ATÉ O FIM

Esse filme tá atrasadão, foi exibido pela primeira vez no festival de Cannes (maio 2013) e chegou aos isteitis em outubro. Aqui no Brasil, ele chega com um adicional no poster, ''indicado ao Oscar''. O Oscar em questão é o de melhor edição de som, e é impossível não reparar no som, o filme é TODO efeitos sonoros. Não há diálogos (apenas uma narração em off no começo e algumas poucas palavras durante o filme) e a trilha musical quase não existe, ela começa a tocar depois de uma hora de filme, mais ou menos (ainda assim, ganhou um Globo de Ouro!). Robert Redford ganhou uma indicação. Mas sua atuação não chama muito a atenção, é puramente física, ele está sozinho, perdido no mar, mas não fica falando sozinho como Sandra Bullock. E ele também não tem uma bola de vôlei com quem conversar.

 GRAVIDADE EM ALTO MAR

Robert Redford (seu personagem não tem nome) está tirando um cochilo enquanto seu barco cruza o oceano Índico. De repente, o barco bate num container abandonado e o casco se rompe. Talvez você não entenda nada sobre navegação, mas, mesmo sem diálogos, é fácil entender o filme. O personagem tem que fechar o buraco, bombear para fora a água que entrou e etc. O rádio está danificado e uma tempestade se aproxima. Aí começa a maré de azar. E isso é tudo. Robert é o único ator no filme, você não vai ver o rosto de mais ninguém, ele está no meio do nada e luta para sobreviver. O final tem um gostinho estranho, depois de 106 minutos de filme talvez ele não corresponda às suas expectativas, não é um final que vai agradar a todos. É como ''um lobisomem americano em Londres'', a história acabou, não há mais nada para contar, um algo mais seria enrolação.

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