Continuando com a minha serie de postagens sobre diretores, eis que chegamos no Quentin Tarantino. Bem, ainda estou procurando por Grand Hotel, mas fora isso, estou satisfeito com a minha coleção. Não tenho "bastardos inglórios", gostei do filme, vi uma vez no cinema e achei que foi o suficiente. Também não tenho "à prova de morte", parte do roteiro é legal, mas não gostei do ritmo do filme. "Django livre" deverá estrear nas próximas semanas, espero que o diretor volte 10 anos no passado com esse filme, suas últimas produções não me agradaram muito.
CÃES DE ALUGUEL (1992)
Inacreditavelmente simples, você não precisa de um orçamento monstruoso para fazer um bom filme, basta uma boa ideia. Esse filme poderia até virar uma peça de teatro. Nós vemos o making of de um assalto e o desfecho, no ponto de encontro, onde boa parte da trama se desenrola. Mas não vemos o assalto, os personagens narram o ocorrido, não dá para acreditar em todo mundo, tem um tira infiltrado no bando. Os personagens vem e vão e o filme nunca abandona o cenário, nunca fica chato, sempre acontece algo, surgem revelações a todo momento e uma orelha decepada. Filme tenso, mas a piada da Madonna alivia um pouco a dose.
PULP FICTION (1994)
Como todo mundo, eu fui pego de surpresa. O que está acontecendo? Nunca vi isso antes. Temos uma trama dividida em capítulos, mas eles não estão na ordem certa. O filme mostra uma única história, mas cada segmento a apresenta pelo ponto de vista de um determinado personagem. Ainda assim, você não perde nada e sobram revelações para o final, que não é exatamente o final. Pulp conseguiu sete indicações para o Oscar, filme, edição, roteiro original (vencedor), diretor e atores (Uma Thurman, Samuel L. Jackson e John Travolta). Nos anos seguintes, surgiram os clones, filmes com uma trama dividida em várias partes, apresentadas em uma ordem maluca. Dos Simpsons ao CHP, já fiz uma postagem nesse estilo.
JACKIE BROWN (1997)
O filme é baseado num livro, mas Tarantino escreveu o roteiro. E esse filme é bem diferente de seus filmes anteriores, não espere por um novo pulp, embora tenha o mesmo ritmo. Temos uma comissária de bordo que faz parte de uma rede de tráfego de dinheiro, o chefe dela, a namorada do chefe, o sócio do chefe, o policial que está atrás de todo mundo e um inocente apaixonado pela aeromoça. E uma quantia de 500 mil dólares, sem dono. Vale a pena pelas reviravoltas.
KILL BILL (2003-2004)
O primeiro filme é demais, não é apenas um pulp fiction turbinado, cada segmento tem um estilo próprio, como se o filme tivesse vários diretores. Referências a outros filmes, e antigos seriados de tv, estão por toda parte, só mesmo o diretor pode desmembrar minuciosamente esse filme. O volume 2 é levemente diferente do primeiro, não tem muito conteúdo ou surpresas, a "batalha final" decepciona um pouco. Sua longa duração não combina com a lenta narrativa (e com "bastardos inglórios" não foi a mesma coisa?).
SIN CITY (2005)
Quentin aparece como "diretor convidado", dirigiu uma pequena cena e nada mais. Mas eu não vou deixar esse filme de fora, é uma ótima adaptação de uma HQ, caprichou até no visual. Uma fotografia em preto e branco e muitos efeitos especiais deixaram o filme com uma cara de HQ em movimento. Diálogos e ângulos de cena foram chupados do gibi de Frank Miller. Procure pelo making of para saber como tudo foi feito, incrível, meio brega em alguns momentos, mas incrível. Destaque para o Frodo canibal.
FICHA TÉCNICA
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ANO: 1992
DURAÇÃO: 99 min
TITULO ORIGINAL: pulp fiction
ANO: 1994
DURAÇÃO: 154 min
TITULO ORIGINAL: Jackie Brown
ANO: 1997
DURAÇÃO: 154 min
TITULO ORIGINAL: kill Bill
ANO: 2003
DURAÇÃO: 111 min
TITULO ORIGINAL: kill Bill vol. 2
ANO: 2004
DURAÇÃO: 136 min
TITULO ORIGINAL: sin city
ANO: 2005
DURAÇÃO: 124 min