📽 em cartaz - MAIS QUE AMIGOS (2022)

Comédia romântica, cheia de clichês, mas são todos propositais, é uma paródia do gênero e ao mesmo tempo uma versão sincera e gay desse tipo de filme. Não tem como negar, acertaram a mão no roteiro. Pena que o personagem principal não é muito simpático, a gente deveria sentir empatia mas o cara não colabora. Quando ele é o responsável pelos dramas, faltam bons diálogos para salvar o personagem. Também notei erros de continuidade incrivelmente visíveis em algumas tomadas. No fim das contas, nada disso realmente atrapalha, nem os momentos cheios de estereótipos, já me acostumei barra esperava por isso, foi divertido de assistir. Gostei das referências e dos convidados especiais, uma surpresa atrás da outra.

O personagem de Billy Eichner tem mais de 40 anos e nunca se apaixonou, ele se orgulha em dizer que tem uma visão bem realista dos relacionamentos homossexuais, logo, não vale a pena investir nisso. Ele dedica parte do tempo na criação de um museu que vai contar a história da comunidade LGBTTQIAP+. Numa balada, ele conhece o personagem do Luke Macfarlane, um colírio para os olhos, todo bombado, em busca de sexo casual, os dois são de mundos diferentes. Eles se aproximam e decidem que essa amizade nunca vai virar namoro, nenhum dos dois quer isso. Com o tempo, eles não sabem mais dizer em que pé eles estão. O filme começa com ótimos diálogos mas vai perdendo eles aos poucos, se torna bem previsível, a comédia vai dando espaço para o romance e para o drama, felizmente, é uma transição bem natural.