REPLAY - 300

Ah, esse filme mexeu com muita gente. É tão violento quanto a HQ na qual foi baseado, até recria alguns quadrinhos com uma fidelidade absurda. E tem litros e litros de sangue jorrando. Temos inúmeras cenas com efeitos especiais, são apenas atores num fundo verde, nunca vemos um céu de verdade. O filme tem um visual impactante.

E os homens? Gerard Butler, Dominic West, David Wenham, Michael Fassbender ... e um Rodrigo Santoro muito loco. 

Você já sabe que Hollywood foi feita para entreter o público, e não para ensinar História. Trezentos caras partem para uma guerra de peito nu, não existe nenhum tipo de armadura. Não é muito diferente da realidade, só faltou um nu frontal, e os espartanos não tinham bigode, apenas barba. Pouca gente reclamou disso em 2006, o sucesso do filme gerou outro tipo de protesto.

Os iranianos ficaram malucos. O filme retratava o império persa como um império do mal, tá certo que eles são os vilões do filme (em 2010, você torceu pelo Jake Gyll-o em ''Príncipe da Pérsia'') mas ''300'' exagerava. Haviam loucos mascarados, assassinos demoníacos se achando imortais e feiticeiros das trevas, o visual de Xerxes era imperdoável, respeitava a HQ, mas era imperdoável.

XERXES

ESTÁTUA DE LEÔNIDAS,
 PRÓXIMA AO LOCAL ONDE OCORREU A BATALHA DAS TERMÓPILAS (480 a.c.)

Ainda em 2006, o filme ganhou o título de ''o filme mais gay que já foi feito'' (inclusive numa enquete realizada aqui no blog alguns anos depois). Tem apenas duas mulheres no elenco, uma delas aparece rapidamente e muitos homens semi nus. Aquela massagem que Xerxes fez nos ombros de Leônidas, o que diabos foi aquilo? 

O filme abriu caminho para muitas outras produções do mesmo gênero, nos cinemas e na tv. E aí pintou uma regra sagrada, filmes e seriados épicos + homens objeto = sucesso de público. Então, eu me pergunto, o que será que os heterocaras andam vendo ultimamente?