TERAPIA DE RISCO

Fico imaginando se a gente não deveria colocar o Steven Soderbergh na lista dos bons diretores que hoje estão um tanto perdidos. Já viu "o desinformante"? "Contágio"? "A toda prova"? E que tal "Magic Mike"? Quando TERAPIA DE RISCO estiver disponível em dvd, alugue o filme numa quarta feira chuvosa. O ingresso do cinema é caro e o filme tem cara de "Supercine anos 1990". O filme é legalzinho, o problema é que ele tenta ser impactante e isso ele não é, sequer pode ser chamado de suspense. A grande revelação lá no final é tão leve que a gente até sente um bocejo chegando.

TIRA A ROUPA MAGIC MIKE!

Rooney Mara está muito feliz, seu maridão Tatum está deixando a prisão. Mas, não demora muito, ela começa a se sentir estranha. Ela tem desejos suicidas. O jeito é fazer terapia, Jude Law é o seu médico. Ele oferece um medicamento que pode ajudar, mas a droga tem uns efeitos colaterais (título original do filme). Um dos efeitos é o sonambulismo. E a pobre moça vai desenvolver justamente esse. Andando durante o sono, ela vai até a cozinha, pega uma faca e mata o Tatum. Depois ela volta pra cama. Aí o filme realmente começa, a questão é: de quem é a culpa? Da moça? Do remédio? Do dr que fez a receita? Quando o caso se torna público, a vida de Jude Law vira um inferno. O papel de vilão é jogado de um lado para o outro só para te confundir um pouquinho. Antes do final, pinta a tal da grande revelação, e uma ponta solta nessa bagunça (não vou soltar spoilers aqui). O filme termina deixando você com aquela sensação de: já vi isso na tv, ou, eu poderia ter visto isso pela tv. Como eu disse, é um filme interessante, mas é pequeno para a tela do cinema.

VEJA TAMBÉM: As duas faces de um crime, Um estranho no ninho, Garota interrompida.