COFFEE DATE

 

 Filmes temáticos, muitos são ruins, mas a gente dá um desconto. Às vezes a história é boa, e você tem que ser capaz de enxergar isso através de uma produção meio fraquinha. Ora, grandes estúdios não fazem esse tipo de filme, por isso eles são produções de baixo orçamento de estúdios independentes. COFFEE DATE tem um plot interessante mas a produção é quase bidimensional. Quero dizer, tá mais para teatro filmado. Tirando alguns problemas técnicos, e uma cena de sexo que é, para qualquer homocara, imperdoável, o filme faz uso da comédia para falar sobre relacionamentos. Quando chega nesse ponto o filme amadurece. Pena que os diálogos não ajudam muito.

 - Não ultrapasse a linha de segurança.

Pela internet Todd marcou um encontro às escuras com uma mulher. Quando ele chega ao local, um café gay, descobre que cometeu um engano. Ele devia ter pedido uma foto antes. A tal ''mulher'' se chama Kelly e ela é um homocara. Todd vê que ele e Kelly têm muito em comum, o mesmo gosto para filmes e tal. Então os dois se tornam amigos. Para se livrar de seu irmão chato, que está morando e sujando sua casa, Todd leva Kelly para seu quarto. A encenação dá resultado e o irmão homofóbico vai embora. Mas ele conta tudo para a mãe e a notícia se espalha. Agora Todd não consegue convencer a família, os vizinhos, os colegas de trabalho e os amigos de Kelly, de que ele é hétero. Isso porque, todo mundo no filme, parece não escutar nada quando Todd abre a boca para explicar a situação. É uma piadinha que funciona bem no começo do filme, mas é usada até a exaustão, até o final do filme, aí perde a graça e você perde a paciência. Com tanta gente dizendo que Todd é gay, ele fica confuso e resolve fazer um experimento. Mas se fizer sexo com Kelly, a amizade dos dois pode não sobreviver a isso. O filme se recupera nos minutos finais, pelo menos o final é bonitinho.

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