29.2.12

PRECISAMOS DE UM BARCO MAIOR

O sr Robinson não tirava os olhos de mim, eu não tirava os olhos da Aletéia. E ela não tirava os olhos do Robinson júnior. Nesse momento, o céu despencou. Uma tempestade monstruosa começou a cair. Muitas pessoas, que passavam pela rua, entraram na locadora para se proteger da chuva. De repente, havia uma multidão lá dentro. O pessoal começou a passear pelo local, uma vez que agora estavam todos presos ali.
Eu tentava olhar por cima do mar de cabeças, estava procurando pela cabeça loira, com mechas azuis, da Aletéia. Consegui ver sua vassoura mata-criança passando pelo meio das cabeças. Como se fosse a barbatana do tubarão no filme. A barbatana subia e descia, cada vez que desaparecia eu ficava preocupado. Um trovão anunciou o desastre, a sra Robinson entrou na locadora.
- Cansei de esperar por vocês dois no carro.
Gordinha, baixinha, irada. Era a sargento Megera em carne e osso. Estava dando uma bronca no marido, que baixava suas orelhas.
Júnior apareceu logo em seguida.
- Mãe, ela me bateu com a vassoura. Disse ele apontando.
- Você bateu no meu filho?
Téia estava sorridente.
- Sim senhora, ele estava dentro da seção reservada, ele é um safado.
É claro que a sargento Megera só ouviu aquilo que queria ouvir.
E lá vamos nós:
- Sua menina grossa, mal educada (e muitos outros nomes feios) onde já se viu?
Se ela chamar a Aletéia de estrupícia, eu não vou conseguir segurar uma risada.
- Vou fazer você ser despedida.
- Rá, meu pai é o dono dessa merda. Ele nunca vai me despedir.
Filha do dono, sempre funciona. Todo mundo acredita.
- Vamos embora, nunca mais volto aqui.
Ela pegou o filho e o marido e saiu na chuva. O sr Robinson me lançou um último olhar, triste.
Eu fiquei com vontade de matar a Aletéia, o que fazer? O patrão precisa saber o que ela anda aprontando por aqui. O mundo precisa saber. Eu poderia criar um blog e... não, espera, isso ainda não existe. Esqueça a Aletéia, não foi culpa dela. Pense, pense.
E se eu fosse atrás do sr Robinson??
Veja a ficha dele, talvez haja um endereço. Sim, tem sim. Campo Limpo Paulista??? Aquele fim de mundo?? Naquela época, o mundo para mim ainda era grande e assustador.
Como vou encontrar esse endereço? Eu poderia usar o google e... não, espera, isso ainda não existe, argh, como eu odeio viver no passado.
De repente, uma luz, um número de telefone. Eu poderia ligar para a casa do sr Robinson e marcar um encontro.
No dia seguinte, disquei o tal número. A sargento Megera atendeu, desliguei na cara dela. De repente, medo. E se ela tiver um daqueles identificadores de chamadas? Onde? No passado e no fim do mundo? Que bobagem.
Mas o telefone da locadora começou a tocar no mesmo instante. Era ela, só podia ser ela. O que eu vou dizer? Seu marido me ama, por favor caia morta? Meus joelhos começaram a tremer. Olhei para os lados e vi a Aletéia num canto do balcão. Ela estava desenhando um crânio na madeira com o canivete.
- Téia, eu disse docemente, você poderia atender o telefone?
- Claro.
E ela pegou o telefone e disse "alô?"

QUE COMAM BRIOCHES

Eu sempre quis saber como os cinéfilos da minha cidade estão se virando por aqui. O cinema é uma droga, e poucos filmes vem para cá. No jornal de hoje vi uma matéria sobre o assunto. Muitos dos filmes, vencedores do Oscar 2012, ainda não estrearam na cidade. O povo daqui ainda não viu "a dama de ferro" e "o artista", ou muitos outros filmes que eu já conferi na tela grande em 2011 (lá na capital). Eu estou fugindo para a capital toda semana desde 2001, são só 40 minutos daqui até lá, e mesmo assim, o cinema está bem atrasado. Também existe a chance de um filme nunca pintar por aqui e fim de papo. O responsável pelo cinema disse que ainda não existe uma previsão de estreia para esses filmes oscarizados.

ALBERT NOBBS

Homens que se vestem como mulheres, muitas vezes dá certo. Mulheres que se vestem como homens, raramente dá certo. Com Felicity Huffman e Hilary Swank funcionou. A maquiagem de Albert Nobbs recebeu uma indicação ao Oscar, mas ela parece um tanto grotesca no começo do filme, minutos depois, a gente se acostuma. E quando pinta a cena dos vestidos na praia, a gente nota que o trabalho foi bem feito. Glenn Close já interpretou Albert Nobbs nos palcos, agora ela é a co-produtora e a co-roteirista desta adaptação. O filme ganha um cheirinho teatral sempre que o personagem principal começa a falar sozinho, algo que eu não gostei muito de ver, afinal, ele guarda o maior segredo do filme. Certo, sabemos que alguns "eles" são na verdade "elas", e aí a gente fica se perguntando: como é que ninguém no filme nota isso? Vamos dar um desconto para o filme, na época retratada, uma mulher se passando por homem, devia ser algo inimaginável. Então, as pessoas estão vendo o que elas querem ver.

NAMORO COMPLICADO

Albert Nobbs (Glenn Close) trabalha num luxuoso hotel (acho que vi dois hóspedes gays) há muitos anos. Ele nunca gasta seu salário, está juntando grana para abrir seu próprio negócio algum dia, e já tem uma pequena fortuna escondida em seu quarto. A vida não seria assim tão fácil se Albert usasse um vestido, nem sequer poderia abrir a loja dos seus sonhos (uma mulher empresária? que escândalo). Num belo dia, uma mulher disfarçada de homem aparece no hotel, ela é o novo pintor. Albert começa a se interessar pela vida que esta mulher leva. Ela vive como homem também, mas é casada com outra mulher. Isso, com toda certeza, ajuda bastante no disfarce. Então, Albert decide paquerar a camareira interpretada por Mia Wasikowska. A mocinha está apaixonada pelo pobre Aaron Johnson e ele se diverte ao saber que Nobbs está cortejando sua namorada (ou pelo menos tentando, Albert não é lésbica). Os dois resolvem tirar proveito de Albert, e botar as mãos na grana dele. Ambos sonham em morar na América. O filme é gostoso de acompanhar e o final parece ser fácil de prever. Mas não é. Não foi o final que eu queria ver, mas tudo bem. Gostei do filme.










VEJA TAMBÉM: Vitor ou Vitória, Meninos não choram, Apenas um dos rapazes, Transamerica, Shakespeare apaixonado.
NÃO VEJA: Yentl, nada é pior que Yentl.

A MULHER DE PRETO

Esse é o desafio. Ver A MULHER DE PRETO e não pensar em Harry Potter. Complicado, em determinado momento do filme, um cara gritou "expecto patronum" e todos no cinema caíram na risada. É difícil também ver Daniel Radcliffe como um homem adulto, casado e com um filho pequeno. Mas ainda é cedo para se dizer se Daniel está ou não com a maldição de Luke Skywalker (barra Sr Spock). Sua atuação nesse filme de terror não é nada marcante, mas outros filmes ainda virão. E como filme de terror, A MULHER DE PRETO está cheio de clichês. Ok, eu levei alguns sustos, mas foram sustos do tipo: barulho alto e súbito, uma técnica ultrapassada. Se não fosse pela presença do astro, o filme poderia ter sido lançado diretamente em dvd, não tem cara de tela grande.

UM EXPECTO PATRONUM NÃO RESOLVE

Daniel é um jovem advogado, vive com seu filho em Londres, a esposa é falecida. Seu chefe o envia até uma pequena cidade, lá no fim do mundo, pra fazer um serviço. E aí começam os clichês. O povo da pequena cidade não gosta de estranhos, todos eles vivem com medo, existe uma maldição local e o jovem advogado precisa ir embora antes que acabe piorando a situação (fazendo perguntas ou xeretando por aí). Mas ninguém vai lhe dizer o que está acontecendo, ele vai ter que desvendar o mistério sozinho. E aí, dã, o rapaz vai parar na mansão mal assombrada local. Com vozes, sons e rostos fantasmagóricos nas janelas e nos espelhos. No absurdo do cúmulo do clichê cafona, vemos até uma cadeira de balanço se movimentando sozinha!!! A trama não é ruim, mas não é novidade. Para se livrar dos espíritos, uma receita de bolo que todos conhecem de cor. Mas o filme tem os seus momentos. Ele nunca abandona o ator principal, o filme é só dele. E a mansão assombrada é um personagem coadjuvante, fraquinho, mas o visual é 10. Ah, tem também o estúpido final, ele tenta ser meigo, mas não comove. E a tal da mulher de preto... gritos e caretas demais, isso não assusta ninguém. Ela só convence como vilã quando está bem quietinha num canto.










VEJA TAMBÉM: A lenda do cavaleiro sem cabeça, Um lobisomem americano em Londres, Os outros, Poltergeist, O iluminado, Uma noite alucinante, Terror em Amityville (1979).

OSCAR 2012

Para mim, este foi o Oscar mais previsível desde Titanic. Quero dizer, eu estava torcendo por algo e BINGO! Na tela pintavam os indicados e eu dizia: vai dar fulano. O envelope é aberto e meus olhos se fixam no "vencedor" para ver sua reação, o nome é dito e eu digo: eu sabia. Mas comemorei mesmo assim. Atores que eu gosto, filmes que eu gostei, nenhuma premiação me deixou chateado (no caso das canções, nhé, eu não gostei de nenhuma delas).
Pré show, muito estúdio, pouco tapete. Eu não precisava rever cada um dos indicados, foi um saco.
Tapete vermelho, ao vivo, depois que tanta gente já passou por ele... Longos comerciais, mudei de canal e vi o rei leão, futurama e um documentário sobre lésbicas vampiras assassinas (é sério). E, mais tarde, passei pela globo, que prometia o Oscar ao vivo depois do BBB, detalhe, seis prêmios já haviam sido entregues, que raio de Oscar a globo exibiu?
Bradley Cooper de bigodinho, Billy Crystal e seu tradicional show de abertura, entrando nos filmes (e levando um beijo no Clooney) e fazendo uma paródia dos indicados.
É claro que o Oscar já começou com aquela sensação de pressa, logo de cara, Hugo Cabret levou alguns prêmios um atrás do outro.
Filme estrangeiro, óbvio. Atriz coadjuvante, eu já sabia, iêi. Aí pintou o Cirque du soleil e o vencedor de melhor documentário falou demais, a música entrou e seu mic foi cortado, que chato.
Rango, melhor animação, iêi. Será que o Ben Stiller é baixinho ou será que a Emma Stone é uma girafa?
Plummer, iêi. Billy lê o pensamento das celebridades, isso perdeu a graça em 1999. Angelina botou uma perna para fora do vestido quando subiu no palco, precisava? Oscar para Woody Allen, ele não compareceu (que novidade).
Diretor, ator, atriz, melhor filme, fiquei satisfeito (eles levaram o cachorrinho até o palco).
Veja a lista completa dos vencedores a seguir:

Melhor filme
O Artista

Melhor ator
Jean Dujardin - O Artista

Melhor atriz
Meryl Streep - A Dama de Ferro

Melhor ator coadjuvante
Christopher Plummer - Toda Forma de Amor

Melhor atriz coadjuvante
Octavia Spencer - Histórias Cruzadas

Melhor diretor
Michel Hazanivicous - O Artista

Melhor roteiro adaptado
Os Descendentes

Melhor roteiro original
Meia-Noite em Paris

Melhor filme em lingua estrangeira
A Separação (Irã)

Melhor longa animado
Rango

Melhor trilha sonora original
O Artista

Melhor canção original
"Man or Muppet" - Os Muppets

Melhores efeitos visuais
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor maquiagem
A Dama de Ferro

Melhor fotografia
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor figurino
O Artista

Melhor direção de arte
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor documentário
Undefeated

Melhor documentário de curta-metragem
Saving Face

Melhor montagem
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Melhor curta
The Shore

Melhor curta animado
The Fantastic Flying Books of Mister Morris Lessmore

Melhor edição de som
A Invenção de Hugo Cabret

Melhor mixagem de som
A Invenção de Hugo Cabret

UM MILHÃO DE VOLTS E ELE AINDA ESTÁ VIVO

Ah, como é bom estar de volta. Na sexta feira, um raiolâmpago derreteu o modem. Resolvi chutar o balde, troquei de operadora (tv, fone, internet). Agora minha conexão está 15 vezes mais rápida e tenho alguns canais em agá dê (wow). Nesse meio tempo, é claro, fui ao cinema, comprei filmes e vi o Oscar 2012 (no próximo ano vou ver em agá dê!). Está na hora de atualizar o blog de cabo a rabo. Senti saudades.

23.2.12

NAMORADOS PARA SEMPRE

Um dos melhores filmes de 2010 que só chegou ao Brézil na metade de 2011, e só agora ganhou um blu e um dvd. É um ótimo filme, não merecia todo esse descaso. Michelle Williams conseguiu uma indicação ao Oscar de melhor atriz pelo filme. Ela e Ryan Gosling são os produtores executivos de NAMORADOS PARA SEMPRE. Se você está procurando uma comédia romântica, esqueça. Esse titulo nacional é mó enganação. O filme é um drama, tem romance, algumas piadinhas, mas é um drama, com alguns momentos bem tensos. E não tem cara de filme, ele segue a linha de um reality show. A câmera balança bastante, como se fosse um video caseiro, há muitos closes e os diálogos são bem naturais, como se fosse a vida real. Parece um documentário sobre um casal em crise.

HELLO RYAN. SINTO MUITO MICHELLE, AQUI É O CHP

Quando o filme começa, você não nota nada de errado no casamento de Cindy e Dean. Eles parecem felizes ao lado da filhinha Frankie. Numa noite, eles deixam a filha com o avô e seguem até um motel, para tentar reacender a chama do amor. Flashbacks entram sem aviso prévio, não fique perdido, Ryan cabeludo = passado, Ryan calvo = presente. Essas cenas nos mostram como eles se conheceram e se apaixonaram um pelo outro. E também revelam um grande segredo. É a parte romântica do filme, tem cara de "felizes para sempre". Mas aí a gente volta para o presente e as coisas estão complicadas. São dois filmes em um, com atores afiados e um final de difícil digestão, cuidado! O blu traz um making of e cenas deletadas.










VEJA TAMBÉM: Foi apenas um sonho, Gata em teto de zinco quente (1958), Noivo neurótico noiva nervosa, Closer perto demais.

NOVO CASAL GAY NA TELINHA

Andrew Rannell e Justin Bartha serão marido e esposo no novo seriado do criador de "Glee" e de "nip/tuck". Em "new normal", um casal gay decide ter um filho usando uma barriga de aluguel (Georgia King). O seriado já está na pré-produção.

JENNIFER ANISTON NA CALÇADA DA FAMA

Wow, em frente ao Grauman’s Chinese Theater!! A estrela de Jenny é a de número 2462. Que chato, nenhum friend esteve presente na cerimônia, só o Adam Sandler...

22.2.12

A SAGA CREPÚSCULO - AMANHECER parte 1

A saga Crepúsculo nasceu junto com o blog, todos os filmes estão em cartaz aqui. Depois de ver o primeiro filme, fui atrás dos livros. Quanta diferença. Nos livros, apesar dos vampiros e lobisomens, temos o romance como base. Nos cinemas, os filmes investem mais na aventura e na ação. E desse modo, Eclipse se tornou o meu filme favorito, tem uma ótima vilã, um exército de vampiros, cenas de luta. A gente até esquece daquele "sonífero com pipoca" que foi o primeiro filme. AMANHECER não é o meu livro favorito, é lento demais, não acontece muita coisa, não tem clímax, batalha final, e termina bem bobinho, voltando ao romance. Mas eu gostei do filme, o livro está lá, digo, metade dele, só que em live action ele está mais interessante. O filme arrumou algumas desculpas para agitar o enredo e criar algumas cenas sangrentas, mas está com um aspecto bem novelesco. Os lobos ganharam mais espaço, e também uma cena que é pura magia Disney, mas dá para engolir.

LUA DE MEL NO RIO

E começa com o tal "casamento do ano" (adorei o pesadelo do massacre). Bella e Edward passam a lua de mel no Brézil (Edward se arrisca no português e dá vexame). Uma semana depois, Bella descobre que está grávida. O bebê cresce rápido, está matando a moça de dentro para fora. De volta para casa, os vampiros tentam salvar Bella. Mas os lobos acreditam que esse bebê viola o acordo de paz e preparam um ataque. Jacob abandona a alcatéia de Sam para defender a família Cullen e Bella, que está para dar à luz a qualquer momento. Em algumas entrevistas, os atores exageraram ao falar sobre a cena do nascimento, tem algum sangue e é só, nada do tipo "alien o 8º passageiro". Mas o minuto final foi muito legal. A cena do imprinting superou aquela que "vemos" no livro, também gostei desse momento. Como já conheço o final da franquia, não tenho grandes expectativas em relação ao último filme. Este filme foi ok, não é um Eclipse de David Slade, mas supera os dois primeiros. Feito para os fãs. O blu que eu comprei (a capa é horrível) é simples (e caro) e está quase oco (poucos extras para um lançamento que promete vender horrores), isso quer dizer que uma edição especial deverá ser lançada em breve (tá com pressa? compra esse mesmo). Existe uma cena adicional no final dos créditos, esqueci de contar isso quando vi o filme nos cinemas.









VEJA TAMBÉM: Eclipse, O bebê de Rosemary, Entrevista com o vampiro.

REPLAY - MOTOQUEIRO FANTASMA

Por que esse filme é tão odiado? E dizem que a parte 2 é melhor... a parte 2 é sofrível, o primeiro filme, pelo menos, tinha uma boa história para contar. O filme começa legal, apesar do romance meia boca. Pinta o demônio Mephistopheles e o jovem Johnny Blaze faz um pacto para salvar seu pai. Nicolas Cage até diverte, e o visual do motoqueiro fantasma impressiona, chupado diretamente do gibi. Eu só achei estranho esse lance do cara deixar um rastro exagerado de destruição por onde passa, nada fica em pé, ele derrete até o asfalto. Eu adorei as cenas de ação, o show de motos e Wes Bentley estava interessante como Blackheart. Eva Mendes solta algumas piadinhas mas não é uma boa namorada de super herói. Pena que a palavra "rider" (isoladamente) chegou ao Brasil como "motoqueiro", a palavra perde todo o sentido quando encontramos outro "motoqueiro" que está montado num cavalo. E ele diz que "ao longo dos séculos, existiram muitos motoqueiros". Pôxa, eles podiam ter dado um jeito na legenda nessa hora. Enfim, muita coisa pode ser salva nesse filme. Principalmente Matt Long...

MOTOQUEIRO FANTASMA 2 - ESPÍRITO DE VINGANÇA

Antes de sair de casa, eu li a pior critica do mundo e depois uma das melhores. Como isso era possível? Pior que o primeiro filme ou melhor que o primeiro filme? Nenhum dos dois na minha opinião. Eu gostei do primeiro MOTOQUEIRO FANTASMA, não foi um filme tão ruim, tenho até o dvd. Então, não vou dizer que o segundo filme é pior, na verdade, o segundo filme é uma negação. Fique apenas com o primeiro e fuja do segundo. ESPÍRITO DE VINGANÇA está em cartaz nos cinemas por causa do 3D (felizmente vi uma cópia legendada em 2D) caso contrário, seria lançado diretamente em dvd. Se o 3D tá legal, eu não sei, poderia até ser um 3D de máxima qualidade, mas isso não salvaria esse filme.

CABEÇA QUENTE

Depois de um rápido resumo do primeiro filme, encontramos Nicolas Cage na Europa. O ator está horrível (peguem aquele Oscar de volta), ele passa boa parte do filme dando uma de Bruce Banner, se contorcendo em caras e bocas para manter o Motoqueiro Fantasma aprisionado. Se ele queria passar a imagem de um homem insano, conseguiu, mas ele não queria. O ator perdeu o personagem em algum ponto. Felizmente, o personagem principal se tornou um coadjuvante em seu próprio filme. Por outro lado, temos plágios descarados de "o exterminador do futuro 2" e de "Superman 2" (principalmente), isso é o mais perto que Cage vai chegar do homem de aço. Nick precisa proteger um garoto, filho do mesmo demônio que o criou (para variar, o demônio mudou de nome). A mãe do garoto (uma proto Sarah Connor) também está tentando salvar o menino dos capangas do demo. O bonitão Johnny Whitworth é um dos vilões. O filme está cheio de clichês, uma trilha musical de rock, nas cenas de ação, irrita os ouvidos e Christopher Lambert paga um mico... O filme só valeu a pena por conta de uma sequência de perseguição perto do final, a única parte bem feita do filme. Piores momentos: o Motoqueiro fantasma ganha uma origem angelical e Nicolas Cage urina fogo.










VEJA TAMBÉM: O exterminador do futuro 2, Hellboy, Superman 2, A profecia.

OS GOONIES - EDIÇÃO ESPECIAL EM BLU-RAY

Eu estava quase saindo da loja quando vi esse tesouro no balcão. OS GOONIES edição especial do 25º aniversário, em blu, esse box nunca foi lançado no brézil. E agora que ele não é mais um lançamento, eu o encontrei baratinho (105 mangos). Para um box importado, e desse tamanho, foi barato mesmo. Ele foi encomendado por um cara que não apareceu para pegar (idiota). Agora ele é meu. Se você tiver a oportunidade de importar esse box, faça isso agora. Porque ele traz uma agradável surpresa.

Abrindo a caixa. Detalhes dourados em revelo do lado de fora e no interior. A tampa se desdobra revelando um mapa e aumentando o tamanho do poster da capa.

Esse é o blu. Um único disco. O som é HD e a conversão para o formato 1080p foi muito bem feita. Dá para ver o ar quente saindo da boca dos atores (eu não sabia que fazia tanto frio na casa do Mikey). Tem um making of da época, o video clip da Cyndi Lauper e cenas deletadas. Na capa do blu, legendas em 3 idiomas. Mas, SURPRESA, são 16 tipos de legendas que surgem quando você coloca o disco no player. E sim, TEM LEGENDAS EM PORTUGUÊS BÊ ERRE no meio, e por que não? estamos na mesma região afinal. O disco só não traz a clássica dublagem brasileira.

Uma revista bem grossa (68 páginas) com os bastidores do filme, notas sobre o elenco, a maquiagem do Sloth, curiosidades sobre a produção. Um making of de papel (em inglês).

Um envelope traz 10 storyboards do filme (num papel de qualidade). Entre eles, duas sequências que nunca foram usadas: o ataque do polvo gigante (veja nas "cenas deletadas" do disco) e o esqueleto sobre rodas.

Esse storyboard é bem legal. Ele mostra o caminho que cada personagem tomou quando a turma caiu no toboágua.

Tá todo mundo velho. Uma mini edição da Empire comemora os 20 anos do filme numa matéria publicada em junho de 2009. Uma entrevista com todo o elenco, agora adulto, e com o diretor Richard Donner.

E, no final, esse caixote.

Dentro dele, um jogo de tabuleiro. Ele se desdobra em seis partes mas é bem grosso. Tem um manual de instruções, fichas e cartas.

Espalhe os tesouros pelo tabuleiro, escolha um personagem, pegue uma carta e faça o que ela está te pedindo. Basicamente, é aquele lance de avançar uma casa ou voltar (entre outras cartas bem malucas), para 2 ou 4 jogadores.

CARNAVAL DO TERROR

Feriado, e desta vez foi um feriado de verdade. Passei o dia todo em casa. Vi alguns filmes que comprei recentemente, no supermercado, dois deles eram de terror. Quando resolvi sair para ver um pouco de sol, já era noite. Outro terror então? Nem, já vi sangue demais para um só dia.

O ÚLTIMO TREM
É o Bradley Cooper um dia antes da fama, em 2008, num filme baseado num conto de Clive Barker (o criador de Hellraiser). Litros e litros e mais litros de sangue numa carnificina daquelas. E muitas mutilações exageradas que fazem rir, um pouco. Tem lá os seus momentos de suspense e um Brad sem camisa.

METRÔ + AÇOUGUE

Brad é um fotográfo que conseguiu uma chance de expôr seu trabalho na badalada galeria de arte de Brooke Shields. Mas ela faz questão de fotos mais ousadas, então Brad começa a fotografar a cidade durante a madrugada, a pobreza e a criminalidade. Acontece que tem cara matando pessoas no metrô durante a noite e Bradley bate de frente com ele. A chacina é muito bem organizada, o sangue é limpo e a polícia toma as vitimas como "desaparecidas". Cooper acredita que os corpos são levados até o açougue onde o grandão Vinnie Jones trabalha. Mas é isso? Um conto de Cliver Barker sem uma pitada de sobrenatural? Ah, espere pelos minutos finais, várias coisas estranhas e nojentas acontecem de um minuto para o outro.










VEJA TAMBÉM: O massacre da serra elétrica (1974), A hora do pesadelo 2.

O FILHO DAS TREVAS
Péssimo titulo em português, o filme não tem nada a ver com vampiros ou com filhos bastardos do demônio. Na verdade, o tema aqui é a bruxaria, mais puxada para a alquimia. Bem, infelizmente, o titulo original do filme também não é lá essas coisas, ele entrega parte do mistério. Esse filme de 1992 é estrelado pelo bonitão (na época) John Terry (o pai do Matthew Fox em Lost) e por Chris Sarandon, o vampiro do filme "a hora do espanto" (o original). O filme é baseado numa obra de H.P.Lovecraft e é dirigido por Dan O'Bannon (1946-2009). Em sua vida ele dirigiu apenas 2 filmes, este aqui e o divertido "a volta dos mortos vivos". Mas ele escreveu vários filmes famosos, do primeiro alien ao roteiro de "o vingador do futuro".

BEIJO DE LÍNGUA

O detetive John March (Terry) é contratado por uma mulher que está preocupada com o estranho passatempo de seu marido (Sarandon). Desde que o cara encontrou o diário de um antepassado, ele passa dias trancado num laboratório sem falar com ninguém. O que ele está fazendo lá dentro? E por que está recebendo encomendas de sangue animal e de corpos humanos? O filme fica mais interessante quando o detetive encontra as catacumbas embaixo do laboratório (gostei do local, seria real ou apenas um cenário?). Os efeitos especiais são fraquinhos, mas há muitas criaturas (bonecos) deformadas na segunda metade do filme, mó nojento. Diverte um pouco mas não assusta. É uma pena que o dvd esteja com defeito, as legendas em português e em espanhol estão 15 segundos atrasadas em relação ao filme, e esse problema dura o filme todo. Existe a opção de ver o filme dublado em portuga, mas é aquela dublagem chifrim...












VEJA TAMBÉM: Renascido do inferno, Cemitério maldito, Re-animator.

A INVENÇÃO DE HUGO CABRET

Apenas um pode levar o Oscar, se "Hugo" ganhar, legal, se "o artista" ganhar, beleza. Mas um dos dois vai sair de mãos abanando e isso é meio chato, ambos são ótimos filmes (mas "o artista" ainda é o meu favorito, Hugo poderia levar alguns prêmios técnicos bem merecidos). O trailer do filme é daquele tipo que te engana, eu não estava tão a fim de ver esse filme (depois de ter visto o trailer) porque o trailer é uma droga. Ele faz você pensar num filme mágico do tipo Harry Potter, e tem ainda o lance da dublagem. Não veja filmes dublados na tela grande, a dublagem os deixa com um ar cafona. Filme dublado no cinema, só se for uma animação. Procure pelas cópias legendadas. O 3D é legal, só que apenas na primeira metade do filme. E a primeira metade do filme, é a metade infantil. Depois disso, o filme muda de foco, e apenas os adultos, fãs de cinema, vão curtir a trama. Na verdade, vender esse filme como "infantil", é um erro.

PRIMEIRA VEZ NO CINEMA

Paris, década de 1930. O pequeno Hugo Cabret vive escondido numa estação de trem desde que o paizão Jude Law morreu. Ele está tentando consertar um homem mecânico que seu pai encontrou, mas que nunca conseguiu fazer funcionar. Hugo conhece uma menina chamada Isabelle (Hello Hermione) e de repente descobre que ela tem uma chave que se encaixa perfeitamente no buraco (ops) do homenzinho mecânico. Até aí, temos um mistério bem legal, num filme que é pura fantasia, estrelado por crianças. E esse mistério vai nos levar até a origem do próprio cinema. Isso também é legal, mas o filme abandona o personagem principal por um tempo e muda de rumo, o mistério é desvendado mas o filme continua. É uma segunda metade que não combina muito com a primeira. Ponto forte, os efeitos especiais, uma Paris digital, o 3D no começo do filme, a recriação dos bastidores do filme "viagem à lua" e a sequência do sonho de Hugo. Ponto fraco, o personagem de Sacha Baron Cohen está encarregado do alívio cômico, mas ele é um fiasco, um personagem inútil, o filme não precisa dele.









VEJA TAMBÉM: Em busca da terra do nunca, Harry Potter e a pedra filosofal, O enigma da pirâmide, Viagem ao mundo dos sonhos, A.i. inteligência artificial.