EU CONTRA O MUNDO (parte três)


Cara, o trailer de VALENTE (2012) mostrava pouco, mas me conquistou. A Pixar estava lançando sua primeira protagonista feminina. E a Disney até a colocou na lista oficial das princesas, ela respeita todas as regras? Meh, ela canta por dois segundos e é só. Bom, a vibe era boa, o visual tava incrível e ... ah, é Pixar, a gente sabe que ... ok, tirando Carros, até então era um clássico atrás do outro. Achei que veria uma aventura no estilo Senhor dos Anéis. O filme tava muito legal até a Merida encontrar a bruxa. A mãe dela virou um urso e o desfecho nem soube o que fazer com aquele lance do casamento arranjado. O feminismo foi embora e a trama ficou infantil demais pro meu gosto. E o pior ... ninguém na Pixar viu o filme "Irmão urso" em 2003. Eu estava no cinema e pensei: essa trama de novo? Assim tão cedo? Rapaz, que decepção.
No ano seguinte fiquei com mais raiva ainda. No Oscar. Haviam cinco indicados para o prêmio de melhor animação, dois filmes digitais e três em stop motion. Eu achei "Detona Ralph" divertido, "Piratas pirados!" também, chorei com "Frankenweenie" e me apaixonei por "ParaNorman", era o meu favorito na lista, mas comprei todos eles em mídia física, todos menos "Valente". Será que o filme da Pixar só ganhou um Oscar por ser um filme da Pixar barra Disney? O que os membros da academia levam em consideração na hora de votar no melhor filme animado? A animação? O trabalho envolvido na criação? Já vi que nem ligam para a trama ...

HboMax - I MAY DESTROY YOU primeira temporada (parte dois)


Uau, que final, adorei a ideia das realidades alternativas. Arabella é informada de que a polícia vai arquivar seu caso, mas ela não desiste de procurar por novas provas. Ao mesmo tempo ela faz várias atividades diferentes para tentar colocar sua cabeça no lugar e isso acaba atrasando ainda mais a finalização de seu livro, sua editora começa a perder a paciência. Kwame tenta denunciar o estupro que sofreu e não consegue, aí ele resolve desistir dos homens e procura uma mulher. Perto do final ele arruma um namorado que ... 🍆💦  e Arabella chega ao fundo do poço, e aí suas memórias acabam voltando. Foi uma história incrível de superação, com um final bem fechadinho. É uma pena que a HBO cancelou o seriado, mesmo após ele ter feito história no Emmy em 2021.



30.3.22

Disney+ CAVALEIRO DA LUA ep 01


Mais uma produção envolvendo um obscuro personagem da Marvel, porque eles ainda estão deixando os X-Men na espera. Ah, fala sério, vinte e poucos anos colecionando HQs e esse cara deu as caras, uma ou duas vezes, nos quadrinhos brasileiros. Nunca foi publicado por aqui, não o conheço, e o personagem foi criado em 1975. Acho que, atualmente, deve estar ganhando mais destaque, mas eu parei com a coleção em 2001/2002 (obrigado Grant Morrison por estragar os X-Men).
O primeiro ep traz uma tonelada de perguntas e nenhuma resposta. Tá com pressa? Teremos apenas seis eps nesta mini série. O personagem de Oscar Isaac trabalha na loja de presentes de um museu em Londres. Ele faz de tudo para se manter acordado e, quando vai pra cama, tenta evitar episódios de sonambulismo prendendo uma perna, espalhando areia ao redor da cama e colocando uma fita na porta da frente. Mas isso não evita alguns apagões, o cara desperta em lugares distantes, começa a ser caçado por homens armados e ainda ouve vozes. Como vemos tudo pelo ponto de vista do rapaz ... não vemos muita coisa, e ficamos tão confusos quanto ele. Não foi uma boa apresentação, mas deu pra ver que o seriado tem potencial. Gostei da trilha musical nos créditos.




FLEE (2021)


Indicado para três Oscars: melhor documentário, melhor animação e filme estrangeiro. FLEE é uma animação com clima de documentário, o personagem principal está contando sua história e temos vídeos, da época, no meio das animações. Amin vive na Dinamarca com o namorado e eles estão procurando uma casa no campo. O rapaz conta sua história para um homem que está fazendo um documentário. Amin nasceu no Afeganistão. Nos anos 1980, quando ele ainda era uma criança (e já havia percebido que era gay), sua família teve que fugir para a Rússia por conta de uma guerra. E na Rússia, as coisas também não estavam muito boas, por causa da polícia corrupta e da pobreza. Seu irmão mais velho tenta juntar dinheiro para tirar a família do país. Há muitos momentos tensos e chocantes, o filme é baseado numa história real. Com Riz Ahmed e Nicolaj Coster-Waldau como produtores executivos, o filme lembra bastante "Persépolis" (2007) e "A ganha pão" (2017), ele é tão bom quanto essas duas animações e merecia um Oscar ou dois.




29.3.22

CHP CULT


Filme de 2005, insuportavelmente apaixonante, eu soube que virou uma trilogia mas nunca vi as sequências por aí. Ah, o filme original basta pra mim. QUATRO AMIGAS E UM JEANS VIAJANTE conta a história de quatro adolescentes, uma delas é a America Ferrera, elas terão um verão que vai mudar suas vidas. Elas são amigas inseparáveis desde sempre, e um dia, encontram um jeans num brechó e, como se fosse mágica, ele serve perfeitamente em todas. As garotas decidem que, a cada sete dias, uma delas usará a calça.

A mais tímida viaja até a Grécia para passar o verão com familiares. E ela conhece um rapaz que ... uau ... Mas se trata de um amor proibido. A personagem de America Ferrera vai para outro estado visitar o pai, e descobre que ele já arrumou outra mulher, uma que tem dois filhos, e que pretende se casar com ela em breve. Outra personagem vai para um acampamento de futebol no México e se sente atraída por um dos instrutores. A última fica na cidade e arruma um emprego, onde acaba conhecendo uma menina de doze anos que vai mexer com sua vida. A cada sete dias o jeans é empacotado e enviado para outra amiga. Milagres acontecem quando alguém usa aquela calça? Elas acreditam que sim.

HboMax - I MAY DESTROY YOU 1ª temporada (parte 1)


Assinamos o HBOMAX, foi uma promoção do MercadoLivre, Star+ e Disney+ estão juntos no pacote, tudo por um precinho bem camarada. Já montei minha listinha por lá (não tem arrowverso? Como pode?) e comecei por este seriado de 2020. Criado e protagonizado por Michaela Coel, I MAY DESTROY YOU é baseado na vida dela. Ela é uma escritora chamada Arabella, uma mulher que adora baladas com os amigos, e ela consome muitas drogas. Depois de sofrer um apagão, ela começa a ter flashes estranhos. Arabella precisa descobrir o que foi que aconteceu na noite passada, ela pode ter sido violentada. Acompanhamos também seus amigos mais próximos, alguns são gays e a série capricha nas cenas de homo-sexo. Todo o elenco principal é formado por atores negros, novos personagens surgem no decorrer da temporada e alguns eps são flashbacks, e Michaela já ganhou um Emmy pelos roteiros. No ano passado o seriado foi completamente ignorado pelo Globo de ouro enfurecendo muita gente.

Netflix - BRIDGERTON segunda temporada


Anteriormente, em Bridgerton. Descobrimos no último ep a verdadeira identidade de Lady Whistledown. Não era esse o maior mistério da série? E agora o que acontece? Para nossa sorte, caro leitor, o seriado ainda tem bastante assunto, são novas fofocas e escândalos. Desta vez temos Anthony Bridgerton comandando a temporada, ah, aquelas orelhas. Duas irmãs chegam da Índia e a mais nova se torna o novo diamante da rainha. Anthony, como filho mais velho, se sente na obrigação de se casar o quanto antes e se aproxima das duas irmãs. Penelope, minha personagem favorita, sofre para manter o segredo de Lady Whistledown. Sua família está sem dinheiro, sua melhor amiga, Eloise, ainda está caçando a escritora e até a rainha, usando vários métodos, está tentando desvendar este mistério. 

Foi uma temporada com pouco sexo em comparação com a anterior, acho interessante as músicas que são tocadas nos bailes (já reparou nelas?). Daphne aparece pouco, o gostosão que faz o papel de seu marido não topou voltar para outra temporada. Este ano também dá um destaque para Benedict Bridgerton, ah, aquele sorriso. Afinal, ele é gay ou não?




28.3.22

OSCAR 2022


A cerimônia voltou ao formato clássico, gostei disso, mas eles entregaram alguns prêmios técnicos antes da transmissão começar e aí exibiram essas entregas de uma maneira editada no meio da cerimônia, cortando os momentos em que os vencedores caminham até o palco. Logo, o Oscar começou e Duna já havia ganhado algumas estatuetas. E mesmo assim, a cerimônia foi longa. Vimos duas comediantes e meia como apresentadoras, momentos musicais (até resgataram a famosa "We don't talk about Bruno"), um In memorian mais animado, atores de "Pulp Fiction" e "Homens brancos não sabem enterrar" se encontraram no palco, e pela internet as pessoas votaram em momentos marcantes e em filmes favoritos.



E não dá pra ignorar o tapa que o Will Smith deu no Chris Rock, porque o "comediante" fez uma piada de mau gosto sobre Jada. DUNA, com dez indicações, levou seis prêmios e ATAQUE DOS CÃES, com 12 indicações, levou apenas um.

Melhor filme: No ritmo do coração, mó surpresa, filme de streaming, uma produção de baixo custo.

Melhor ator: Will Smith por King Richard.

Melhor atriz: Jessica Chastain por Os olhos de Tammy Faye, outra surpresa.

Melhor canção original: No time to die (007), nunca gostei dela, achei que Encanto ganharia.

Melhor filme estrangeiro: Drive my car (Japão), acho que vai pintar na Netflix em breve, e são três longas horas ...

Melhor documentário: Summer of soul.

Melhor som: Duna.

Roteiro original: Belfast, depois de oito indicações, desde 1990, finalmente Kenneth Branagh ganhou um Oscar.

Melhor maquiagem e cabelo: Os olhos de Tammy Faye.

Melhor trilha: Duna (Hans Zimmer), pensei nesse Oscar quando vi o filme, bem merecido.

Melhor animação: Encanto, valeu pela representatividade, mas a Família Mitchell era o favorito de muita gente.

Melhor diretora: Jane Campion (Ataque dos cães), fez história.

Melhor atriz coadjuvante: Ariana DeBose (Amor, sublime amor), o filme recebeu sete indicações e levou apenas um Oscar. O filme original ganhou 10 de 11, e na época Rita Moreno também ganhou um prêmio pelo papel de Anita. Ariana é latina e lésbica.

Melhor ator coadjuvante: Troy Kotsur por No ritmo do coração, bem merecido, eu não vi nada de mais na atuação do Kodi Smit-McPhee e meio que tava torcendo pelo Ciarán Hinds.

Melhor curta metragem: The long goodbye.

Melhor roteiro adaptado: No ritmo do coração, e pensar que o filme francês passou batido pelas premiações deste lado do Atlântico.

Melhor figurino: Cruella, o segundo filme da Glenn Close (não veja!!) como Cruella também recebeu uma indicação pelo figurino em 2001.

Melhor curta animado: The windshield wiper.

Melhor documentário curta: The queen of basketball.

Fotografia, Montagem, Direção de arte e Efeitos especiais: Duna.

27.3.22

PÁGINAS DO PASSADO

Revista G Magazine ed 26, nov 99
 
Essa é uma daquelas edições que eu acho que não conseguiria vender. Não sei até hoje quem é esse tal de Oswaldo Lot mas, uau...
 
Em Pernambuco, os homopresidiários agora podem receber visitas conjugais dos parceiros. Em 1997 a revista Esquire sugeriu que Kevin Spacey era gay, em 99 ele veio a público desmentindo a revista. Em Uganda, a homossexualidade virou crime. Cássia Kiss bancou a homofóbica no Domingão do Faustão. Um filme sobre o brutal assassinato de Matthew Shepard é anunciado e também uma série (com Jason Priestley) que fala sobre a vida dos homossexuais no decorrer da segunda metade do século XX. Na verdade, essa produção era um filme, por aqui foi chamado de "Segredos e confissões" (2000).
 
Dicas de filmes, eu sempre quis ver ''A velocidade de Gary'' (1998), não era um vhs fácil de encontrar por aí. ''Felizes juntos'' (1997), só conferi quando comprei em dvd, cuidado, não é um filme romântico.
 
Enquete para descobrir se um cara é gay. É bem bobinha e cheia de estereótipos. Qual é o filme favorito dele? ''Titanic''? ''Priscilla, a rainha do deserto''? ou ''O exterminador do futuro''? Tá na cara qual resposta dá mais pontos.
 
Ensaio de capa.
 
... e de novo ...
 
de novo
 
e de novo.
 
As mulheres estão invadindo o dark room das boates gays e as gays não estão curtindo.
 
Replay da capa da edição 14, Alex Sanches (outra edição para guardar bem).