A SEPARAÇÃO

É o vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro deste ano, também recebeu uma indicação para roteiro original (e é o primeiro filme iraniano a ganhar um Oscar, um Globo de ouro e muitos outros prêmios por aí). E chega em dvd numa capinha toda produzida, cheia de elogios e de prêmios, mas... nenhum extra. O filme vai muito além do drama, tem alguns momentos tensos. Estamos no Irã, e as leis, barra cultura barra qualquer outra coisa, são bem diferentes daquelas que nós conhecemos. Já é meio complicado resolver o lance do divórcio, e a trama fica ainda mais complicada quando pinta uma tragédia no meio. Sim, tem a tal da separação, no começo e no final, mas boa parte do filme gira em torno de outro assunto, mais espinhoso.

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Nader e Simin estão se separando. Ela quer deixar o país, preocupada com a educação da filha de onze anos, Termeh (filha do diretor do filme na verdade). Nader mudou de ideia na última hora, seu pai está com Alzheimer e não pode mais ser deixado sozinho. Ele decide ficar no país cuidado do velho, e Simin não pode ir embora, levando a filha, sem a autorização do marido. Simin se muda para a casa da mãe. Termeh fica com o pai. Nader trabalha durante o dia e Termeh vai a escola, o cara precisa de alguém em casa para cuidar de seu pai. Ele contrata uma mulher em segredo, o marido dela não pode saber que ela está entrando na casa de um homem solteiro (o escândalo). Mas aí, acontece uma tragédia, e fica difícil para nós escolher um lado na briga. A mulher está ou não está aplicando um golpe em Nader? Existe uma ponta solta na primeira meia hora de filme e você quase não repara nela, mas ela explica tudo no final. E aí voltamos ao divórcio e encaramos um final que vai obrigar você a ver todos os créditos, até o fim.

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