Ontem a noite, o Sesc da minha cidade exibiu o filme "2001, uma odisséia no espaço" (1968). Para mim, foi a realização de um sonho. Ver um dos meus filmes favoritos na tela grande. Na saída, meu namorado ouviu uma moça fazendo um comentário: o que era aquele monolito negro afinal?
Arthur C. Clarke escreveu o roteiro do filme (com Stanley Kubrick) e o livro ao mesmo tempo. O livro explica algumas coisas. O segundo livro, "2010", lançado em 1982, não deixa pedra sobre pedra. Ele virou filme em 1984.
2010: O ANO EM QUE FAREMOS CONTATO (aff, o tal contato rolou no filme anterior) é um ótimo filme de ficção científica, mas, ao mesmo tempo, ele acaba com toda a graça barra mistério barra charme do filme de 1968. Às vezes, a gente não quer uma explicação. O filme faz a gente pensar, ele deixa as respostas nas mãos da nossa imaginação. Logo, é melhor pensar duas vezes antes de ver "2010".
A trama se passa dez anos após 2001 (dã), o dr Floyd agora é interpretado pelo Roy Schneider. Mas Keir Dullea (Dave) e Douglas Rain (a voz de Hall) foram trazidos de volta. Roy parte numa missão para Júpiter. Ele quer descobrir o que aconteceu com a tripulação do Discovery em 2001.
A cada novo livro, a qualidade cai bastante. "2061" é bem chato. O último livro, "3001", é mais chato ainda. Nenhum dos dois virou filme. Ainda bem que o final de "2010" dá pro gasto.
O filme foi indicado para 5 Oscars técnicos em 1985.
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