ECOS DO ALÉM - TESTE DE DNA

Em 1999, pintou um garotinho que via gente morta. E ele levou muita gente viva ao cinema. O filme ''O sexto sentido'' acabou fazendo uma baita de uma sombra em ''Ecos do além'', que estreou no mês seguinte (Eua). No Brasil, ''O sexto sentido'' chegou em 1999, mas ''Ecos do além'' só estreou em 2000. Eram filmes gêmeos. Porém, o ''O sexto sentido'' foi escrito por M. Night Shyamalan, e ''Ecos do além'' é baseado num livro de Richard Matheson de 1958.

 

No que diz respeito a Matheson, eu gosto mais dos filmes do que dos livros. Seus livros costumam ter um final que se arrasta demais, ele não sabe como ou quando terminar uma história. Na trama, o filho de Kevin Bacon é um menino de cinco anos que conversa com um fantasma, é muito Stephen King, metade ''O iluminado'' metade ''Poltergeist'', mas como eu disse, o livro veio antes de todos esses filmes.

 

Numa festa, o personagem de Kevin Bacon é hipnotizado pela cunhada e algo desperta em seu cérebro, um poder que ele nem sabia que tinha, em seu filho isso ocorre naturalmente. E existem outras pessoas no mundo com esse poder também (''O iluminado'' e ''Dr Sono''). Kevin Bacon não consegue entender as visões que começa a ter e faz coisas que nem ele sabe explicar o sentido. Quando ele começa a cavar no quintal, enfurecendo a esposa, o filme lembra ''Contatos imediatos do terceiro grau'' (veja a versão estendida). Depois voltamos para ''O sexto sentido'', com fantasmas que não seguem em frente porque precisam resolver assuntos pendentes na Terra. O filme não mete muito medo mas conta uma história legal, merece uma espiada. Eu até iria atrás do livro, mas acho que o autor deve passar as últimas cem páginas explicando o final no maior lenga lenga.