas levam o Batman até a boate do Pinguim (Colin Farrell, irreconhecível), onde também encontramos Falcone (John Turturro). O herói terá a ajuda da Mulher Gato (Zoë Kravitz) e do tenente Gordon (Jeffrey Wright). No meio do caminho, ele vai desenterrar o passado sombrio da família Wayne. Diferente de outros filmes do morcegão, não tem como um vilão roubar a cena. O filme é narrado pelo Batman e ele está sempre em foco. Temos uma bela fotografia, uma trilha musical incrível, um capricho nas cenas de ação, mas, a maior parte da trama conta com sequências de investigação, nenhum outro filme do Batman explorou tanto o lado detetive do personagem. É quase um filme policial.

Quando o arco do Falcone termina, percebemos que ainda falta encerrar o arco do Charada (Paul Dano), e aí começa outro filme dentro do filme, são três horas de duração e mais de um clímax, isso cansa. Mas o filme não enrola (talvez só um pouquinho nos minutinhos finais), ele tem mesmo história para contar. Quando o filme acabar, volte para casa. A piadinha pós créditos (créditos tão longos quanto o filme) não vale a pena.