Diferente de outros monstros famosos, o tubarão é real, ele existe no mundo real, e isso me dava muito medo. Depois de ver o filme na tv (era difícil ficar acordado até tarde da noite, mas o filme fez valer a pena os longos comerciais), eu fui pra cama e fiquei tremendo de medo (um tubarão no meu quarto? Sem água? No interior do estado? Nessa época do ano? Nada disso importava, o filme me deu pesadelos). Nenhuma criança deveria assistir esse filme, ah mas eu via de tudo, até Barbarella.
TUBARÃO, de Steven Spielberg, deveria ter sido lançado no natal de 1974. Mas foi empurrado para as férias de 1975, o verão norte americano. Por conta disso, se tornou o primeiro filme a ultrapassar a marca dos 100 milhões nas bilheterias, o primeiro blockbuster de verão da história. Esvaziou muitas praias e deu uma má fama para o animal (ele não é um assassino vingativo, é apenas curioso), fazendo aumentar o número de caçadores de tubarões. Hoje, o grande branco corre risco de extinção.
Baseado num livro, o autor deixou o set quando o clímax foi alterado, o filme contava com três tubarões mecânicos, apelidados de Bruce (nome do advogado do diretor). E eles não funcionavam muito bem na água. A saída foi usar uma câmera para mostrar o ponto de vista do animal, isso deixou o filme ainda mais assustador.
Indicado para 4 Oscars incluindo Melhor filme (mas não melhor diretor), levou os prêmios de melhor edição, som e trilha (John Williams).
Li o livro recentemente e digo que é fabulosamente construído. As relações sociais ali são muito bem delineadas e a questão do tubarão é bem colocada nos momentos certo.
ResponderExcluirSó não gostei do meio do livro ter virado um conto erótico gratuito. Mas esse lapso é compensado com todo o resto.