3.10.19

DIGA "SIM" ÀS DROGAS


Johnny Depp e o diretor Gore Verbinski, a famosa dupla da trilogia "Piratas do Caribe", juntos mais uma vez, em 2013, com um grande orçamento disponível e com a missão de iniciar outra lucrativa franquia. O que pode dar errado? A Disney gastou os tubos e tudo começou a desmoronar quando a primeira imagem do Johnny Depp foi divulgada.
Hoje, o povo gritaria: por que não contrataram um nativo norte americano? Em 2013, a maior reclamação foi: isso é um índio? Tá meio ofensivo ...
Como CAVALEIRO SOLITÁRIO, Armie Hammer fez o que pôde, mas o roteiro não fez a sua parte. O abre aspas índio fecha aspas Tonto ganhou um passado negro e um pássaro negro na cabeça. O filme não soube equilibrar a comédia, o drama e a ação. Num momento, o filme traz sequências de ação que valem o ingresso, depois fazem o cavalo subir numa árvore. A ação beira ao absurdo, tipo desenho animado, num determinado momento, e depois notamos que o passado do índio, o suposto alívio cômico, não se encaixa no filme (o primeiro esboço do roteiro trazia lobisomens).
A Disney, e todos os envolvidos, querem esquecer esse filme. Ele poderia ganhar uma versão mais enxuta (150 minutos, ninguém merece), é fácil reconhecer, e depois cortar fora, as partes que não funcionam.
De volta para 2013, o filme conseguiu superar "John Carter" (2012) se tornando a maior bomba do estúdio do Mickey (custou 215 mi, faturou 260). Perdeu espaço nas bilheterias para "Meu malvado favorito 2". Não ajudou muito o diretor, e os dois atores, desistirem de 20% do salário para baixar os custos da produção.



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