6.12.16

CHP CULT


Adoro quando Woody Allen investe no mundo da fantasia. Eu adorei ''Meia noite em Paris'' (2011), mas ainda tenho o maior carinho por A ROSA PÚRPURA DO CAIRO (1985). Passei uma semana em 1993 me lembrando deste filme. Tal qual Mia Farrow, eu passava o dia todo dentro do cinema, vendo Jurassic Park, mas nenhum dino saiu da tela.

O filme se passa na década de 1930, o país ainda está sofrendo com a depressão de 1929, muitas pessoas estão desempregadas. A personagem de Mia Farrow, Cecilia, trabalha como garçonete e sustenta o marido briguento. Frágil e ingênua, ela não consegue mudar sua vida. Enquanto o marido está fora, se divertindo com os amigos, e com outras mulheres, Cecilia vai ao cinema, para fugir da realidade. Um novo filme acaba de estrear na cidade, ''A rosa púrpura do Cairo''. Cecilia passa o dia todo vendo o filme e isso chama a atenção de um dos atores, Jeff Daniels, que literalmente sai da tela e vai conversar com ela.

Um romance surge entre os dois. Ela ensina o cara a viver no mundo real enquanto que, no cinema, os outros personagens param o filme, deixando a plateia furiosa. Eles não podem continuar com a história sem o personagem de Daniels. Também não querem que o dono do cinema desligue o projetor. 

Ironicamente, o filme tem um final anti hollywoodiano que pode não agradar. Conseguiu uma indicação ao Oscar de melhor roteiro original.

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