EU CONTRA O MUNDO (parte dois)

Quem acompanha o blog já sabe que eu não curto o novo Tarantino. No começo a gente tinha filmes como "Cães de aluguel" e "Pulp fiction", filmes de baixo custo com roteiros incríveis. "Kill Bill", dividido em segmentos, também me conquistou. Aí veio "Kill Bill 2" e o negócio ficou estranho. Acho que Quentin Tarantino se vendeu pra Hollywood, surgiram filmes caros, loooongos, roteiros mais simplórios e muitos rostos famosos, até parece que a meta do cara agora são os Oscars, e as bilheterias.

BASTARDOS INGLÓRIOS começou legal, até a minha pipoca acabar. Não sei quantas vezes eu dormi durante o filme. Ficou mais complicado quando o Christoph Waltz começou com seu monólogo, aquilo não ajudava a trama a avançar, não era um momento de reflexão verdadeiro como nos filmes clássicos do diretor, o personagem estava, pra mim, simplesmente divagando. O final me pegou de surpresa, achei legal, mas não revi o filme depois dessa sessão (que tava lotada). Eu comprei o dvd do filme de 1978 e achei ele muito mais divertido.

Alguns anos depois, pintou DJANGO LIVRE, outro filme beeem longo, querendo ganhar Oscars. Desta vez, quem ficou divagando no filme foi o Leonardo DiCaprio, atrasando a trama. E eu também não curto muito o Leo como ator, ele só conseguiu me surpreender uma única vez (Diamante de sangue). No mesmo ano, encontrei o dvd do filme de 1966 (a história é bem diferente). Esse clássico é puro "Tarantino clássico" (ele tinha três anos na época), o filme com certeza inspirou o diretor. Depois de "Django", me despedi do novo Tarantino. Eu dei uma chance para "Era uma vez em ... Hollywood" muitos anos depois e achei o filme apenas legalzinho, ainda é o novo Tarantino pra mim. 

Na minha coleção, além de "Cães de aluguel" e "Pulp fiction", também tenho os dois "Kill Bill" e "Jackie Brown". Prefiro mesmo o "Bastardos" de 1978 e o "Django" de 1966. Outro "Tarantino" na minha coleção é "Faster, Pussycat! Kill! Kill!" de 1965, outro filme que deve ter inspirado o Tarantino das antigas.