MISSÃO: IMPOSSÍVEL - PROTOCOLO FANTASMA

Maldição do número 4 que nada. Esse filme é tão bom quanto o primeiro, de 1996. E quem diria, Brad Bird, em seu primeiro filme em live action, fez bonito na direção. Desta vez não temos um filme feito exclusivamente para massagear o ego de Tom Cruise, os atores coadjuvantes também são fortes no filme. Rola um trabalho de equipe. Desse modo, o novo filme faz uma homenagem ao seriado de tv e também ao filme de Brian De Palma. Há referências por todo canto. Até na trilha musical em alguns momentos, bem nostálgica. Cenas de ação de tirar o fôlego. Eu vi o filme em Imax e quase tive um treco. Tom (duas cenas sem camisa, mas com uma barriguinha um tanto estranha) dispensa dublês (como sempre) e fica pendurado do lado de fora do mais alto prédio do mundo. Apesar do ar condicionado, eu comecei a suar dentro do cinema, cara, pelamordedeus, vai pra dentro do prédio, estou com vertigens aqui na poltrona. Só quando ele entrou no prédio, notei que havia segurado minha respiração.

TOM CRUISE, POR UM FIO E POR UMA LUVA GRUDENTA

Depois que o Kremlin foi pelos ares, a culpa pelo atentado caiu nas mãos dos agentes da IMF que estavam no local, Tom e cia. O presidente abre o protocolo fantasma, a IMF deixa de existir oficialmente. Agindo por conta própria, Tom e seus amigos vão ter que solucionar o caso. Lembra bastante o primeiro filme não? Mas desta vez o perigo é uma guerra nuclear iminente. Uma assassina profissional (uma ótima vilã que dá medo, mas sofre da síndrome de Darth Maul) está com os códigos secretos que disparam os misseis nucleares russos na direção da América (voltamos para os anos 1980?). Ela deve ser detida antes que consiga vender os códigos para um terrorista em Dubai. Jeremy Renner se junta acidentalmente ao grupo trazendo consigo um segredo. Os agentes usam muitas engenhocas mirabolantes que podem causar riso, mirabolantes até demais. Como se fosse um filme comemorativo, alguns personagens, dos filmes anteriores, aparecem em pontas. PROTOCOLO FANTASMA também faz uma piadinha do "efeito mascara" que foi usado no segundo filme, um efeito especial imperdoável. A franquia se reinventou e agora segue um novo rumo, vamos torcer para que continue assim.

VEJA TAMBÉM: Missão impossível (1996), Golden eye, A identidade Bourne, Cassino Royale, Salt.