Apesar das polêmicas atuais que rondam o filme, "Romeu e Julieta" (1968) ainda é a minha versão favorita. Um ano antes, o diretor Franco Zeffirelli havia adaptado "A megera domada", com Elizabeth Taylor, um filme sem sal e sem açúcar. Em 1990, ele adaptou Shakespeare mais uma vez, na eterna luta entre narrativa de cinema e narrativa de teatro, ele optou pelo cinema em HAMLET.
Pra quem não conhece a peça, ou não gosta da complexidade dela, essa adaptação é uma boa dica, ela é super suave. Fãs de Shakespeare torceram o nariz, temos aqui Mel Gibson no papel principal e não dá pra ser mais pop que isso (que tal a piada do Schwarzenegger como Rei Lear em "Animaniacs" e "Jurassic park 2"?). Essa narrativa de cinema realmente incomoda nos momentos em que o filme usa o texto original, e aí vemos o Mel Gibson, interpretando o Hamlet do teatro, e a coisa não sai de uma maneira muito natural.
Eu sempre me incomodei com a Glenn Close, no papel da rainha, mãe de Hamlet. A atriz é 9 anos mais velha que o Mel, eles realmente não parecem ser mãe e filho na tela, mas ela está fantástica. O filme recebeu 2 indicações ao Oscar, pela direção de arte e pelos figurinos.
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